AS TRÊS
ESCOLHAS
O
discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou:
—
Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria em si todas as Leis de
Deus?
O
interpelado respondeu:
—
A Lei do Bem.
—
Entretanto — acrescentou o aprendiz — quem diz “lei” refere-se a clima de ação
que todos devemos observar.
—
Isto mesmo.
—
Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?
O
orientador meditou alguns momentos e considerou:
— o
livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, “a cada
espírito será dato o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras”. O
Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem,
a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na
senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos
despenhadeiros do mal.
—
Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três
escolhas referidas?
O
mentor aclarou, com serenidade:
—
Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as Esferas Superiores; os que
preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia,
retomando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da
jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do
desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e
efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação...
Compreendeu?
O
aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar.
(De “O
Essencial”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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