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Todos tendes más tendências a vencer defeitos a corrigir hábitos a
modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a depor para
escalar o cume da montanha do progresso. Por que, pois, serdes tão
clarividentes para com o próximo e cegos em relação a vós mesmos? (ESE –
Capítulo 10, item 18.)
Analisas a obra assistencial e a criticas, afirmando que a tarefa
poderia ser muito melhor, que o atendimento requer técnicas mais
apropriadas e que, se outras prioridades fossem atingidas, então as
metas sociais seriam mais abrangentes.
Mas não te dispões a doar tuas mãos na realização de uma vida melhor aos necessitados.
Analisas o expositor e o criticas, argumentando que a narrativa
poderia ser mais convincente e menos enfadonha. Que se ele lançasse mão
de recursos de oratória e tivesse um vocabulário mais rico, prenderia
mais a atenção e elucidaria melhor os ouvintes.
Mas não te dispões a ler e a estudar, e muito menos a falar em
público no serviço de reeducação das pessoas, retirando-as das crenças
negativas que bloqueiam vidas.
Analisas o administrador do serviço e o criticas, asseverando que
ele mantém posição intransigente e orgulhosa, e julgas que ele deveria
ser mais humilde e compreensivo no trato com os dirigidos.
Mas não te dispões a usar a mesma compreensão e humildade
exigidas dele, não percebendo que vês o cisco no olho dos outros, e não
vês a trave no teu.
Analisas a conduta alheia e a criticas, observando rigorosamente
procedimentos e atitudes que julgas inadmissíveis, e te colocas distante
e impermeável a condutas levianas.
Mas não te dispões a ajudar sinceramente a ninguém, e te esqueces
de que poderás vir a errar, pois todos os que vivem sobre a Terra são
passíveis de enganos e desacertos.
Analisas o governo do país e o criticas, julgando pela tua ótica
que todos os parlamentares ou ocupantes de cargos governamentais não
são confiáveis nem bons servidores, e que a nação está envolvida no
caos.
Mas não te dispões a cooperar e nada fazes pela comunidade em que
vives, relegando somente aos governantes obrigações e deveres,
esquecendo que todos nós vivemos interligados e que depende também de ti
o bem-estar e a prosperidade da população.
Analisas dores e sofrimentos e criticas a vida, dizendo-te sozinho
e desamparado perante a Providência Divina e que Deus te abandonou.
Mas não te dispões a renovar-te, não te dando conta que, se não
fizeres auto-observação em teus atos e atitudes negativas, continuarás
atraindo energias desconexas que te descontrolarão o cosmo orgânico.
Incoerente é a posição de toda criatura que reclama, critica,
ofende, esbraveja e que nunca se faz apta a fazer algum bem, em favor de
si mesma ou dos outros.
Perplexos ficamos todos nós diante das rogativas das pessoas que
solicitam ajuda com os lábios, e nunca com ações; que muito pedem e
nunca doam; que somente visualizam as necessidades próprias, e nunca
vêem a vida como um ritmo cósmico interconectado com todas as coisas, de
maneira que o “todo” é mantido pelo apoio das “partes”.
Examinemos, pois, com profundidade nossas críticas, porque elas
dificultam a transformação e o progresso de nossa existência, se não
forem estruturadas na reflexão e na reparação de nossos erros.
Para que não sejas uma incógnita na vida que Deus te proporcionou,
não faças crítica pela crítica, mas sim trabalha como e quanto puderes,
sempre em tua órbita de possibilidades, para que a prosperidade seja
uma constante em teus caminhos.
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Hammed
Do livro “Renovando Atitudes”
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