Texto
muito interessantes para os servidores espíritas.
Aquele
que me quiser seguir...
Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim
também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros?
Não fazem outro tanto os pagãos?”
(S. MATEUS, cap. V, vv. 43 a 47.)
(...) Então, muito grande será a vossa recompensa e sereis filhos do
Altíssimo, que é bom para os ingratos e até para os maus. - Sede, pois, cheios
de misericórdia, como cheio de misericórdia é o vosso Deus.” (S. LUCAS, cap.
VI, vv. 32 a 36.)
(...) "Será o maior no
reino dos céus aquele que se humilhar e
se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão
alimentar à superioridade ou à infalibilidade.
A mesma idéia fundamental se nos depara nesta outra máxima:
Seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior, e nesta outra: Aquele
que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado.
(...)
-
Trechos da palestra de Bezerra de Menezes, pela psicografia de Wanderley Soares
de Oliveira e Maria José da C. Soares de Oliveira, em 5/10/99, no Congresso
Espírita Brasileiro, realizado em Goiânia, com alguns comentários de um
servidor da casa.
Modelo:
Irmãos, Jesus seja
nossa inspiração e Kardec a luz de nossos raciocínios (...) para que mereçamos
com justiça o título de Cristãos da nova era...
Compreendamos
melhor:
Os primeiros setenta
anos do Espiritismo constituíram o período da consagração das origens e das
bases em que se assentam a Doutrina, que lhe conferiram legitimidade...
O segundo período de
mais setenta anos, que coincide com o fechamento do século e do milênio, foi o
tempo da proliferação (...) Eis o mérito das entidades promotoras da unificação
e da multiplicação de centros espíritas.
A primeira etapa
consagrou o Espiritismo como ideário do bem, atraindo a simpatia e superando o
preconceito; a segunda ensejou a difusão. Penetramos agora o terceiro portal de
mais setenta anos, etapa na qual pretende-se a maioridade das idéias espíritas.
Uma
nova atitude: Amai-vos, de fato, e não em discursos hipócritas:
O velho discurso sem
prática deverá ser substituído por efetiva renovação pela educação moral. É a
etapa da fraternidade na qual a ética do amor será eleita como meta
essencial, e a educação como o passo seguro na direção de nossas
finalidades.
Jesus definiu seus
discípulos por muito se amarem, o Espírito Verdade assinalou o “amai-vos e
instrui-vos” como plataforma do verdadeiro espírita, e esses ensinos deverão
constituir a base do programa transformador para nossas metas ante a era
nova.
(...)
Descrevamos algo de
essencial acerca dessas batalhas que enfrentaremos, para não localizarmos o
“joio” onde está o “trigo” e definirmos melhor as estratégias de ação.
Este amor deve ser
fruto da compreensão das diferenças entre as criaturas.
A
PALAVRA DE BEZERRA: O NOSSO MAIOR INIMIGO
Perigo atávico:
Afirmamos outrora
que o serviço da unificação é urgente, porém, não apressado(4). Verificamos no
tempo que alguns corações sinceros e leais, entretanto, sem larga vivência
espiritual, inspirados em nossa fala, elegeram a lentidão em nome da prudência
e a acomodação passou a chamar-se zelo, cadenciando o ritmo das realizações
necessárias ao talante de propósitos personalistas na esfera das
responsabilidades comunitárias.
(...)
Objetivo:
Na seara espírita,
que declara inspirar sua ação em Jesus, o Mestre operoso, e em Kardec, o
infatigável trabalhador, não deve haver o pacto insensato com os privilégios e
a representatividade improdutiva. Se o Senhor deixou definido que o maior seria
quem se fizesse servo de todos (5), de igual forma a função das entidades
doutrinárias, de qualquer âmbito, é servir e servir sempre, mais e mais, no
atendimento das extensas necessidades a vencer nas lavouras doutrinárias,
cumprindo o roteiro dos deveres de orientação e apoio sem jamais avocar para si
direitos ilusórios no campo do poder.
O
maior inimigo:
Nosso maior inimigo,
de fato, é o orgulho em suas expressões inferiores de arrogância, inflexibilidade,
perfeccionismo, autoritarismo, intolerância, preconceito e vaidade, seus frutos
infelizes que, sem dúvida, insuflam a institucionalização perniciosa e
incentivam o dogmatismo e a fé cega, adubando a hierarquização e o sectarismo.
Seus frutos geram
sementes, e precisamos interromper essa semeadura do “joio” que sustenta a
ilusão de trabalhadores desprevenidos e invigilantes.
Determinação:
Quando os homens
forem bons farão boas instituições (6), asseverou o insigne apóstolo de Lyon,
Allan Kardec.
A regra:
Nossa luta deve ser
íntima e não exterior, não contra organizações, mas contra nós mesmos quando em
atitudes praticadas sob o manto da mentira que acostumamos a venerar em favor
de vantagens pessoais.
(...)
