São muito justas as alegrias que nos envolvem pela ocorrência sempre grata trazida pelo dia 18 de abril, data comemorativa do lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1857, na cidade de Paris. A lucidez da obra, o alicerce granítico dos fundamentos que representa e os desdobramentos próprios de sua grandeza oferecem perspectivas inesgotáveis para o progresso intelecto-moral da humanidade.
Selecionei pequenos trechos em algumas respostas das questões da obra para saudar a data (a numeração que antecede o texto é o número da pergunta no livro):
a) 826 – “(...) Desde que haja dois homens juntos, eles têm direitos a respeitar e não têm mais, por conseguinte, liberdade absoluta”.
b) 837 – “(...) A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso”.
c) 851 –“(...) para o que é prova moral e tentações, o Espírito, conservando seu livre arbítrio sobre o bem e sobre o mal, é sempre senhor de ceder ou resistir (...)”.
d) 860 – “(...) Ademais, para fazer o bem, como o deve ser, e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal, sobretudo aquele que poderia contribuir para um mal maior”.
e) 779 – “(...) nem todos progridem ao mesmo tempo e da mesma forma; é então que os mais avançados ajudam o progresso dos outros, pelo contato social”.
f) 783 – “(...) quando um povo não avança muito depressa, Deus lhe suscita, de tempos em tempos, um abalo físico ou moral, que o transforma”.
g) 784 – “(...) É preciso o excesso do mal para fazer compreender a necessidade do bem e das reformas”.
h) 785 – “O orgulho e o egoísmo são o maior obstáculo ao progresso”.
i) 793 – “(...) não tereis, verdadeiramente, o direito de vos dizer civilizados senão quando houverdes banido de vossa sociedade os vícios que a desonram e puderdes viver, entre vós, como irmãos, praticando a caridade cristã (...)”.
Os trechos acima, parciais, foram extraídos dos capítulos Lei de Liberdade eLei do Progresso. Cada item destes é material suficiente para desenvolvimento de teses e reflexões de profundidade, fornecendo ainda conteúdo para debates, encontros, congressos, simpósios e abordagens inesgotáveis, tamanha a riqueza de suas linhas.
Por outro lado, note-se a atualidade de tais conceitos e ensinos. São muito oportunos para o tempo que estamos vivendo, ensejando compreender mais os desafios da atualidade e, ao mesmo tempo, oferecendo roteiros de mudanças para melhorar a sociedade e partir da melhora individual.
Sugiro ao leitor deter-se pausadamente em cada um dos itens, individualmente, pensar e refletir sobre o ensino que trazem e situá-lo na atualidade de nosso tempo com seus desafios imensos e perspectivas que se apresentam à humanidade. Ver-se-á, com clareza, a lucidez de suas afirmações, com ensejo até da elaboração de um programa de autoaperfeiçoamento e igualmente motivador para a coletividade.
Percebe-se, pois, o dever de divulgar tais ensinos. Mas não apenas a divulgação, mas também a inclusão em debates, temas para encontros e estudos e uso nas diversas mídias disponíveis motivando ao grande público, especialmente os que não conhecem o Espiritismo, para essas reflexões na ampliação do conhecimento que sensibilize para as grandes transformações necessárias que todos esperamos.
Saudações, pois, ao 18 de abril, data magna da Doutrina Espírita!
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