Liberdade Para a Mediunidade
Amados Irmãos do Coração do Mundo!!!
Há muito, nas lides para libertar esta nobre nação do julgo
triste, mas necessário, da coroa portuguesa, nossa conduta era pautada
pela luta consciente para o despertar de consciências, especialmente nos
primados emanados dos ideais de liberdade vindos do velho mundo,
mormente França. À custa de sangue de inocentes na carne, comprometidos
em espírito, algum tempo depois, conseguimos a liberdade da amada nação
brasileira, em seus valores físicos, mas atendendo a todo um
planejamento do mundo espiritual superior, sob a orientação magnânima de
nosso amado Ismael(1).
Hoje, no plano imortal, vemos que há a necessidade cada
maior de se informalizar e humanizar as relações entre os dois planos da
vida, o mundo espiritual e o mundo dos encarnados, visando o início do
ajustamento dos homens para serem auxiliares diretos do Cristo para a
vindoura terra regenerada.
Em toda terra, não só na brasileira, generalizam-se as
manifestações mediúnicas, como chamamentos aos homens para o trabalho
com o Cristo.
Homens que sempre pautaram a conduta pela racionalidade
concreta, sem qualquer comportamento atípico, são retirados da postura
do equilíbrio e, sem mais nem menos, começam a Ter reações
físico-mentais nada corretas. É o momento, para estes, de início da
quitação de dívidas contraídas em épocas remotas. Estes homens, até
então equilibrados vêem-se, por processos mediúnicos adequados, tais
como desdobramento, clarividência, clariaudiência e premonição, de posse
de informações, algumas bombásticas que, sem uma orientação adequada,
poderão levá-los a loucura em tempo curto. Estas experiências, em sono
ou em vigília, têm assombrado a muitos, sem respeitar conveniências de
credo.
Representantes de várias instituições têm sido lacônicos e
nada subliminares a indicarem inúmeros casos que a medicina convencional
ou a fórmulas dogmáticas não encontram respostas, para nossas casas,
como sendo o porto seguro para as solução dos mesmos.
A mediunidade perde cada vez mais o aspecto de mistério e
passa a fazer parte cada vez mais de nossos lares ou do que nos são
próximos. Crianças, cada vez mais precoces, têm despertadas em si, por
causas diversas, aspectos mediúnicos, deixando atônitos pais e
educadores não afeitos, em sua maioria, nas escolas de estudo da alma.
Os que eram antes tratados como loucos, hoje pululam em
nossas casas, convertendo-as em verdadeiros prontos-socorros de ordem
físico-espirituais.
Representantes de outras escolas cristãs, ou não, vêem
despertados em si mesmos, a chama bendita da mediunidade e, alguns
deles, mesmo que anonimamente, por não terem suporte em suas escolas de
formação, começam a palmilhar, também, caminhos muitas vezes duros e
dicotômicos, em nossas casas.
Estas ocorrências levam-nos a algumas reflexões profundas
no ser:
O que nosparece estas ocorrências tão claras ?
Devemos palmilhar nossos caminhos só de mãos dadas com os
confrades espíritas ou devemos reciclar nossas práticas para que
possamos aceitar, na nossa caminhada, co-irmãos de outras escolas
religiosas ?
As nossas práticas vão de encontro ao misantropismo ou ao
ecumenismo religioso ?
Será que entendemos em nós, enquanto estudiosos da doutrina
consoladora, a universalidade da mediunidade, ou tratamos estamos
bendito Dom como algo exclusivo ?
Será que temos conseguido ajudar o próximo sem ferir-lhe as
verdades íntimas ?
Será que estamos aparelhados para atendimentos de todas os
necessitados, inclusive de irmãos de outros arroios espirituais?
Será que já somos humildes para aceitar as fórmulas
mediúnicas de outras religiões como lhes sendo a prática correta e, ao
seu tempo ?
Será a que mediunidade para nós atende somente as nossas
conveniências formalistas ou já temos utilizado da mediunidade com foco
no próximo dentro da vontade do Cristo?
Estamos prontos a reciclar nossas práticas mediúnicas para
buscarmos, sempre a vivências do amor do Cristo, com vistas ao
ecumenismo?
Será que podemos fazer a independência da mediunidade,
abdicando de nossos valores, para pelo menos ouvir os valores de nosso
próximos ?
Se já caminhamos um pouco mais nesta prática bendita, o que
podemos fazer para que ela possa ser o diferencial a construir a reforma
ecumênica do homem?
Estamos prontos para usar a mediunidade máxima: o amor ?
Estes questionamentos põem-se aqui como necessários tendo
em vista que, como espíritas e, espíritos, já entrevemos uma parcela
maior de luz, expurgada de todo dogma irracional, em nossos corações.
Não podemos mais negar a análise de nossos recursos apreendidos para
auxílio a próximo, sem rótulos.
Vamos lutar objetivamente para que nossos valores sejam
úteis, não a sectarismos medievais, mas à vitória das verdades de Deus
na terra, buscando sempre que possível o ecumenismo, tão citado em suas
boas-vindas, em vossas casas.
Lutemos pela melhoria de nosso potencial de amor,
mediunidade com Crísto, buscando compartilhar com todos nossas
descobertas, para que estas sejam senha bendita para amar caminhando com
o Cristo. Melhorando este potencial teremos a chave para a libertação
de todos os grilhões do homem-velho, criando paulatinamente ambiente
propício na terra para a que nasça-lha apenas homens-novos dotados de
amor e fidelidade às Leis do Cristo.
Amem e compartilhem valores. Assim estarão libertando a
mediunidade, fazendo dela mecanismo útil a próximo, seu irmão, e deste,
útil ferramenta ecumênica ao Cristo.
Paulo Viotti, com a ajuda dos amigos espirituais (JJSX)