Conclamamos novos
apóstolos para a “gentilidade” nesse momento delicado de nossa seara, porque o
orgulho humano reeditou, em larga amplitude, os ambientes estéreis à propagação
dos ensinos do Senhor. Temos um novo centro de convergência estipulado pela
egolatria humana, buscando fixar estacas demarcatórias injustas e dispensáveis
para o futuro glorioso da religião cósmica da verdade e do amor.
Essa velha bagagem
da alma tem solução. Melhorando os homens, melhoramos as instituições. Por
isso, nossa meta prioritária jamais foi ou será incentivar dissidências a fim
de comprovar a eficácia de alguma ideologia, porque, em verdade, todas cooperam
para um destino comum no futuro.
A
missão
(...)
A hora é de ação e
campanha para chamar na Estrada de Damasco os que queiram suportar o
sacrifício, a renúncia e a obstinação em nome de uma nobre causa que é libertar
a mensagem de Jesus dos círculos impregnados de bazófia e fascinação, através
de exemplos de vida e do serviço construtivo de uma mentalidade em plena
identificação com a mensagem moral do Espiritismo Cristão.
A hora pede clareza
e determinação para a segurança dos ideais.
Há um momento em que
a atitude de amor pede a verdade a fim de escapar dos pântanos da omissão.
Estamos nesse momento. As diretrizes do Espírito Verdade não pactuam com
as conveniências, embora não incentive o desamor.
(...)
Foco
(...) nesse momento
de Espiritismo por dentro e não fora de nossos corações...
Carecemos de um
movimento espírita forte, marcado por uma cultura de raciocínios lógicos e
coerentes, e por atitudes afinadas com a ética do amor.
Temos sim um
problema, temos um inimigo. Atitude, eis a questão. Más atitudes, eis nosso
problema. Atitudes de orgulho, nosso maior inimigo.
A PALAVRA DE BEZERRA: Meta primordial
Para que não nos
chafurdemos em análises míopes, torna-se prioritário definir nossa grande meta
em auxílio aos que mourejam na coletividade doutrinária, para maximizarem seus
esforços nas direções mais nobres e úteis aos deveres dessa nova etapa de
maioridade espiritual.
A meta primordial é aprendermos a amarmo-nos uns aos
outros,
para que tudo o que for criado em nome da causa espírita reflita a essência do
Espiritismo em nossas movimentações.
Nossa meta essencial
é o amor, a atitude que reflete Deus em nós.
Meditemos na
inolvidável pergunta do Mestre: Que galardão teremos em amar somente os que nos
amam? (7) (WS) compreender quem nos
compreende; concordar com quem conosco concorda?
Respeitar a diversidade é compreender os atributos de
Deus e seus desígnios, utilizando cada um de nós dentro dos limites de nossas
diferenças.
A PALAVRA DE BEZERRA: DIRETRIZ INSUPERÁVEL
Novos
parâmetros:
A renovação de
atitudes na edificação de uma nova mentalidade solicita uma inevitável mudança
cultural em nossos ambientes doutrinários. O repúdio ao debate e a aversão ao
confronto de opiniões são expressões do institucionalismo que ainda estão
presentes no psiquismo humano, muita vez realimentado por organismos e oradores
respeitáveis.
(WS) Mas precisamos de cuidados:
discordar e debater não é ser insidioso, falar pelas costas, criticar para
terceiros. É, fim, chamar o irmão frente a frente, e discutir idéias sem que se
tenha, por obrigação, concordar.
A meta
maior:
A melhor instituição
será a que mais expandir as condições para o amor.
O melhor homem será
o que mais apresentar tenacidade em amar. (WS: sem nada exigir...)
A melhor Casa será a
que mais implementar o regime de amor em grupo, imprimindo a seus deveres um
caráter educacional.
Melhoremos
o homem:
Melhoremos o homem,
despreocupemos dos excessos de medidas quanto à renovação de modelos
institucionais que, inevitavelmente, surgirão sem pressa. Urgente é nossa
adesão consciente aos princípios éticos da mensagem de Jesus atualizada pelo
Espiritismo, sem o qual os modelos organizativos, por mais ajustados, vão ruir
improfícuos.
Carecemos
estabelecer programas centrados em valores éticos ao lado das bases
fundamentais já esquadrinhadas pelo estudo. Favorecer os trabalhadores e
lideranças com melhores noções sobre “As Leis Morais”, contidas na terceira
parte de “O Livro dos Espíritos”, e aprofundar o entendimento sobre o
inesquecível e universal sermão do monte de Jesus, assim como o fez
Allan Kardec em “O Evangelho Segundo Espiritismo”, construindo um programa
eficiente de renovação moral baseado na sábia filosofia de Jesus.
O conhecimento das
verdades espíritas, por si, levará a velhas mazelas do saber se não for
acompanhado pela vivência.
(...)
Destarte, é preciso
hoje conjugar esse conhecimento, que é milenar, com a moralização, pela
educação, (...) pois, o “conhecimento de si mesmo é a chave do progresso
individual”.(10)
(WS)
Não podemos melhor o outro, por decreto, mas a nós mesmos, por vontade e
disciplina.
