OCIOSIDADE
Sorrateiramente
se instala na casa mental, entorpecendo a vontade.
Disfarça-se de cansaço, sugerindo repouso.
Justifica-se como necessidade de refazimento de forças, exigindo,
cada vez, maior soma de horas.
Apresenta-se como enfermidade, impondo abandono de tarefas.
Desculpa-se, em nome da exaustão das energias, que deseja recobrar.
Reage contra qualquer proposição de atividade que implique no
inconveniente esforço.
A ociosidade é cruel inimigo da criatura humana e fator dissolvente
que se insinua nas tarefas do bem, nas comunidades que laboram pelo
progresso.
Após vencer aquele de quem se apossa, espalha o seu ar mefítico,
contaminando quantos se acercam da sua vítima, que se transforma em
elemento pernicioso, refugiando-se em mecanismos de evasão de
responsabilidade sob a condição de abandonado pela fraternidade alheia.
* * *
O ocioso faz-se ególatra; termina impiedoso.
Solicita direitos, sem cumprir com os deveres que lhe dizem
respeito.
Parasito social, é hábil na dissimulação dos propósitos infelizes
que agasalha.
Dispõe de tempo para censurar os que trabalham e observa, nos
outros refletidas, as imperfeições que de si transfere.
Sua palavra enreda os incautos, torpedeando os programas que exigem
ação.
Quando não se demora anestesiado, mentalmente, pelos vapores
tóxicos que emite e absorve, consegue exibir falsa compostura,
atribuindo-se superioridade que está longe de possuir, no ambiente onde
se encontra.
Escolhe serviços e especifica tarefas, que jamais cumpre
integralmente, acusando os outros ou escusando-se por impedimentos que
urde com habilidade.
É adorno de aparência agradável, que sugere valor ainda não
conseguido.
Bom palestrante, conselheiral, cômodo, refugia-se na gentileza para
atrair simpatias, desde que lhe não seja exigido esforço.
Sabe usar os recursos alheios e estimula as tendências negativas,
insuflando, com referências encomiásticas, o orgulho, a vaidade, a
insensatez.
Na enfermidade de que padece, não se dá conta da inutilidade que o
caracteriza.
* * *
Teresa d'Ávila, atormentada por problemas artríticos e outros, na
sua saúde delicada, exauria-se, silenciosa, nas tarefas mais cansativas
do Monastério, embora portadora de excelentes dons espirituais.
Bernadette Soubirous, a célebre vidente de Lourdes, afadigava-se,
enferma, nos trabalhos mais vigorosos, até a total impossibilidade de
movimentos.
Allan Kardec, advertido pelo seu médico, Dr. Deméure, então
desencarnado, para que poupasse as energias, prosseguiu ativo até o
momento da súbita desencarnação.
E Jesus, que jamais se escusou ao trabalho, são lições que não
podem nem devem ser ignoradas.
* * *
Se não gostas ou não queres trabalhar, sempre encontrarás
justificativas para dissimular a ociosidade.
O progresso de que necessitas, porém, não te desculpará o tempo
perdido ou mal empregado.
Volverás à liça, em condição menos afortunada, sendo-te
indispensável o esforço para a sobrevivência.
Os membros, que se não movimentam na atividade edificante,
atrofiam-se, perdem a finalidade, e apenas se recuperarão sob injunções
mui dolorosas.
Oxalá te resguardes da ociosidade.
Melhor a exaustão decorrente do bem, vivenciado a cada instante, do
que a agradável aparência, cuidada e rósea, mediante a exploração do
esforço alheio e a nutrição da inutilidade ociosa.
Disfarça-se de cansaço, sugerindo repouso.
Justifica-se como necessidade de refazimento de forças, exigindo,
cada vez, maior soma de horas.
Apresenta-se como enfermidade, impondo abandono de tarefas.
Desculpa-se, em nome da exaustão das energias, que deseja recobrar.
Reage contra qualquer proposição de atividade que implique no
inconveniente esforço.
A ociosidade é cruel inimigo da criatura humana e fator dissolvente
que se insinua nas tarefas do bem, nas comunidades que laboram pelo
progresso.
Após vencer aquele de quem se apossa, espalha o seu ar mefítico,
contaminando quantos se acercam da sua vítima, que se transforma em
elemento pernicioso, refugiando-se em mecanismos de evasão de
responsabilidade sob a condição de abandonado pela fraternidade alheia.
* * *
O ocioso faz-se ególatra; termina impiedoso.
Solicita direitos, sem cumprir com os deveres que lhe dizem
respeito.
Parasito social, é hábil na dissimulação dos propósitos infelizes
que agasalha.
Dispõe de tempo para censurar os que trabalham e observa, nos
outros refletidas, as imperfeições que de si transfere.
Sua palavra enreda os incautos, torpedeando os programas que exigem
ação.
Quando não se demora anestesiado, mentalmente, pelos vapores
tóxicos que emite e absorve, consegue exibir falsa compostura,
atribuindo-se superioridade que está longe de possuir, no ambiente onde
se encontra.
Escolhe serviços e especifica tarefas, que jamais cumpre
integralmente, acusando os outros ou escusando-se por impedimentos que
urde com habilidade.
É adorno de aparência agradável, que sugere valor ainda não
conseguido.
Bom palestrante, conselheiral, cômodo, refugia-se na gentileza para
atrair simpatias, desde que lhe não seja exigido esforço.
Sabe usar os recursos alheios e estimula as tendências negativas,
insuflando, com referências encomiásticas, o orgulho, a vaidade, a
insensatez.
Na enfermidade de que padece, não se dá conta da inutilidade que o
caracteriza.
* * *
Teresa d'Ávila, atormentada por problemas artríticos e outros, na
sua saúde delicada, exauria-se, silenciosa, nas tarefas mais cansativas
do Monastério, embora portadora de excelentes dons espirituais.
Bernadette Soubirous, a célebre vidente de Lourdes, afadigava-se,
enferma, nos trabalhos mais vigorosos, até a total impossibilidade de
movimentos.
Allan Kardec, advertido pelo seu médico, Dr. Deméure, então
desencarnado, para que poupasse as energias, prosseguiu ativo até o
momento da súbita desencarnação.
E Jesus, que jamais se escusou ao trabalho, são lições que não
podem nem devem ser ignoradas.
* * *
Se não gostas ou não queres trabalhar, sempre encontrarás
justificativas para dissimular a ociosidade.
O progresso de que necessitas, porém, não te desculpará o tempo
perdido ou mal empregado.
Volverás à liça, em condição menos afortunada, sendo-te
indispensável o esforço para a sobrevivência.
Os membros, que se não movimentam na atividade edificante,
atrofiam-se, perdem a finalidade, e apenas se recuperarão sob injunções
mui dolorosas.
Oxalá te resguardes da ociosidade.
Melhor a exaustão decorrente do bem, vivenciado a cada instante, do
que a agradável aparência, cuidada e rósea, mediante a exploração do
esforço alheio e a nutrição da inutilidade ociosa.
(Livro:
Otimismo. Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário