Espíritas –

Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos [refere-se a: O Homem de Bem], que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. (Ev. XVII 4)1
Esses [os que se atêm mais aos fenômenos do que à moral] são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio do caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou das prevenções. (Ev. XVII 4)1
Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. (Ev. XVII 4)1
Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. (Ev. XVII 4)1
Diremos, pois, que a doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se quiserem, os espiritistas. (L. E. Introdução I)2
Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Quem, pois, seriamente queira conhecê-lo deve, como primeira condição, dispor-se a um estudo sério. (L. M. III 18)3
Os espíritas fazem da alma uma ideia mais clara e mais precisa; não é um ser vago e abstrato, mas um ser definido, que reveste uma forma concreta, limitada, circunscrita. Independentemente da inteligência, que é a sua essência, ela tem atributos e efeitos especiais, que constituem os princípios fundamentais da sua doutrina. Admitem: o corpo fluídico ou perispírito; o progresso indefinido da alma; a reencarnação ou pluralidade de existências, como necessidade do progresso; a pluralidade dos mundos habitados; a presença no meio de nós, das almas dos Espíritos que viveram na Terra e a continuação de sua solicitude pelos vivos; a perpetuidade das afeições; a solidariedade universal, que liga os vivos e os mortos, os Espíritos de todos os mundos e, em consequência, a eficácia da prece; a possibilidade de comunicação com os Espíritos dos que não vivem mais (no plano físico); no homem, a visão espiritual ou psíquica, que é um efeito da alma. Repelem o dogma das penas eternas, irremissíveis, como inconciliável com a justiça de Deus; mas admitem que a alma, depois da morte, sofra e suporte as consequências de todo o mal que praticou durante a vida, de todo o bem que poderia ter feito e não fez. (R. E. 1868, pág. 182)4
Não basta dizer-se espírita; aquele que o é de coração prova-o por seus atos. (R. E. 1867, pág. 9)4
Espíritas, é a vós que me dirijo. Preparamos o vosso campo; agora agi de maneira que todos os que necessitarem, dele possam gozar largamente. Lembrai-vos que todos os ódios, todos os rancores, todas as inimizades devem desaparecer diante de vossos deveres. Instruir os ignorantes, assistir os fracos, ter compaixão dos aflitos, defender os inocentes, lamentar os que estão em erro, perdoar aos inimigos. Todas essas virtudes devem crescer em abundância no vosso campo, e deveis implantá-las nos dos vossos irmãos. (R. E. 1866, pág. 188)4
Não basta dizer que a doutrina é bela; é necessário que os que a professem mostrem a sua aplicação. Cabe, pois, aos adeptos dedicados à causa, provar o que ela é, por sua maneira de agir, quer em particular, quer nas reuniões, evitando, com o máximo cuidado, tudo quanto pudesse dar margem à malevolência e produzir nos incrédulos uma impressão desfavorável. (R. E. 1865, pág. 319)4
Tende a caridade sempre em prática; jamais vos canseis de exercer esta sublime virtude, bem como a tolerância. (R. E. 1860, pág. 370)4