A Caminho da Luz

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Divaldo Pereira Franco - Reencarnação e a Bíblia

MISTERIOSOS INSTANTES...


MISTERIOSOS INSTANTES...
PENSAMENTOS DIVERSOS, DUVIDAS, DIVIDAS... ONTEM, HOJE, AMANHÃ...
NOSSO SER COBRA NO DIA A BUSCA DE RESPOSTAS. NOS FAZ AO TEMPO TORNAR E NOS RETORNA O OLHAR A PENSAMENTOS ONDE OS SENTIMENTOS NOS FORAM ALEGRIAS, TRISTEZAS, CERTEZAS DE  QUE O TEMPO NOS TORNA AO ATO INACABADO, NOS FAZ QUERER VIVER E REVER A CERTEZA DE QUE A NATUREZA HUMANA É LACRADA PELA SEMENTE DO AMOR EM CADA MENTE DO PRESENTE, EM CADA ENTE DO PASSADO, EM CADA SER QUE NA TERRA VIVER.
AQUI ESTAMOS PARA NOS LIBERTAR DAS VICITUDES DE ATITUDES QUE NO PASSADO NOS FORAM POR CEGUEIRA.
O PRESENTE DE INSTANTES DO PASSADO HOJE NOS É DIA, HOJE NOS DEVOLVE EM CENAS VARIADAS, SITUAÇÕES ARRAGAIDAS  PELA CONSCIÊNCIA DO PASSADO. NO HOJE NOS SERÁ LEMBRADO O INACABADO DO ONTEM OU O QUERER VERDADEIRO DO AMANHA. VIVER E SER A LIBERDADE SEM A CORRENTE PRESA A SAUDADE DE UM ATO IMPENSADO DO TEMPO VIVIDO.
AQUI NO AGORA SOMOS FRUTOS DE UM PERDÃO ONDE A RAZÃO DA IMPARCIALIDADE NOS É A RODA VERDADEIRA DE HERDEIROS DA PLANTAÇÃO DO AMOR.
SOMENTE SE COLHE OQUE SE SEMEIA. PODE DEMORAR A FLORESCER, MAS O TEMPO GERMINARÁ NA HORA CERTA DA COLHEITA A SEMENTE LANÇADA NA CONSCIÊNCIA DA CRIAÇÃO.
SOMOS ÚNICOS NO PENSAR, MAS SOMOS UM TODO NO AMOR DIVINO.
SOMOS IGUAIS NA DIVISÃO DA PARTILHA DA FELICIDADE.
A VERDADE DO PAI É A LIBERDADE DE ESCOLHA DO FILHO. É A CAUSA E CONSEQUÊNCIA DE SEUS ATOS, COM RETORNOS DE VALORES PLANTADOS NA SEMENTEIRA DO UNIVERSO.
SOMOS OQUE QUEREMOS SER...
SOMOS A VIDA NOS ACERTOS E NOS ERROS.
JAMAIS SEREMOS UMA REGRESSÃO...
SEMPRE NOSSA RAZÃO NOS TORNARÁ A LIÇÃO CERTA.
NOSSA META É A EMOÇÃO DA LIBERDADE DE UMA VERDADE ETERNA.
FELICIDADE SEM DIVISÃO, SEM PESO DA ILUSÃO... MAS COM O PERDÃO PAGO PELA RAZÃO DO PRÓPRIO SER QUERER MERECER SEU TÍTULO DE FILHO DO AMOR.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Perseverar

Perseverar

...perseveremos no bem sobretudo.
...a estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente ...
Perseveremos servindo para transpô-la.
...o ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem...
Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.

...ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar...
Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.

...as lutas e desafios se nos avolumam na marcha...
perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranqüilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.

...discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças...
Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.

...filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão...
no entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.

...perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir...
Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo...
...perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.



Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Chico Xavier.

Divaldo Pereira Franco - Diretrizes Para Uma Vida Feliz

Bezerra de Menezes - O diário de um Espírito

Divaldo Pereira Franco - Vida E Obra Dr. Bezerra De Menezes

Oração a Dr Bezerra de Menezes

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sobre a desencarnação

Sobre a desencarnação





P: – Os ensinamentos que a Doutrina Espírita nos apresenta nos preparam melhor para a desencarnação?

R: – O Espiritismo é o bê-a-bá da Vida Espiritual. Sabendo o que nos espera, será mais fácil enfrentar a grande transição. Imperioso reconhecer, porém, que o conhecimento espírita ajuda-nos no trânsito para o além, mas como chegaremos lá é uma questão eminentemente pessoal. Depende de como estamos vivendo, partindo do princípio evangélico de que aquele que mais recebe mais terá que dar.

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P:– As religiões, de um modo geral, apregoam a continuidade do ser espiritual que sobrevive à matéria. Apesar disso, as pessoas temem a morte. Por que isso acontece?


R: – É que a morte ainda é a grande desconhecida. As religiões tradicionais exaltam a sobrevivência, mas perdem-se em especulações teológicas, fantasiosas, quando cogitam de como seria a vida além-túmulo, recusando-se à iniciativa mais lógica, que seria a de conversar com os próprios mortos. É como se pretendêssemos imaginar como é a vida na França sem nenhum contato com os franceses. A ignorância sobre o assunto gera o temor. O Espiritismo ajuda-nos a vencer esse problema, porquanto começa exatamente onde as outras religiões terminam, devassando para nós o continente espiritual.

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P:– A morte ou a desencarnação libera o Espírito. Para onde ele vai? Quem o aguarda?


R: – A morte promove o encontro com a nossa própria consciência, para uma avaliação da experiência humana. Esse tribunal incorruptível determinará se seguiremos para regiões purgatoriais, onde, segundo a expressão evangélica, “haverá choro e ranger de dentes”, ou se nos habilitaremos a estagiar em comunidades diligentes e felizes, plenamente integradas no serviço do bem.


