AS
EVOCAÇÕES ESPIRITUAIS NO CENTRO
Como
ocorre este processo mediúnico e como lidar com as principais dificuldades,
como a mistificação e identificação do espírito?
No século XIX, durante as pesquisas das manifestações espíritas, concluiu-se
que inteligências extrafísicas as provocavam e dirigiam.
Diziam serem almas de pessoas já falecidas, dando provas de identificação.
Então, um mundo novo se abriu aos olhos da humanidade: o mundo espiritual,
habitado por seres que, através da morte, já haviam abandonado o veículo
físico.
Em todo o tipo de fenômeno mediúnico ocorrem certas fases que podemos
considerar como fundamentais e, dependendo da categoria do fenômeno, acontecem
particularidades que lhe são próprias. Seja o fenômeno mediúnico de efeitos
inteligentes - psicografia ou psicofonia - seja consciente ou inconsciente,
mecânico ou intuitivo, sempre ocorrem fases que podem ser esquematicamente
assim estudadas:
1-
FASE DA AFINIDADE FLUÍDICA E ESPIRITUAL
Antes de ocorrer o fenômeno, é o médium sondado psiquicamente para avaliar a
sua capacidade vibratória. Às vezes, dependendo do tipo de atividade mediúnica,
o médium, em desdobramento natural durante o sono (projeção astral, emancipação
da alma), dias antes do trabalho mediúnico, é levado pelos mentores espirituais
a tomar contato com a entidade que deverá receber mediunicamente, para evitar
"choques" inesperados durante a reunião.
2-
FASE DA APROXIMAÇÃO DA ENTIDADE
É a sequência natural da fase anterior, só que ocorre no recinto do trabalho
mediúnico como preparação do médium para a tarefa.
Pode ocorrer que antes da sessão o médium sinta a influência espiritual, mas
deverá controlar-se para evitar o transe fora de ocasião oportuna, que é a do
trabalho propriamente dito.
Sentirá os fluidos próprios da entidade, cabendo-lhe o trabalho de analisá-los
e, conforme conhecimento anterior, absorvê-los ou rechaçá-los.
3-
FASE DA ACEITABILIDADE DO ESPÍRITO COMUNICANTE PELO MÉDIUM
Ativamente o médium começa a se afinizar melhor com a mente do espírito
desencarnado. Manter-se-à calmo, confiante e seguro, certo de que nada de mau
lhe acontecerá porque o equilíbrio do grupo é uma segurança.
Sentirá os seus pensamentos serem dirigidos por uma força estranha e aos poucos
terá vontade de falar ou de escrever ou apenas ficará na expectativa de novas
associações mentais. Poderá se sentir diferente, como se fosse outra pessoa,
ver mentalmente outros lugares ou ter sensações diferentes.
4-
FASE DA INCORPORAÇÃO MEDIÚNICA
É falsa a ideia de que o desencarnado para se comunicar, entra no corpo do
médium.
O que ocorre são
assimilações de correntes fluídicas e mentais numa associação perfeita,
denominada de sintonia vibratória. O perispírito e os centros energéticos do
médium são estimulados pelas forças fluídicas e mentais da entidade
comunicante. É quando há associação, ocorrendo então o fenômeno da
"incorporação".
O médium incorpora as ideias, vivências e sentimentos da entidade comunicante e
os transmite.
É natural que nessa fase o médium se sinta diferente, com sensações anormais,
sudorese, amortecimentos, respiração ofegante, tremores, etc. O controle das
reações orgânicas deverá surgir graças à confiança e à serenidade alcançadas
com um bom treinamento.
Quando há manifestação mediúnica, geralmente o médium apresenta gestos e
trejeitos que tem por finalidade demonstrar que não é ele quem está se
manifestando.
É compreensível que isso tenha acontecido antigamente, por falta de estudo
precedendo a prática mediúnica, pois, os candidatos ao desenvolvimento,
observando o que os médiuns considerados "desenvolvidos" faziam,
automática ou conscientemente acabavam por copiar a "apresentação" do
Espírito comunicante.