Uma
nova visão de religião
Esse investimento no
homem é a nossa chance de subtrair a noção inferior, que tenta subjugar o
Espiritismo a mera religião de formalidades atualizadas, e colocá-lo, onde
deveria estar, no patamar de roteiro lúcido de educação integral da humanidade.
Perguntas
que aguardam nossas respostas (perguntas interrogadas com ênfase):
Que temos feito para
que as direções e (WS: os colaboradores) abram-se ao espírito de simplicidade?
Que propostas temos a apresentar para facilitar um tempo de aproximação
pacífica entre as várias tendências da Seara? Por que é tão importante essa
aproximação?
Quem
se habilita a pôr as mãos na charrua?
O Espírito Verdade
legou-nos o inspirado roteiro no “amai-vos e instruí-vos”. Instrução e amor,
conhecimento e dinamização ética.
Tomemos como lema a
tríade inspirada do Codificador “trabalho, solidariedade, tolerância” (11),
e cerremos esforços na campanha para que essa indicativa torne-se o programa da
Casa e do movimento espírita mundial.
A PALAVRA DE BEZERRA: A SOLUÇÃO
Qual a solução?
Como fazer?
A melhor campanha
para a instauração de um novo tempo na Seara passa pela necessidade de melhoria
das condições do centro espírita, que é a célula operadora do objetivo do
Espiritismo.
(...)
Por isso, temos que
promover as Casas, de posto de socorro e alívio a núcleo de renovação social e
humana, através do incentivo ao desenvolvimento de valores éticos e nobres
capazes de gerar a transformação.
Para isso só há um
caminho: a educação.
O núcleo espiritista
deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola
capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer
ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação
religiosa formal.
Elaboremos um
programa educacional centrado em valores humanos para dirigentes,
trabalhadores, médiuns, pais, mães, jovens, velhos, e o apliquemos
consentaneamente com as bases da Doutrina.
Saber viver e
conviver serão as metas primaciais desse programa no desenvolvimento de
habilidades e competências do espírito.
O que faremos para
aprender a arte de amar? Como aprender a aprender? Como desenvolver afeto em
grupo? Como “devolver visão a cegos, curar coxos e estropiados, limpar
leprosos, expulsar demônios”?
(...)
Interagindo com o
meio em permuta incessante de valores e experiências, o centro espírita sai da
condição de um reduto isolado no cumprimento de sua missão, e passa a delinear
a formação de uma rede de intercâmbios, fenômeno esse que vem abarcando a
humanidade inteira sob a designação de globalização.
(...)
Por isso, mais uma
vez torna-se imprescindível renovar conceitos e reciclar métodos, a fim de
atingirmos os patamares de instituições multiplicadoras da mentalidade
imortalista e fraternal.
Esse processo de
interação social reclama posturas novas, dentre elas a de abrir canais de
permanente relação inter-institucional, na qual o centro espírita catalise
fulcros de cultura e modelos experimentais, transformando-se em ambiente de
diálogo e convivência para dirigentes e trabalhadores de outros grupos afins,
passando suas vivências e aperfeiçoando suas realizações ao tempo em que
converte-se em pólo espontâneo da união entre co-idealistas, no regime do mais
livre pluralismo de concepções acerca dos postulados espíritas.
(...)
Mas... cuidado!:
Os dirigentes, ricos
de boa-vontade e espírito cooperativo, anseiam por novos horizontes,
todavia, tem faltado quem se disponha a dividir vivências ou a edificar um
ambiente que se constitua verdadeira oficina de idéias e diálogo para a
criação de caminhos novos.
Serão esses pólos as
cooperativas de afeto cristão que permitirão aos servidores e condutores
das responsabilidades doutrinárias renovarem esperanças, quebrando os circuitos
de rotina dentro do labirinto de obrigações a que se renderam no ramerrão do
centro espírita. Serão pólos de arejamento e solidariedade mútua regidos por
intenso e espontâneo desejo de somar que, em última análise, é a unificação no
que de mais sublime exprime o sentido dessa palavra.
Novo
tempo: 3ª fase:
Estamos, portanto,
meus irmãos e amigos do coração, instaurando o período da unificação ética,
da maioridade das idéias espíritas através do melhor aproveitamento individual
dos seareiros dispostos a mais amplos vôos de renúncia, sacrifício e amor à
causa.
Assim, todos nós
aqui hoje reunidos estamos convocados a cerrar esforços continuados ao programa
renovador de nosso abençoado movimento espírita, com vistas a ampliar na
humanidade a mensagem de esperança e libertação trazida por Jesus e explicada
com lucidez pelo trabalho de Allan Kardec.
Fecho:
Estamos em campanha.
Campanha pela unificação
com amor.
Campanha pela
renovação das atitudes.
Temos um problema na
Seara: as más atitudes.
Temos uma solução
para a Seara: novas atitudes. Seja essa a nossa campanha no bem pelos
tempos novos a que todos somos chamados.
(propor,
aqui, uma troca de abraços bastante afetuosos)
Rememoremos como fonte inspiradora de nossa campanha a sublime e
inesquecível fala de nosso Mestre: “Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros
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