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P: – Como podemos ajudar o espírito que acaba de desencarnar, principalmente as vítimas de tragédias como acidentes automobilísticos, afogamentos, etc.?


R: – A morte não dói, mas impõe ao espírito certos constrangimentos e até aflições, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, trata-se do desligamento de um corpo material ao qual esteve vinculado por largos anos, colhendo por seu intermédio, experiências sensoriais que se entranharam em sua intimidade, e das quais não é fácil desvencilhar-se. Tais problemas são diretamente proporcionais à natureza da morte: quanto mais abrupta, mais intensos. E inversamente proporcionais à condição do Espírito que desencarna: quanto mais evoluído, menos intensos. Tudo o que podemos fazer em seu beneficio é orar muito, conservando a serenidade e o equilíbrio, confiando em Deus, porquanto o desencarnante é muito sensível às vibrações dos familiares. Sentimentos de revolta, desespero e inconformidade repercutem em seu psiquismo, dificultando o desligamento e atormentando-o na vida espiritual.


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P: – Nossos familiares desencarnados poderão continuar a nos ajudar, mesmo no mundo espiritual?

R: – Nossos amados não estão isolados em compartimentos estanques, no Além. Eles nos procuram, nos estimulam, nos amparam. Torcem por nós, esperando que sejamos fortes e fiéis ao bem, no desdobramento de nossas provações, a fim de que o reencontro mais tarde – tão certo quanto a própria morte – seja em bases de vitória sobre as provações humanas, ensejando abençoado porvir.


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P: – De que forma devemos lembrar nossos entes queridos que desencarnaram? Visitando suas sepulturas nos cemitérios?


R: – Cemitério não é sala de visita do Além. Ali há apenas a veste carnal, decomposta, de alguém que transferiu residência para a espiritualidade. Ele preferirá ser lembrado na intimidade do lar, com preces e flores abençoadas de saudade, sem espinhos de inconformidade, como o fazem as pessoas conscientes de que a morte não desfaz as ligações afetivas, nem situa nossos amados em compartimentos estanques. Eles continuam vivos, amando-nos mais do que nunca. Visitam-nos e nos ajudam, torcendo por nós, aguardando, com a mesma ansiedade nossa, o reencontro feliz na espiritualidade.


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P: – A criatura geralmente tem pavor da morte ou desencarnação, evitando comentar o assunto. Isso é um erro?


R: – Trata-se de uma atitude irracional, já que a morte é a única certeza da vida. Todos morremos um dia. O medo da morte, basicamente, é o medo do desconhecido. Por isso o Espiritismo elimina nossos temores “matando” a morte, na medida em que demonstra que ela é apenas um retorno à vida espiritual, nossa pátria verdadeira.


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P: – Por que acontecem desencarnações de crianças, que estão apenas iniciando a jornada terrena?


R: – É um problema cármico envolvendo o desencarnante e a família. A existência curta frustra as expectativas do Espírito, impondo-lhe uma valorização da jornada humana, não raro malbaratada no passado pelo suicídio. Os pais, por sua vez, podem estar comprometidos com seus desatinos, por tê-los estimulado ou favorecido. Não raro estão pagando pelo descaso e a irresponsabilidade em anteriores experiências com a paternidade. Pode ocorrer, também, que se trata de breve encarnação sacrificial, em que um Espírito superior convive por alguns anos com afetos queridos na intimidade familiar, fazendo do sofrimento decorrente da separação pela morte um vigoroso impulso no sentido de que os pais superem as ilusões da Terra e cultivem os valores do Céu.


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P: – Por que certos moribundos experimentam melhoras em seus quadros clínicos, a ponto de tranqüilizar os familiares, e instantes depois desencarnam?


R: – Quando a família não aceita a desencarnação, mergulhando no desespero, suas vibrações desajustadas promovem uma sustentação artificial do moribundo, que não evita a morte, mas prolonga a agonia. Os benfeitores espirituais promovem, então, com recursos magnéticos, uma melhora artificial. O paciente parece entrar num quadro de recuperação. Os familiares, mais tranqüilos, afastam-se, julgando que o pior passou. Afrouxa-se a sustentação fluídica retentora e inicia-se o irreversível processo desencarnatório. A sabedoria popular proclama: - “Foi a melhora da morte”. Na verdade, trata-se apenas de um recurso da espiritualidade para afastar familiares que atrapalham a desencarnação.


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P: - A certeza da continuidade da vida após a morte e as noções sobre a reencarnação ajudariam as pessoas a vencerem o sentimento de desesperança?


R: – Sem dúvida. Tais realidades descortinadas pela Doutrina Espírita, muito mais do que simples esperanças, nos oferecem segurança diante da vida e alegria de viver.

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Ausência de Notícias





Ausência de Notícias

“Entre as causas que podem se opor à manifestação do um espírito, algumas lhe são pessoais outras lhe são estranhas. É preciso colocar entre as primeiras, suas ocupações ou as missões que cumprem, e das quais não pode desviar-se para ceder aos nossos desejos; nesta caso sua visita não é senão adiada.” (Cap. XXV – Segunda parte – Item- 275 - Livro dos Médiuns)

Embora permaneçam vinculados à Terra, nem todos os espíritos encontram-se em condições de comunicar-se mediunicamente com os que se demoram na luta física. Nem médiuns em número suficiente teríamos para tal cometimento, se os espíritos pudessem se manifestar como desejariam.


Quando desencarnam, os espíritos prosseguem em suas atividades no Mundo Espiritual: Alguns ascendem a regiões superiores da vida, em obediência aos impositivos da própria evolução, e outros precipitam-se nas regiões infelizes de onde não conseguem ausentar-se com facilidade.


