TAREFAS DE
AMOR
Antes de examinar a nossa condição de espíritos devedores, na esfera da
consanguinidade, vejamos o lar enobrecido em sua função de oficina do
amor.
Para isso, é importante figurar o teu próprio sonho de felicidade para além da
experiência terrestre.
Se
houvesse de partir agora, ao chamado da desencarnação, decerto rogarias para teu
imediato proveito o céu do retorno aos entes
amados.
Quem não
terá, enquanto na Terra, residindo para lá das fronteiras da morte, um coração
materno, um pai amigo, um irmão ou um companheiro? Quem de nós não sentirá
saudades de alguém, até que nos reunamos todos no doce país da União Sem Adeus?
E muitos de nós, quando nos desenfaixamos do corpo denso, somos carinhosamente
acolhidos pela dedicação dos que nos precederam, apesar dos desequilíbrios que
demonstremos, para a devida restauração em bases de amor.
Assim também, os seres queridos do Plano Espiritual, quando necessitam do
regresso ao plano físico, ansiando a conquista de paz e reajustamento, escolhem
o nosso clima doméstico para as temporadas de serviço regenerativo ou
reequilibrante de que sejam carecedores, atendendo sempre aos imperativos do
amor que nos associam.
Se
guardas no lar alguém que te enternece pela enfermidade ou provação que
apresente, não julgues teus cuidados à conta de culpa e resgate, mas, sim,
desenvolve-os por tributo de reconhecimento e carinho, em favor daquele coração
faminto de harmonia consigo mesmo que te procurou a companhia, em nome do afeto
milenário que a ele te junge desde outras eras.
Lembra-te de que o débito da ternura e da gratidão jamais
termina.
Teu lar é um ponto bendito do Universo em que te é possível exercer todas as
formas de abnegação a benefício dos outros e de ti mesmo, perante Deus. Pensa
nisso e o amor te iluminará.
(De “No
portal da luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de
Emmanuel)
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