"Esta casa, A CAMINHO DA LUZ, tem as portas abertas para te receber e o coração muito mais para te compreender."
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Ávidos por novidades
Ávidos por novidades
Com esse mesmo título, a conhecida revista FidelidadEspírita, edição 77, de fevereiro/2009, publicou importante editorial que nos permitimos reproduzir aos amigos do movimento espírita, na íntegra, e autorizados por aquela publicação, face à oportunidade da abordagem:
(...) Os que no Espiritismo veem mais do que fatos; compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência que lhes exerce nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O avarento continua a sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas imperfeitos. (LM Cap. III item 28 – 2º)
Periodicamente surgem os mais diversos modismos no Movimento Espírita. A origem dessas modas é a dificuldade que alguns adeptos têm de aceitar a simplicidade da Doutrina dos Espíritos.
Egressos das religiões dogmáticas ou ritualísticas pretendem introduzir no Espiritismo aquilo que não lhe pertence.
Por isso, estão sempre à caça de terapias maravilhosas, médiuns curadores, profecias, métodos novos para a mediunidade, “detetives” que desvendam vidas passadas e, como é natural, acabam nas mãos dos charlatães.
De fato, o Espiritismo não é uma doutrina comum; embora simples, na prática e vivência dos seus postulados, é ciência, filosofia e religião a exigir do seu adepto uma adequação ao método de pesquisa, que levará ao conhecimento doutrinário seguro sedimentando, definitivamente, a fé do espírita, libertando-o da ânsia por novidades.
Não estamos dogmatizando o Espiritismo, mas apontando alguns problemas que podem prejudicar o seu entendimento.
Kardec chamou de espíritas imperfeitos os que se prendem à forma e não à essência. Os que admiram e não praticam.
Enquanto buscamos “novidades” não estudamos a doutrina, permanecendo na superficialidade. O Espiritismo continua um grande desconhecido!
Compete, portanto, às Casas Espíritas a tarefa de esclarecer seus adeptos oferecendo ambiente adequado de estudo e prática da caridade (moral e material), para que o espírita tenha amplo campo para o desenvolvimento de suas potencialidades.
Quando entendermos com mais profundidade a doutrina dos Espíritos encontraremos nela a sublimidade da mensagem central: a transformação do homem.
Sempre que nos preocupamos mais com o exterior, introduzindo práticas antidoutrinárias no Espiritismo, desviamo-nos do compromisso moral de melhoramento dando maior atenção ao efeito que à causa.
O Espiritismo não está ultrapassado, como querem alguns, permanece atual e pouco conhecido.
Esperamos que os Centros comprometidos com a doutrina formem, competentemente, os espíritas de agora e do futuro, como prenunciou Allan Kardec:
(...) os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso, única que os pode elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e coibir seus maus pendores. As relações com eles sempre oferecem segurança, porque a convicção que nutrem os preserva de pensarem em praticar o mal.
A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos. (LM Cap. III item 28 – 3º)
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Notem os amigos que o que vem ocorrendo no movimento espírita está muito bem expresso no editorial em referência. Não pude evitar um brado de entusiasmo ao ler nas últimas linhas: “(...) O Espiritismo não está ultrapassado, como querem alguns, permanece atual e pouco conhecido. Esperamos que os Centros Espíritas comprometidos com o futuro da doutrina formem, competentemente, os espíritas de agora e do futuro, como prenunciou Allan Kardec”.
Eis, pois, nossa maior necessidade: estudar para conhecer e viver a abençoada, incomparável, inesgotável Doutrina dos Espíritos. Eis o compromisso que precisamos abraçar com fidelidade.
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