Algemados a preconceitos de caráter religioso, dos quais não se libertam mesmo depois da morte, alguns espíritos recusam-se a “voltar” e manter contato com os que procuram saber como estão; outros reencontrando antigas afinidades, como que se “esquecem” dos laços consanguíneos a que se prenderam por determinado tempo...


Alguns desencarnados tentaram o difícil intercâmbio com os parentes e amigos, desistindo por não encontrar receptividade necessária ou contar com o interesse deles; outros, de acordo com as provações em que estejam envolvidos, como que se condenam ao silêncio, talvez justamente por ter ridicularizado semelhante oportunidade...


Enfim, são múltiplas as razões para a ausência de notícias da parte dos espíritos.


Alguns, se manifestam, certamente haveriam de complicar a situação dos que pelejam no mundo, culpando-os pelas dificuldades que faceiam deste outro lado da vida; outros abordariam assuntos “censurados” pelos benfeitores espirituais, de vez que não lhes assiste o direito de se utilizar de um médium para intranquilizar os homens...


Alguns simplesmente não se expressam porque, dentro de um período relativamente curto, são reconduzidos á reencarnação e outros, em se vendo fora do corpo, se revelam indiferentes aos companheiros da retaguarda material...


Juntando-se às razões anotadas aqui, carecemos de levar em consideração o problema do médium que não se encontra apto para estabelecer sintonia com todo ou qualquer espírito que dele se aproxima. Existe ainda a questão fundamenta da simpatia entre o médium, o espírito, e os familiares interessados na mensagem. Não raro, o espírito se envergonha de expor ao público, e o médium, por sua vez, teme não corresponder ás expectativas das pessoas que, normalmente são muito exigentes, não considerando as limitações naturais de um intercâmbio dessa natureza.


Grande parte dos comunicados de Além-túmulo acontece com a intermediação dos espíritos-médiuns, ou seja, dos espíritos que, em nome dos evocados e com a devida permissão dos benfeitores, transmitem os seus recados aos corações amados, saudosos de suas notícias. Allan Kardec, em O livro dos médiuns, faz uma consideração de suma importância: “...


Uma primeira conversa não é tão satisfatória que se poderia desejar, e é por isso também que os próprios espíritos, frequentemente, pedem para se chamados de novo. Pode acontecer, portanto, que numa primeira comunicação o espírito deixe a desejar; somente como o tempo, criando uma maior sintonia com o médium, ele irá se soltando mais, conseguindo se expressar com o desembaraço necessário.


Depois de certa insistência, através de um médium, na obtenção de notícias desse ou daquele familiar desencarnado, se a comunicação desejada não se concretiza, convém que as pessoas desistam ou, então, efetuem tentativas por um outro médium que ofereçam aos espíritos condições ideais. O que não é possível através de um médium, pode ser através de outro. Isto é perfeitamente compreensível.


Somos da opinião, que de um modo geral, as pessoas deveriam evitar obter mensagens de um mesmo espírito, através de médiuns diferentes. Temos visto muita gente perder a fé por isso.


Julgando os referidos comunicados contraditórios, porque não possuem o indispensável conhecimento doutrinário para discerni-los, acabam cavando o abismo da própria descrença
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O TELEFONE MEDIÚNICO



O TELEFONE MEDIÚNICO


Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.

Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além desazo, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.


A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.


Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.


É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados. O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus.
Só a Misericórdia Divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.

Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível. O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.

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Irmão Saulo
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.

ANTE O MAIS ALÉM




  ANTE O MAIS ALÉM 

Anseias pela manifestação dos entes amados que te antecederam na grande viagem da desencarnação.

Pondera, entretanto, relativamente à presença deles no plano físico, onde te encontras ainda, e remonta os cuidados que te recebiam nos instantes de luta e sofrimento: medicação para a enfermidade e entendimento nas horas de crise.


Aqueles que se afiguram mortos estão vivos. E todos os teus pensamentos, com respeito a eles, alcançam-lhes o espírito com endereço exato.


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Imagina uma pessoa em desequilíbrio emocional que gritasse em lágrimas ao telefone, rogando consolo e coragem ao ente amado na outra ponta do fio, hospitalizado para tratamento de reajuste, a exigir bastas vezes socorro mais intensivo.


Decerto que os responsáveis pelo doente, de um lado, e pelo outro, o enfermo, à distância, tudo fariam para adiar o encontro solicitado, considerando que aflição mais aflição somariam apenas desespero maior.


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Diante dos seres queridos domiciliados no Mais Além, reflete, acima de tudo, na infinita bondade de Deus, que nos empresta as afeições uns dos outros por tempo determinado, a fim de aprendermos, através de comunhões e separações temporárias, a entesourar o amor indestrutível que nos reunirá, um dia, na felicidade sem adeus.


E enquanto perdure a distância, do ponto de vista físico, cultiva a saudade nas leiras do serviço ao próximo, qual se estivesse amparando e auxiliando a eles mesmos, tanto quanto efetuando em lugar deles tudo quanto desejariam fazer. Assim construirás, gradativamente, a ponte de intercâmbio pela qual virão ter espontaneamente contigo, de modo a compreenderes que berço e túmulo, existência e morte, são caminhos da evolução para a vida imortal.

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Emmanuel 

Chico Xavier

Culto do Evangelho no Lar


Culto do Evangelho no Lar





Importância:


Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.

Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.


Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecido, atraem-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.


A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, querem encarnadas, querem desencarnadas.


As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.



