SONHO E ESPERA
Fez-se um círio votivo e deixou-se consumir, na chama bruxuleante que lhe gastou o combustível.
Anelava
por encontrar o amor, e, ao invés de investir na vida, recuou para a
consumpção da alegria, sem dar-se conta que a noite salpicada de
estrelas anuncia o sorriso do dia no rosto do amanhecer.
Por
isso, enquanto haja esperança de amor e permaneça a vibração da ternura
nos corações, quem ama se deve repartir em serviço, aguardando que
chegue o Sol da plenitude, que nunca falta.
Sonha,
portanto, doce e benfazeja expectativa de ventura, atapetando com
flores de laranjeira o chão da tua choupana de abnegação, a fim de que
os pés do Amado pousem suavemente junto aos teus, quando Ele descer da
carruagem de plumas e guizos à tua porta e pedir-te para entrar,
dominando o recanto do teu coração, aquele lugar que tens guardado para
Ele.
Livro: Pássaros Livres
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Rabindranath Tagore
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