Sendo a reunião
realizada com pouca iluminação, os médiuns preocupavam-se em dar um sinal de
que estavam sob influência espiritual, daí surgindo os chiados, gemidos, as
contrações bruscas, os ruídos, enfim, algo que chamasse a atenção do
doutrinador ou dirigente, atitudes essas desnecessárias, desde que a reunião se
realize conforme a orientação sadia e correta.
Ao se aproximar do médium, o espírito como vimos anteriormente, combina os seus
fluidos perispirituais com os do intermediário, podendo este ter percepção
diferentes das que estava tendo na ocasião (poderá sentir frio, calor,
bem-estar, dores, ansiedades, paz, medo, ódio, etc).
Muitas vezes, por falta de educação mediúnica o médium reage através de
espalhafato diante dessas percepções e sensações.
Não há necessidade,
portanto, de tremores, pancadas, chiados, assobios, gagueira, voz entrecortada
e soturna.
Deverá o médium se controlar para que a comunicação se faça naturalmente, sem
"prefixos" de abertura ou de encerramento da mensagem.
Cada espírito que se comunica é diferente do outro, portanto, a repetição das
mesmas encenações caracteriza-se como sendo própria do médium, exceto em casos
de uma entidade que se faça reconhecer por certas particularidades, no modo de
falar, orientar ou dizer as coisas, mas nunca usando uma "chapa" ou
"clichê" para dar a sua comunicação.
De preferência, o médium iniciante deve evitar receber, por escrito ou
oralmente, mensagem na 2* pessoa do plural ("vós"), para evitar erros
de concordância, bem como, barbarismos de linguagem que acabam por descolorir a
comunicação.
Na fase de aprendizagem, o dirigente deve evitar o sistema de chamar por ordem
os médiuns, porque a comunicação é espontânea e não obedece a colocação dos
mesmos na mesa. Deve procurar estar atento, de olhos abertos; a sala com
discreta iluminação e a reunião composta por um número razoável de pessoas (de
12 a 15 participantes).
Para evitar os condicionamentos e as viciações, deve-se guardar respeito
íntimo, confiança, espírito de análise, serenidade e sinceridade em tudo aquilo
que se fizer.
Na fase de aprendizado, acolher com simpatia as observações dos dirigentes e
monitores que de alguma forma estão procurando evitar que o fenômeno mediúnico
se barateie e se torne ridículo em nossas casas espíritas.
ENVOLVIMENTO
MEDIÚNICO
No fenômeno mediúnico da chamada incorporação o que ocorre é um verdadeiro
envolvimento mediúnico, que significa entrosamento das correntes vibratórias
próprias do médium, emanadas de suas criações mentais com as do espírito
comunicante.
Se não houver afinidade fluídica não se produzirão os fenômenos e esta
afinidade somente ocorre com a permissão (consciente ou inconsciente) do
médium.
Assim, pode
acontecer que o espírito esteja presente à reunião, queira comunicar-se, mas
não encontre um médium com o qual tenha afinidade fluídica
(aceitação/permissão).
Havendo uma perfeita correspondência entre o clima vibratório da entidade
desencarnada e o do médium, estamos diante do chamado envolvimento mediúnico.
Então o médium passa a perceber as sensações, emoções, intenções e pensamentos
e transmiti-los de acordo com a sua faculdade mediúnica.
É aqui que reside o ponto nevrálgico da questão: ou de nos deixarmos arrastar
pura e simplesmente, ou de reagirmos, tentando impor nossa vontade.
Se agirmos como a primeira hipótese, corremos o risco de sermos obsidiados
facilmente; se agimos como na segunda, podemos passar uma vida inteira sem
desenvolvermos a faculdade, dominados pelo receio de servirmos de instrumento
às entidades desencarnadas.
A educação mediúnica ensina ao médium a se manter em posição de equilíbrio e
vigilância sem que esta se transforme em refratariedade.
Tendo então, condições de controlar o fenômeno, isto é, saber quando e como uma
mensagem é conveniente ou causadora de confusão e mal-estar; ter o bom senso de
analisar o que vai filtrar ou que está filtrando.