Como fazer:



(coloque água p/ fluidificar durante o Evangelho)


1- Prece Inicial:


Silenciamos dentro de nós e buscamos em nossa mente a Figura de Jesus, equilibrando as-sim, nossa aura, sintonizando-nos com o Plano Maior e pedimos:


"Senhor, dá-nos Tua Inspiração na Leitura Evangélica de hoje, e sustenta-nos durante toda a reunião, através de Teus mensageiros, para que possamos assimilar os ensinamentos e colo-cá-los em prática nem nosso dia-a dia."


2-a - Leitura de uma mensagem


2b- Leitura do Evangelho


(Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.)



3- Vibrações: (Fazer vibrações é emitir sentimentos e pensamentos de amor, paz e harmonia)


- Fraternidade e Paz a toda Humanidade

- Pela implantação do Evangelho em todos os lares
- Pelo equilíbrio e Paz de toda família
- Pela cura e sustentação dos nossos familiares e amigos que estejam doentes
- Pelos presentes no Evangelho
- Pelo nosso lar onde está sendo feito o Evangelho (imaginar luz nas paredes, teto, piso, por-tas, roupas, alimentos, etc)

Pedimos:


" Mestre, abençoa o nosso lar, a nossa família. Faze com que haja paz, equilíbrio e harmonia em nossa casa, para que ela seja um lugar de refazimento físico e espiritual.

Jesus, cada um de nós tem um pedido em particular para Te fazer e, neste momento, silenci-amos, para que cada um de nós abra o coração a Ti, a fim de receber Tua orientação Amiga e Tua Luz." (silenciar)


4- Prece de encerramento:


" Jesus Amado!

Companheiros e amigos do Plano Maior!
Nós agradecemos a visita de Amor e a sustentação que nos foi dada, durante este Evange-lho, e pedimos que possamos estar todos juntos na próxima semana, para mais uma Reunião Evangélica neste Lar. Que assim seja!!



O CULTO DO EVANGELHO
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1 - O ambiente em minha casa está uma “barra”! Todo mundo brigando! Tem Espírito ruim na jogada?
Provavelmente, mas não confunda efeito com causa. O ambiente não pesa pela presença de Espíritos perturbadores. Eles se apresentam porque o ambiente está pesado.
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2 - Nós os atraímos?
É como na velha pergunta: “Por que o cachorro entra na igreja?”. As portas de nossa casa ficam escancaradas às influências espirituais inferiores quando se ausentam o entendimento, o respeito, a compreensão.
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3 - E como ‘fechar a porta” a essas influências?
Melhorando o ambiente. Experimente instituir o Culto do Evangelho.
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4 -Minha mãe sempre fala a respeito, mas meu pai e irmãos não se interessam.
Comece você e ela. Marque horário. Faça reuniões semanais. Aos poucos os outros serão atraídos.
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5 - No que consiste o culto?
Algo muito simples. Uma oração, a leitura de «O Evangelho Segundo o Espiritismo” ou outro livro doutrinário de estudos evangélicos, a troca de idéias, alguns momentos de vibração em beneficio de pessoas acamadas ou com problemas, a prece de encerramento. Ponha uma jarra d’água para fluidificar.
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6 -Qual o objetivo do culto?
Trocar idéias em torno das lições de Jesus, trazê-lo para o cotidiano, como um mestre a nos orientar nas atividades diárias. Ao mesmo tempo, nesses momentos estaremos recebendo a visita de amigos espirituais que higienização psiquicamente nosso lar, afastando influências nocivas e inspirando-nos em favor do entendimento e da harmonia.
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7 - E quanto aos demais membros da casa?
Também serão beneficiados pela limpeza do ambiente e pela mudança de atitude sua e de sua mãe, à luz do Evangelho.
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8 - Nosso relacionamento vai melhorar?
Experimente. Ficará surpreso com os resultados. Quando damos atenção aos ensinamentos de Jesus a Vida se ilumina. É como acender uma luz em plena escuridão.
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Dedica uma das sete noites da semana ao culto evangélico no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.


Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando as orações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinha de paz para todos.


Jesus no lar é vida para o lar.


Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do evangelho para o mundo atormentado.


Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.


Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.


Não te afastes da linha direcional do evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com teus filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o divino Hóspede aí também se possa demorar.


E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procurar fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, Ter Jesus contigo.

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Joanna de Ângelis

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O que se deve saber sobre as facções trevosas do além


O que se deve saber sobre as facções trevosas do além


Da mesma forma que aqui na Terra, indivíduos identificados com o crime unem-se e organizam-se afim de alcançar melhor seus objetivos, formando quadrilhas e facções criminosas de variados tipos, porque deveríamos pensar que isso não ocorre no mundo espiritual?

Admitindo isso, o que haverá de ilógico em crer que estas organizações reunam forças para combater o movimento Espírita, que constantemente, em vários sentidos, move forças que vão contra os interesses dessas organizações? E o que nos levaria a pensar que não exista a possibilidade de êxito do mal, em arruinar os edifícios do bem, atrasando em séculos a evolução do planeta?

Abaixo, destaquei para discussão, uma comunicação do Espírito Klaus, guia espiritual do médium Agnaldo Paviani, por quem este primeiro divulga, com bastante extensão, os trâmites desse lado obscuro do mundo espiritual, que o movimento espírita não pode ignorar.

- SENHOR KLAUS, O SENHOR PODERIA NOS DAR MAIORES INFORMAÇÕES A CERCA DA AÇÃO DAS TREVAS, NOS GRUPOS ESPÍRITAS?

Resposta: Sim, porém, antes, preciso advertir, que os homens deveriam buscar conhecer em primeiro plano, as trevas de dentro para depois, conhecer as trevas de fora. Em outras palavras, identificar as principais ações das inteligências das trevas, sem estar disposto à renovação interior, não proporcionará ao encarnados maiores benefícios depois do corpo.

