Todas as estrelas brilham, mas nenhuma brilha como Sírius. Visível de
qualquer parte da Terra, ela é a estrela mais brilhante da noite.
O
nome Sírius é de origem grega e significa “cintilante” ou “ardente”. No
passado, esses adjetivos eram comuns a qualquer estrela, mas Sírius
sempre foi o melhor exemplo. Essa estrela pertence a constelação do Cão
Maior, que no Brasil fica mais evidente nos meses do verão. Aliás, calor
e Sírius são sinônimos.
Há muito tempo, o surgimento dessa estrela
no céu anunciava a parte mais quente do verão. No hemisfério Norte, isso
deu origem a expressão “os dias de cão do verão” (numa alusão ao nome
da constelação a qual Sírius faz parte).
O antigos gregos pensavam
que Sírius aumentava o calor do Sol, produzindo verões mais quentes. O
nome “estrela do cão” pode ter vindo dos egípcios, numa referência ao
deus Osiris, representado por um cachorro.
Mas com a precessão
dos equinócios, um movimento cíclico que o eixo da Terra faz, como um
peão, ao longo de 26 mil anos, Sírius agora nasce nos meses de inverno
do hemisfério Norte. Porém, o inverno no Norte, como sabemos,
corresponde ao nosso verão. Por isso, Sírius agora é a “nossa estrela
dos dias de cão”.
Mas é claro que Sírius não tem nada a ver com o
aquecimento global. Mesmo estando a apenas 8,7 anos-luz de distância
(ela é uma das estrelas mais próximas) e com 2,4 vezes a massa do Sol.
A
não ser que ela estivesse no lugar do Sol, pois assim os dias na Terra
seriam 23 vezes mais brilhantes e, para sobrevivermos, precisaríamos
estar de duas a cinco vezes mais longe de Sírius do que estamos do Sol.
O
brilho de Sírius não somente a destaca no firmamento, mas nos ajuda a
compreendê-lo. Em 1718, o astrônomo Edmund Halley, que descobriu o
famoso cometa, fez estudos de Sírius que o levaram a perceber que as
estrelas se movem umas com relação às outras (na época se acreditava que
as estrelas eram fixas).
Em 1844, o astrônomo alemão Friedrich
Bessel reparou que Sírius apresentava uma oscilação, como se alguma
coisa estivesse sempre puxando a estrela de um lado para outro. Em 1862,
enquanto testava o maior telescópio do mundo na época, Alvan Clark
resolveu o mistério. Ele descobriu que Sírius tinha uma companheira, uma
pequena estrela ao seu lado. Era a revelação de uma nova classe de
objetos na Astronomia: as anãs brancas.”
FONTE: http://www.zenite.nu/
[/size][/font]Sírius
é a estrela mais brilhante do céu ... sem contar com o Sol,
naturalmente. Encontrando-se a 8,7 anos-luz de distância, não é a
estrela mais próxima de nós. Esta distinção pertence a Alfa Centauro, a 4
anos-luz de distância. Sírius é intrinsecamente 20 vezes mais luminosa
do que o nosso Sol, e a sua massa é duas vezes superior à do Sol. Em
1862, descobriu-se que Sírius é, na realidade, um sistema duplo, sendo a
sua companheira, Sírius B, cerca de 10000 vezes menos brilhante do que a
estrela principal. No entanto, em raios-X, Sírius B é muito mais
brilhante. Sírius B foi a primeira anã branca a ser descoberta e é
aquela que mais perto se encontra da Terra. Possui um raio semelhante ao
do nosso planeta, mas a sua massa é comparável à do Sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário