A Caminho da Luz

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ódio Enfermidade da Alma





Ódio Enfermidade da Alma






O Ódio é fogo devastador que consome as reservas do sentimento humano.

Lavra,  rápido, depois que a chispa do desiquilibrio se transforma em labaredas vorazes, atingindo quanto se lhe antepõe à  combustăo.

Aloja-se na mente atormentada que o agasalha e o vitaliza com o combustível da insensatez.

Enfermidade da alma, contamina muitos daqueles que se lhe acercam, em razăo das ondas mefíticas que irradia.

Jaz no recesso das emoções descontroladas e dorme no egoísmo avassalador que somente a si se atribui direitos e merecimentos. Irrompe sob pretextos falsos e justifica-se através de ardis, que săo os interesses inconfessáveis de que se nutre.

 




A inveja, o despeito, a mágoa,o ciúme, o orgulho, a prepotência, desencadeiam-no, por serem decorrência da inferioridade moral da criatura, no estágio primevo da evoluçăo.

Inicia-se com a ira, robustece-se com o hábito da cólera, e domina.

Os fracos, aparentemente fortes, são–lhe os melhores candidatos, em razăo dos conflitos, recalques e complexos de inferioridade que padecem e ocultam sob as reações morais e físicas da violência.

Enquanto viger no coraçăo humano esse adversário cruel, a humanidade estará a braços com os sofrimentos individuais, de grupos, massas e nações.


 




Os heróis, os santos, os sábios e os mártires conheceram-lhe de perto a ação nefanda, padecendo as artimanhas com que se disfarça para atingir as suas metas inferiores.

Sócrates não se pôde furtar à inveja dos apaniguados do ódio.

Jesus não se importou de sofrer a sanha do despeito farisaico que sustentava o ódio..

João Huss, por desacreditar a mentira, ardeu nas chamas do ódio, que o comburiram na fogueira.

Leymarie, confiando na justiça, foi arrojado ao cárcere, pelo preconceito que esconde a virose do ódio.

Gandhi, padeceu a infâmia que o ódio articula e teve o corpo abatido…







A relação é expressiva e vem atravessando os séculos enriquecida  por vândalos e psicopatas, nobres e plebeus que se ergueram e se celebrizaram pela loucura que o ódio acelera.


Não obstante, a maior vítima do ódio é aquele que o carrega.


Vivendo-lhe a constrição ultrajante torna-se infeliz e contagia de mal estar todos quantos lhe experimentam a convivência.


Há, no mundo, os que odeiam porque se não resolvem amar, porquanto o amor é o antídoto dessa enfermidade que mata expressivo número de vítimas, que são todos aqueles que lhe permitem a contaminação.







É grande o número dos desajustados pelo ódio no mundo!


Ao primeiro sinal da presença do ódio em ti, reage com resoluçăo firme.

Não acalentes a idéia do desforço, nem agasalhes os sentimentos da mágoa.


Todo mal è prejudicial àquele que o aciona; portanto, não te deixes atingir. Se tombares na revolta, ferido pela ira, refunde as tuas forças na oração e desculpa o ofensor, passando a amá-lo a distância, sem entrar em sintonia com a atitude infeliz que o outro haja tido em relação a ti.


No algodão do amor, todo ódio morre asfixiado pelas vibrações da piedade fraternal para com o ofensor.

 
 




Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco


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