Conhecer as trevas de fora, é iniciativa relevante.

Identificar e erradicar as trevas de dentro, é medida urgente e impostergável para o espírito reencarnado no orbe terrestre. Não obstante, tal realidade, muitas informações a cerca dos planos nefastos das inteligências trevosas, podem corroborar para que o homem esteja mais atento com as próprias ações.

Em síntese, as ações habituais das inteligências das trevas junto aos grupos espíritas são:

1. Sequestro do Espírito durante o fenômeno do sono: É quando o trabalhador do Cristo (graças a sua invigilância) é conduzido até um laboratório em região inferior do astral e ali, é submetido a torturas, a fim de que amedrontado desista de seguir o Cristo, quando não, é submetido a uma espécie de "lavagem cerebral", o que dificultará suas atividades doutrinárias quando em vigília.

   
2. Instalação de redes inibidoras do fenômeno mediúnico: É quando (em geral, graças à desarmonia nos grupos mediúnicos) as inteligências das trevas, instalam uma rede elétrica acima da cabeça dos médiuns, dificultando o intercâmbio mediúnico.

3. Implantação de vibriões: É quando essas mesmas inteligências recolhem nas regiões inferiores, espíritos que estão a caminho da ovoidização, esses espíritos denominados vibriões, psiquicamente "exalam" grande angustia e aflição. Uma vez aprisionados em gaiolas e implantados no ambiente da casa espírita, influenciará consideravelmente os trabalhadores da mesma.

4. Utilização dos próprios trabalhadores encarnados como informantes: É quando, as inteligências trevosas, utilizam de maneira mais ostensiva a invigilância dos trabalhadores da seara espírita, em verdadeiras reuniões de "tortura", arrancam a verdade dos trabalhadores. O mais grave é que muitos "cristãos" ainda não se decidiram verdadeiramente pelo Cristo, em razão disso, fazem o papel de "agentes duplos". Sem contar ainda, outras ações mais conhecidas no meio espírita e tantas outras, que os espíritas se quer fazem idéia.

- COM ESSAS COLOCAÇÕES O SENHOR NOS DEIXA COM MAIS DÚVIDAS DO QUE COM CERTEZAS...

Resposta: Esse é meu desejo. Tenham dúvidas, estudem, pesquisem e principalmente, procurem se livrar das posturas e conceitos arcaicos e preconceituosos


domingo, 26 de agosto de 2012

Um estudo desenvolvido,,,,,,,,,,,,,,,,,

Um estudo desenvolvido,,,,,,,,,,,,,,,,,








 


Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica chamado “passe”. 

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores.

“Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos." A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos.

“A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”.
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 camundongos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress. 

O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes.
Lembremos que Jesus ao curar sempre estendia as mãos.
Religiões Populares Brasileiras também estendem as mãos há mais de quatro séculos, dentre elas aquelas professadas pelos descendentes do africanismo.
Os egípcios, já usavam esse método bem antes de Cristo. Outras Filosofias como diversas técnicas orientais também aceitam a imposição de mãos sobre o outro.
Atualmente Religiões protestantes também praticam .a imposição de mãos.


SILÊNCIO

SILÊNCIO
NO SILÊNCIO DE UMA BUSCA O ENCONTRO COM A VERDADE DE NOSSA REALIDADE SE FAZ.
A LIBERDADE SE FAZ VERDADE...
A PRISÃO ABERTA POR MOMENTOS SE ENCONTRA... REFAZ A VIAGEM DO SILÊNCIO E DENOTA O PODER DE VER O MERECER DE SEU VIVER ACONTECER.
A PAZ REFAZ POR INSTANTES O TRAJETO ONDE NOSSO ESPÍRITO LIBERTO VOLTA A PÁTRIA ENCONTRANDO AFETOS, DESAFETOS. VIVE O TEMPO COM AS VERDADES DOS ANOS.
O ENCONTRO DA PAZ REFAZ O PACTO DA PRISÃO, REFAZ A VERDADE DE UMA HISTÓRIA VIVIDA PELO SER E COBRADA PELA SUA CONSCIÊNCIA. A PAZ DE NOSSA CONSCIÊNCIA SÓ SE FAZ COMPLETA QUANDO O TEMPO NOS FAZ VER E SENTIR O IR E VIR DE NOSSAS IGUALDADES. SOMOS IGUAIS PARA A DOR QUANTO PARA O AMOR.
NOSSA VERDADE RESSALTADA É... O PRESENTE DO SONHO NOS SERVE COMO LENITIVO PARA PERGUNTAS SEM RESPOSTAS DO DIA NOS SERVE COMO ALÍVIO PARA A MÁGOA NOS É INCENTIVO PARA CONTINUARMOS NOSSA CAMINHADA.
NO PARALELO DO TEMPO VÊ-SE QUE NOSSO SENTIMENTO NOS COBRA A VERDADE SEMPRE. LIBERTOS DO MEDO, VIAJAMOS AO NOSSO SEGREDO, VEMOS O TODO DE NOSSO ENREDO, DESCOBRIMOS QUE DEVEMOS A NÓS MESMOS O RETORNO DO AMOR SEM A CULPA DOS TEMPOS PASSADOS, MAS COM A VERDADE QUE NADA SE FAZ SEM O ENCONTRO COM SUA FÓRMULA VERDADEIRA. NINGUÉM É MELHOR QUE NINGUÉM. SOMOS PARTES DE UMA TODO NO TOTAL DESTE TERMO.
A RODA DA VIDA NOS MOSTRA QUE OQUE SE FAZ SE PAGA,,. OQUE SE BUSCA SE ENCONTRA, O GIRA-GIRA DO UNIVERSO COMEÇA FINDA E RECOMEÇA NO MESMO LOCAL DE SUA PARADA. SABENDO-SE QUE CADA GIRO SE FAZ NO TEMPO CERTO A CADA SITUAÇÃO E RAZÃO.
O PERDÃO É NOSSO DESEJO VERDADEIRO SEMPRE, POIS AO DESEJO DO PAI SOMOS TODOS IGUAIS, NA COR, NA RAÇA, NO TAMANHO NO DIREITO AO MELHOR. APENAS TEMOS DIFERENÇAS NO MODO DE APRENDER E NO TEMPO DE CADA VIVER E VER SEU MERECER...
FIQUEM COM NOSSO IRMÃO MAIOR SEMPRE, ELE ESTÁ SEMPRE A NOSSO LADO PARA AJUDAR.
QUE ASSIM SEJA NO AMOR E NA PAZ DE NOSSA CONSCIÊNCIA!!!