O controle vai muito do modo que a pessoa vive, pensa e age (conduta
moral/ética). Os espíritos superiores baixam o seu "padrão
espiritual", aproximando-o do nosso, envolvendo-se com os fluidos
grosseiros de nosso ambiente mais acessíveis.
O médium em transe, por sua vez, se eleva através do preparo antecipado e da
disciplinação dos recursos mediúnicos, criando-se a condição para a
comunicação.
Pode ocorrer que
médiuns com boa capacidade vibratória poderão baixar suas vibrações para
servirem de instrumento de entidades inferiores, a fim de que estas sejam
esclarecidas e orientadas.
Terminada a tarefa, o médium retornará ao seu padrão normal, não lhe ficando
sensações desagradáveis próprias do espírito comunicante.
IDENTIFICANDO
OS ESPÍRITOS
Uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático é a questão da identidade
dos Espíritos.
Isto porque os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade, e alguns dentre
eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Julgam-se os Espíritos pela sua
linguagem, conhecimentos e vibrações fluídicas. Desde que um espírito só diz a
verdade, pouco importa o nome. Porém, se apresenta com o nome de um personagem
ilustre e diz coisas triviais e infantilidades, está claro que não pode ser
considerado como tal pessoa.
De uma forma genérica, podemos distinguir, através da sensibilidade mediúnica o
grau de evolução das entidades espirituais (sensações agradáveis ou
desagradáveis).
Os espíritos jamais conseguem disfarçar a condição espiritual que se encontram,
bastando a análise fluídica das impressões. Eles sempre revelam sua condição
espiritual, justamente pelo que dizem e como dizem, é lógico, descontando-se as
influências do intermediário de que faz uso.
Entidades elevadas são objetivas e simples, enquanto que os atrasados, usam
comunicações cheias de palavras difíceis, amontoadas em frases brilhantes, mas
de sentido completamente vazio, e às vezes, até contraditório.
Outro recurso para identificar os espíritos é o da clarividência, porém, de uso
bastante restrito e delicado. Pode ocorrer que dois bons e autênticos
clarividentes, em um mesmo local e ambiente, na mesma hora, estejam percebendo
situações diferentes; um não poderá confirmar o que outro consegue registrar.
A clarividência é um bom recurso para identificar o espírito desencarnado, mas
depende muito do médium, da sua segurança, do seu equilíbrio, não se devendo
basear tão somente neste recurso para afirmar-se identidade do espírito. A
informação do clarividente sempre deve ser verificada, analisada e comparada
com outros fatores auxiliares e também importantes na identificação dos
espíritos, tais como: qualidade do ambiente, necessidade e oportunidade da
presença do espírito, sensações causadas nos circunstantes, conteúdo da
comunicação, se houver, etc.
É natural que uma entidade espiritual que constantemente se comunique conosco
acabe por se tornar conhecida e querida a ponto de ser considerada elemento do
próprio grupo.
Determinados detalhes podem levar a presumir-se que se trata desta ou daquela
entidade.
Assim é que fica sendo reconhecida pelo modo de falar, pelo estilo, pelo
conteúdo da mensagem, podendo, no entanto, comunicar- se por outros médiuns e
sofrer a influência do clima mental de quem lhe serve de intermediário.
Em se tratando de espíritos que vêm à sessão para serem orientados e
consolados, para receberem o alívio da prece, não vemos necessidade alguma que
levantemos seus dados biográficos.
Durante a atividade mediúnica estamos para atender a quem precisa, portanto,
não devemos perder tempo fazendo inquirições sem fim somente para satisfazer
uma vã curiosidade. Vivendo problemas angustiantes e estando confusos quanto à
noção de tempo e espaço a que estavam condicionados na Terra, muitos deles são
incapazes de informar, com segurança, quem realmente são.
Por isso é reprovável o costume de alguns doutrinadores que chegam ao absurdo
de pedir o nome da entidade ou até detalhes minuciosos para a sua
identificação, quando o que se deve fazer é atendê-la com o máximo de carinho e
amor cristãos, proporcionando-lhe esclarecimento e conforto espiritual, através
das vibrações de amor e paz. Todavia, quando espontaneamente eles se dignam
fornecer alguns dados quanto à sua personalidade, para efeito de estudo, sempre
é interessante confirmá-los, se houver essa possibilidade.
Quando se tratar de uma entidade que procura dar orientações, o nome que usa é
secundário e pouco deve influir quanto a aceitação ou não da mensagem. O
conteúdo é o elemento primordial.
O médium iniciante não deve preocupar-se por não ter a mínima intuição a
respeito da identidade do espírito que através de si se comunica.
Só com o tempo e o treinamento é que terá a capacidade de identificar
perfeitamente as entidades comunicantes.
AS
EVOCAÇÕES
Todos os espíritos, qualquer que seja o grau em que se encontrem na escala
espiritual, podem ser evocados no centro espírita, mas as evocações devem ser
criteriosas e devem ser evitadas evocações por motivos fúteis ou pessoais. Mas
isso não quer dizer que os espíritos sempre queiram ou possam responder ao
nosso chamado. Independentemente da própria vontade ou da permissão, que lhes
pode ser recusada por uma potência superior, é possível se achem impedidos de o
fazer, por motivos que nem sempre é dado a nós conhecer.
Entre as causas que podem impedir a manifestação de um espírito, umas lhe são
pessoais e outras estranhas.
Entre as causas pessoais, devem colocar-se as ocupações ou as missões que
esteja desempenhando e das quais não pode afastar-se. Há também a sua própria
situação.
E das causas estranhas residem principalmente na natureza do médium, na da
pessoa que evoca, no meio em que se faz a evocação, enfim no objetivo que se
tem em vista.
OS
MISTIFICADORES
Um dos maiores obstáculos para a divulgação e aceitação do Espiritismo é a
mistificação, que é o ato de uma entidade tentar enganar os presentes quanto à
sua identidade e à sua posição espiritual.
A mistificação pressupõe engodo, engano, dolo, mentira, e pode ser produzida
por espíritos desencarnados, bem como, também, pelo próprio médium, consciente
ou inconscientemente.
Na mistificação sempre existe o desejo de enganar, trapacear, dar
características de verdade ao que é falso.
Há algum meio de reconhecer e evitar a mistificação? Sem dúvida, e todos eles
estão farta e minuciosamente expostos no item n* 268, de O Livro dos Médiuns.
Os espíritos inferiores se traem de tantos modos, que fora preciso ser cego
para deixar-se iludir. Os espíritos só enganam os que se deixam enganar...
Há pessoas que se deixam seduzir por uma linguagem enfática, que apreciam mais
as palavras do que as ideias, que mesmo tomam ideias falsas e vulgares, por
sublimes.
No que diz respeito identificação dos espíritos que se comunicam nas chamadas
sessões de doutrinação, o que deve interessar é o problema da entidade em si, o
que ela necessita, a sua consolação.
O Livro dos Médiuns também orienta-nos, no item 256: "À medida que os
Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de
suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem
por isso, entretanto, os conservam menos suas individualidades. É o que se dá
com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que
tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que
passaram, é coisa absolutamente insignificante."
INTRODUÇÃO DE O LIVRO DOS MÉDIUNS
"Todos os dias a experiência nos traz a
confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na
prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência
e feliz nos sentimos de haver podido comprovar que o nosso trabalho, feito com
o objetivo de precaver os adeptos contra os escolhos de um noviciado, produziu
frutos e que à leitura desta obra devem muitos o terem logrado evitá-los.
Natural é, que entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem
pôr-se em comunicação com os Espíritos.
Esta obra se destina a lhes achanar o caminho, levando-os a tirar proveito dos
nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa ideia formaria aquele
que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os
dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de
escrever.
Enganar-se-ia
igualmente quem supusesse encontrar nesta obra uma receita universal e
infalível para formar médiuns.
