VAIDADE
Não te glorie na presença do rei, nem te ponhas no meio dos grandes. Pv. 25:6
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Não te apegues à afetação, que as coisas falsas, embora brilhem mais que as verdadeiras, não permanecem clareando. A caridade verdadeira desconfia do alarde.
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Não te exaltes na presença do bajulador, pois ele também vagueia no que fala, não tendo certeza do lugar que escolheu para ti. O lisonjeador pode ser um doente que espera o remédio do teu exemplo, de discrição e de renúncia cristã.
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Não alimentes falsas alegrias no meio dos poderosos. Nada ali é teu, nem mesmo o orgulho e o egoísmo. E não te ponhas no meio dos grandes para seres mais respeitado, em muitos casos, ficando pior perante os teus iguais.
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A ambição é companheira da prepotência e a modéstia está próxima da usura.
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Quando encontres alguém convencido, se auto colocando e lugar que não se lhe pertence, não corrijas sua vaidade egoística com palavras ásperas. O silêncio e alguns gestos o farão meditar. Caso uses da conversa, não esqueças a temperança, com algumas doses de verdade.
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O fantasioso enreda a si mesmo nas suas fantasias e acredita sobremodo nos sonhos inexistentes que formula.
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O amor próprio cheira a solidão e o egoísmo isola os benefícios que a vida intenta te dar.
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Não queiras mudar-te do lugar em que te situas com um salto mágico. A natureza não usa violências e, perder noites de sono, concentrando-se no irrealizável é falta de senso cristão. Esforça-te a cada dia, na proporção das tuas energias, que Deus fará o resto, se te convier.
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Analisa o que escutas dos outros e passa tudo pelo crivo da humildade, para que não sejam empobrecidos os teus sentimentos de fraternidade e de simplicidade.
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Quando alguém exaltar as tuas qualidades, pensa somente que é teu dever ser virtuoso. Os teus inimigos invisíveis têm muitos meios para te envolver e a vaidade é uma porta pela qual quem não ama transita com facilidade.
(Do livro “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia
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