Divaldo Franco incorpora Bezerra de Menezes

BEZERRA DE MENEZES CAVALCANTI O MÉDICO DOS POBRES

 


BEZERRA DE MENEZES
CAVALCANTI
O MÉDICO DOS POBRES



Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti
Jornalista - Médico - Político - Espírita
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, nasceu no dia 29 de
agosto de 1831, na antiga freguesia do Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama),
no estado do Ceará.
Filho de Antônio Bezerra de Menezes e de Fabiana de Jesus
Maria Bezerra, oriundo de tradicional família de políticos do Sul, uma
das primeiras que vieram povoar aquele estado, foi criado por seus
pais dentro dos princípios religiosos do catolicismo e disciplina militar,
tendo o dever e a honra como norma a seguir.
Não teve vida fácil, contudo com esforço e dedicação alcançou
posições de destaque chegando a ser médico, jornalista, político e
presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB).
No ano de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade.
Bem cedo revelou sua fulgurante inteligência. Aos 6 anos sabia ler, ao
7, iniciava o curso primário, e, aos 11, principiava o Curso de Humanidades,
em virtude da transferência de sua família para o Rio Grande
do Norte, matriculando-se na aula pública de latinidade que funcionava
na Serra do Martins, dirigida pôr jesuítas. Seu aproveitamento era
notável, bastando lembrar que aos 13 anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros,
aulas dessa matéria na própria escola em que fazia seus preparatórios, quando do impedimento de seu professor.
Orientava-o, nos estudos, o tio e grande amigo, Dr. Manoel Soares da Silva Bezerra.
Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente-coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes,
homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de
criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos,
que o procuravam para explorar-lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna. Percebendo,
porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o
que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta,
dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.
O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou
tornar-se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente
necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.
Cumpridos os 5 anos de ginásio e animado do firme propósito de orientar-se pelo caráter íntegro de
seu pai, Bezerra de Menezes, com a minguada quantia de R$ 38$000 (trinta e oito mil Réis) que seus parentes
lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro em 05 de
fevereiro de 1851, a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.
Para poder estudar, dava aulas particulares de Filosofia e Matemática, e como não podia comprar livros,
estudava nas bibliotecas, mas sempre tirou ótimas notas, pois se esforçava muito.
Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de
Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis, para
pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio,
sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.
Desesperado - uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida - e como não fosse incrédulo,
ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus.
Poucos dias após bateram-lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar
algumas aulas de Matemática.
Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu
e por fim, lembrando-se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar.
O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o
pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O moço entregou-
lhe então a quantia de cinqüenta mil réis. Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante
despediu-se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade.
Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.
Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Doutorou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do
Cancro", com 25 anos. Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra
de Menezes.
Abriu, com um colega, consultório no centro do comércio, onde esteve espantando moscas por longos
meses. Mas, em sua casa, a clínica ia crescendo, pois era gente que não pagava.
Recebe a alcunha de "Médico dos Pobres". Foi-lhe dado mais por troça, mas ele a aceitou com orgulho,
disse depois que foi o mais honroso título que já recebera.
A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina,
com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento". O parecer
foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se
efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1º de junho. Foi eleito redator dos seus Anais, posto que
ocupou com brilho durante 4 anos. Em 1858 candidatou-se a uma vaga de lente substituto da Seção de Cirurgia
da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então
Cirurgião-Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião-Tenente.
Casou-se com Maria Cândida de Lacerda em 06 de novembro
de 1858, mas esta veio a falecer em 1863, acometida por rápida enfermidade,
deixando-lhe dois filhos ainda pequenos.
Um ano depois, casou-se pela segunda vez com Cândida Augusta
Lacerda, irmã materna de sua primeira esposa, com quem teve
07 filhos.
Político, grande defensor da abolição da escravatura, líder do
Partido Liberal, eleito vereador municipal em 1861, teve sua eleição
impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de
ser médico militar. Objetivando servir o seu Partido, que necessitava
dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes
afastar-se do Exército. Em 1867 foi eleito Deputado Geral, tendo ainda
figurado em lista tríplice para uma cadeira no Senado.
Quando político, levantou-se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma
torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu-se
quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que
possuía.
Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de
sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.
Missionário que sempre fora, um dia ao atender uma mulher, prescreveu os remédios e lhe disse que
poderia compra-los ali mesmo, ao que esta respondeu que não tinha nem para dar o que comer, quanto mais
comprar remédios. Bezerra procurou nos bolsos e nada encontrou, olhou em volta e nada viu, reparou então
em seu anel de formatura, e deu-o, sem pestanejar para comprar medicamento para o filho doente.
Dedicava-se unicamente aos pobres, dando consultas gratuitas. Como não conseguia cobrar, seu amigo,
dono da farmácia onde atendia é quem pedia ajuda aos que podiam. Não tendo nenhuma fonte de renda
além dessa, passava portanto, muitas privações.
Muitas vezes, comovido com o pesar das pessoas, ia até o amigo farmacêutico e pegava tudo o que ele
tinha recebido e distribuía aos necessitados que o procuravam.
Em certa ocasião a situação estava muito ruim, sua mulher lhe disse que não teriam o que comer à noite,
e ele respondeu que confiasse em Jesus. Ao voltar de noite ela reclamou do seu exagero, o que ele estranhou,
então ela mostrou uma enorme quantidade de alimentos que lhe foi entregue de manhã, cuja origem
jamais souberam.
Outra vez, um homem o procurou dizendo estar desempregado e doente, como os seus. Bezerra olhou
nos bolsos e nada encontrou, perguntou então se ele acreditava em Nossa Senhora, o que ele disse que sim,
então lhe deu um abraço dizendo que era em nome dela, e disse para repetir o gesto em casa. Na semana
seguinte voltou para agradecer pois ficou curado e arranjara emprego.
Desviado interinamente da atividade política e dedicando-se a empreendimentos empresariais, criou a
Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhouse
na construção da via férrea de Santo Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado,
de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard
28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel.
Em 1875, era presidente da Companhia Carril de São Cristóvão.
Quando comandava a empresa de trens, ao findar o expediente, um conhecido chegou até ele dizendo
que seu filho havia morrido. Não deixou ele continuar, chamou a um canto, tirou a carteira e nem olhou o
quanto tinha, deu-lhe tudo, percorreu os bolsos e deu até as moedas que possuía. Não esperou agradecimentos
e foi embora, só então percebeu que não tinha nem para o bonde, de modo que foi obrigado a pedir a amigos
a passagem.
Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente
da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.
Fica descontente de tudo, passando a ler a Bíblia para se consolar.
O Dr. Carlos Joaquim Travassos integrante do primeiro grupo
espírita do país, "Confúcios", havia empreendido a primeira tradução
das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa
de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo, o Dr.
Joaquim Travassos, durante uma viagem de bonde, ofertou um exemplar
a Bezerra de Menezes, entregando-o com dedicatória. O episódio
foi descrito do seguinte modo por Bezerra:
"Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem
de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração
para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o
inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta
filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando
assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a
Bíblia.
Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para
mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei-me seriamente
com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo
como se diz vulgarmente, de nascença".
Para se convencer, faz uma consulta anônima, mandando por um amigo um papel contendo apenas seu
nome e idade, e recebeu de volta a descrição dos seus sintomas, a causa deles e a prescrição para cura, e cura
um problema de cinco anos apenas com homeopatia.
Comentou com um vizinho que já estava melhor, quando recebeu o comunicado do espírito dizendo
que ainda não estava de todo bem, chegando a mensagem uma hora depois do comentário, exatamente o
tempo da viagem até sua casa.
Sua esposa tinha problemas, e os médicos diziam que era tuberculose, o que era muito grave na época.
Os espíritos indicaram problema em outro lugar, no útero, e a curaram.
Certa vez sua esposa foi procura-lo pois sua filha estava muito doente, mas ao sair foi chamado por outra
mulher, pedindo ajuda para o filho que também adoecera, Disse a esposa que não pode deixar de atender
a quem chama, de modo que entrega a filha a Jesus, e vai até o outro enfermo, esperando, ao retornar à casa,
encontrar a filha morta, mas a doença passara completamente, de onde conclui que Jesus é melhor médico
que ele.
No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a
sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro, para
ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente
cidadão, do eminente católico, Dr. Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao
Espiritismo.
Bezerra era um religioso no mais elevado sentido. Sua pena, por isso, desde o primeiro artigo assinado,
em janeiro de 1887, foi posta a serviço do aspecto religioso do Espiritismo. Demonstrada a sua capacidade
literária no terreno filosófico e religioso, quer pelas réplicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de
Propaganda da União Espírita do Brasil, incumbiu-o de escrever, aos domingos, no "O Paiz" tradicional órgão
da imprensa brasileira, a série de "Estudos Filosóficos", sob o título "O Espiritismo". O Senador Quintino
Bocaiúva, diretor daquele jornal de grande penetração e circulação, "o mais lido do Brasil", tornou-se
mesmo simpatizante da Doutrina Espírita.
Os artigos de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita
no Brasil. De novembro de 1886 a dezembro de 1893, escreveu ininterruptamente, ardentemente.
Da bibliografia de Bezerra de Menezes, antes e após a sua conversão do Espiritismo, constam os seguintes
trabalhos: "A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a
Nação", "Breves considerações sobre as secas do Norte", "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo
Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro
-- o Leproso", "História de um Sonho", "Evangelho do Futuro". Escreveu ainda várias biografias de homens
célebres, como o Visconde do Uruguai, o Visconde de Carvalas, etc. Foi um dos redatores de "A Reforma",
órgão liberal da Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade".
Em 1888, sofreu a perda de dois filhos.
Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele:
"Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando
um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e
achar-se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que
sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que
procure outro - esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos
gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer
uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que
jamais se perderá nos vaivéns da vida."
Em 1883, reinava um ambiente francamente dispersivo no seio do Espiritismo brasileiro e os que dirigiam
os núcleos espíritas do Rio de Janeiro sentiam a necessidade de uma união mais bem estruturada e que,
por isso mesmo, se tornasse mais indestrutível.
Os Centros, onde se ministrava a Doutrina, trabalhavam de forma autônoma. Cada um deles exercia a
sua atividade em um determinado setor, sem conhecimento das atividades dos demais. Esse sentimento levou-
os à fundação da Federação Espírita Brasileira.
Nessa época já existiam muitas sociedades espíritas, porém, as únicas que mantinham a hegemonia de
mando eram quatro: a "Acadêmica", a "Fraternidade", a "União Espírita do Brasil" e a "Federação Espírita
Brasileira", entretanto, logo surgiram entre elas vivas discórdias.