Se bem cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar
médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu
desenvolvimento depende de suas causas que ninguém é dado conseguir se
verifiquem à vontade. As regras da poesia, da pintura e da música não fazem que
se tornem poetas, pintores, ou músicos os que não têm o gênio de alguma dessas
artes. Apenas guiam os que as cultivam, no emprego de suas faculdades naturais.
O mesmo sucede com o nosso trabalho. Seu objetivo consiste em indicar os meios
de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as
disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil,
quando ela exista. Esse, porém, não constitui o fim único a que nos propusemos.
(...)"
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec.
PROIBIÇÃO
DE MOISÉS
Na antiguidade as pessoas evocavam os mortos, e muitos comercializavam os dons
de comunicabilidade com os mundos invisíveis para proveito próprio ou dos seus
clientes.
Por este motivo, Moisés proibiu a evocação dos espíritos, dizendo: "Que
entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os
mortos para saber a verdade" (Deuterônomio).
Frequentemente, as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns do que as
manifestações espontâneas, que não apresentam inconvenientes quando se está
ciente dos espíritos, das necessidades. Para a evocação são necessários médiuns
especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos. A faculdade de evocar todo e
qualquer espírito não implica para este a obrigação de estar à nossa
disposição.
As comunicações que se obtêm dos espíritos muito elevados são preciosas, pelos
altos ensinamentos que encerram.
Esses espíritos conquistaram um grau de evolução que lhes permite abranger
muito mais extenso campo de ideias, penetrar mistérios que escapam ao alcance
vulgar da humanidade.
Allan Kardec se interessou pela evocação direta achando necessárias e
justificáveis na fase de pesquisa. Hoje, a comunicabilidade com os espíritos
tem características diferentes. Estamos na fase da aplicação dos conceitos
espíritas ao comportamento humano, à sua reforma moral. No livro O Consolador,
do espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, na questão 369 diz o
seguinte: "Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, mas
recomendamos a espontaneidade no complexo dos fenômenos espiríticos."
Os trabalhos mediúnicos nos centros espíritas são muito importantes,
principalmente com relação ao esclarecimento que se pode dar a certos espíritos
perturbados ou obsessores. Lemos no item 254 de O Livro dos Médiuns: "Como
pode um homem ter, a esse respeito, mais influência do que a têm os próprios
Espíritos?
Na antiguidade as
pessoas evocavam os mortos, e muitos comercializavam os dons de
comunicabilidade com os mundos invisíveis para proveito próprio ou dos seus
clientes.
Por este motivo, Moisés proibiu a evocação dos espíritos, dizendo: "Que
entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os
mortos para saber a verdade" (Deuterônomio).
Frequentemente, as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns do que as
manifestações espontâneas, que não apresentam inconvenientes quando se está
ciente dos espíritos, das necessidades. Para a evocação são necessários médiuns
especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos. A faculdade de evocar todo e
qualquer espírito não implica para este a obrigação de estar à nossa
disposição.
As comunicações que se obtêm dos espíritos muito elevados são preciosas, pelos
altos ensinamentos que encerram.
Esses espíritos conquistaram um grau de evolução que lhes permite abranger
muito mais extenso campo de ideias, penetrar mistérios que escapam ao alcance
vulgar da humanidade.
Allan Kardec se interessou pela evocação direta achando necessárias e
justificáveis na fase de pesquisa. Hoje, a comunicabilidade com os espíritos
tem características diferentes. Estamos na fase da aplicação dos conceitos
espíritas ao comportamento humano, à sua reforma moral. No livro O Consolador,
do espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, na questão 369 diz o
seguinte: "Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, mas
recomendamos a espontaneidade no complexo dos fenômenos espiríticos."
Os trabalhos mediúnicos nos centros espíritas são muito importantes,
principalmente com relação ao esclarecimento que se pode dar a certos espíritos
perturbados ou obsessores. Lemos no item 254 de O Livro dos Médiuns: "Como
pode um homem ter, a esse respeito, mais influência do que a têm os próprios
Espíritos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário