A Caminho da Luz

sábado, 19 de maio de 2012

Automatismo e corpo espiritual

- Automatismo e corpo espiritual
Automatismo fisiológico
Compreensível salientar que o princípio inteligente, no decurso
dos evos, plasmou em seu próprio veículo de exteriorização as
conquistas que lhe alicerçariam o crescimento para maiores afirmações
nos horizontes evolutivos.
Dominando as células vivas, de natureza física e espiritual,
como que empalmando-as a seu próprio serviço, de modo a senhorear
possibilidades mais amplas de expansão e progresso,
sofre no plano terrestre e no plano extraterrestre as profundas
experiências que lhe facultarão, no bojo do tempo, o automatismo
fisiológico, pelo qual, sem qualquer obstáculo, executa todos os
atos primários de manutenção, preservação e renovação da própria
vida.
Atividades reflexas do inconsciente
Sabemos que, em nos propondo aprender a ler e escrever, antes
de tudo nos consagramos à empresa difícil de assimilação do
alfabeto e da escrita, consumindo energia cerebral e coordenando
o movimento dos olhos, dos lábios e das mãos, em múltiplas fases
de atenção e trabalho, de maneira a superar nossas próprias inibições,
para, depois, conseguirmos ler e escrever, mecanicamente,
sem qualquer esforço, a não ser aquele que se refere à absorção,
comunicação ou materialização do pensamento lido ou escrito,
porquanto a leitura e a grafia ter-se-ão tornado automáticas na
esfera de nossa atividade mental.
Nessa base de incessante repetição dos atos indispensáveis ao
seu próprio desenvolvimento, vestindo-se de matéria densa no
plano físico e desnudando-se dela no fenômeno da morte, para
revestir-se de matéria sutil no plano extrafísico e renascer de novo
na Crosta da Terra, em inumeráveis estações de aprendizado, éFrancisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz 31
que o princípio espiritual incorporou todos os cabedais da inteligência
que lhe brilhariam no cérebro do futuro, pelas chamadas
atividades reflexas do inconsciente.
Teoria de Descartes
Atento a isso e espantado diante do gigantesco patrimônio da
mente humana é que Descartes, no século 17, indagando de si
mesmo sobre a complexidade dos nervos, formulou a “teoria dos
espíritos animais” que estariam encerrados no cérebro, perpassando
nas redes nervosas para atender aos movimentos da respiração,
dos humores e da defesa orgânica, sem participação consciente da
vontade, chegando o filósofo a asseverar que esses “espíritos se
conjugavam necessariamente refletidos”, aplicando semelhante
regra notadamente aos animais que ele classificava por máquinas
desprovidas de pensamento.
Descartes não logrou apreender toda a amplitude dos caminhos
que se descerram à evolução na esteira dos séculos, mas
abordou a verdade do ato reflexo que obedece ao influxo nervoso,
no automatismo em que a alma evolui para mais altos planos de
consciência, através do nascimento, morte, experiência e renascimento
na vida física e extrafísica, em avanço inevitável para a
vida superior.
Automatismo e herança
Assim como na coletividade humana o indivíduo trabalha para
a comunidade a que pertence, entregando-lhe o produto das
próprias aquisições, e a sociedade opera em favor do indivíduo
que a compõe, protegendo-lhe a existência, no impositivo do
aperfeiçoamento constante, nos reinos menores o ser inferior
serve à espécie a que se ajusta, confiando-lhe, maquinalmente, o
fruto das próprias conquistas, e a espécie labora em benefício
dele, amparando-o com todos os valores por ela assimilados, a fim

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