Sob os auspícios de Bezerra de Menezes, e acatando prescrições das importantes "Instruções" recebidas
do plano espiritual pelo médium Frederico Júnior, foi fundado o famoso "Centro Espírita", o que, entretanto,
não impediu que Bezerra desse a sua colaboração a todas as outras instituições.
O entusiasmo dos espíritas logo se arrefeceu, e o velho seareiro se viu desamparado dos seus companheiros,
chegando a ser o único freqüentador do Centro. A cisão era profunda entre os chamados "místicos"
e "científicos", ou seja, espíritas que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso, e os que o aceitavam
simplesmente pelo lado científico e filosófico.
Em 1892, Bezerra de Menezes, por sua desambição das coisas materiais e por efeitos da implantação
da República, foi reduzido à pobreza e ao isolamento. Ainda, assim, mantinha a seção dominical de “O Paiz”;
escrevia artigos para o “Reformador” e veio a lume o romance “Lázaro, o Leproso”.
Em 1893, todas as vozes se calaram, porém Max continuou incansável, escrevendo. Foi a derradeira
pena a parar, e só em 25 de dezembro encerrou os estudos Filosóficos”, no “O Paiz”, escrevendo tocante
homenagem a mãe de Jesus. Em 1893, a convulsão provocada no Brasil pela Revolta da Armada, ocasionou
o fechamento de todas as sociedades espíritas ou não.
Em 1894, o ambiente mostrou tendências para melhora e o nome de Bezerra de Menezes foi lembrado
como o único capaz de unificar o movimento espírita.
Nos trabalhos de desobsessão na FEB, um espírito não queria aceitar a Deus, dizendo que este não existia.
Como nada mais lhe restava a dizer, decidiu orar, fazendo-o tão sentidamente que convenceu o espírito
reticente: "Basta! para que vocês orem desse modo, é preciso que um Deus exista".
Também na desobsessão, após convencer um espírito obsessor, este lhe disse: "Bom velhinho, não foram
suas palavras que me convenceram, mas os seus sentimentos".
O infatigável batalhador, com 63 anos de idade, foi convocado por companheiros espíritas a assumir a
presidência da Federação Espírita Brasileira.
Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou-se a seguinte conversação:
- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente
e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir
teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.
- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada
na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair
sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.
- De acordo. Mas a Assistência aos necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento
dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo
aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto aliás me tem criado sérias dificuldades,
tornando-me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não
tendo assim o direito de exercer a profissão.
- E por que não te tornas médico homeopata? disse Bittencourt.
- Não entendo patavinas de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.
Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de Santo Agostinho, que era o guia
espiritual de Bezerra deu um aparte:
- Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.
- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?
- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso
estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo:
Trazendo-te, quando precisares, novos discípulos de Matemática...
Não teve como dizer não, ficando ora no cargo de presidente, ora de vice-presidente, até a sua desencarnação.
À frente da FEB, conciliou, em nome do amor, místicos e cientistas, empunhando sempre o slogan
"Deus, Cristo e Caridade", e muito trabalhando pelo bem comum.
Iniciava-se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão cerebral,
que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria.
Verdadeira romaria de visitantes acorria à sua casa. Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que
nada possuía.
Ninguém desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo.
Todos conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse,
de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas, delicadamente, debaixo do seu travesseiro.
No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeu-se por ver ali desde o tostão do pobre
até a nota de duzentos mil reis do abastado!...
Adolfo Bezerra de Menezes desencarnou no dia 11 de abril de 1900, sem deixar bens materiais para a
família, pois era um espírito missionário, para quem a maior riqueza do homem é a purificação da alma.
Amor ao próximo, solidariedade, abnegação e desprendimento foram e são as suas heranças.
Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar-lhe a
última visita.
O enterro do corpo de Bezerra foi uma apoteose. Gente de toda a cidade do Rio de Janeiro, especialmente
dos morros, das favelas, gente humilde, descalça, maltrapilha, os pobres de espírito, os humildes de
coração, beneficiados pela Medicina do seu Amor, ali se achavam em mistura com outra gente rica e poderosa,
pertencente ao mundo oficial do Governo e às entidades culturais do Distrito Federal.
E todos choravam como se tivessem se apartado de um Pai, do maior de seus amigos!
No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram-se alguns amigos de Bezerra, a fim de
chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão
que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos
e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de "Kardec Brasileiro".
"Um dia perguntado ao Dr. Bezerra de Menezes qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano
espiritual. Ele respondeu:
- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou
do leito em que eu ainda estava dormindo e, tocando-me, falou suavemente:
- Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
- Minha filha, é você Celina?!
- Sim, sou eu, meu amigo. A mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida
Espiritual, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar.
Mas eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então, Celina me disse:
- Venha ver, Bezerra.
Ajudando a erguer-me do leito, amparou-me até a escada, e eu vi uma multidão que acenava, com ternura
e lágrimas nos olhos.
- Quem são, Celina - perguntei - não conheço ninguém. Quem são?
- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles espíritos atormentados,
que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em
chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles,
que o vêm saudar no pórtico da eternidade...
E o Dr. Bezerra concluiu:
- A felicidade sem lindes existe, minha filha, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que
semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorremos".
No Plano Espiritual, em 1950, Maria de Nazaré chamou-o para zonas superiores, mas ele preferiu ficar
aqui, junto de seus pobres e doentes.
Sua vida é um exemplo de probidade, de amor ao próximo, em que ele ganhou 50 encarnações em