Não dependamos emocionalmente de
ninguém.
Todos somos interdependentes, no entanto, cada qual
tem o direito de efetuar as suas próprias escolhas.
Quem depende psiquicamente de uma outra pessoa para
viver está doente, reclamando, por isto mesmo, inadiável
tratamento.
Não escravizemos ninguém às nossas idéias e ao
nosso modo de ser, tanto quanto não nos permitamos nos escravizar, a ponto de
nos anularmos em nossa própria vontade.
Todo excesso no campo afetivo, a pretexto de amor,
é simples posse, paixão disfarçada gerando desequilíbrio.
O pensamento fixo que nos ocupa a cabeça é sinal
evidente de que algo não está bem conosco e carecemos de reconhecer isto, se não
quisermos nos precipitar em abismos de maiores sofrimentos.
Ninguém deve entregar-se totalmente a alguém, a não
ser a Deus!
Todos somos afetivamente carentes, mas não nos
prevaleçamos disto para inspirar piedade a nosso respeito ou realizar chantagens
emocionais.
Quem se doa aos outros, sem pensar em si, receberá
de volta o que necessita na medida exata do que houver
cedido.
Embora as nossas ligações cármicas, saibamos que
não somos de todo insubstituíveis no carinho de quem quer que
seja.
Sempre ser-nos-á possível encontrar alguém na
estrada do destino que, não sendo necessariamente quem imaginamos, poderá nos
surpreender como o agente da felicidade que esperamos.
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Livro: Lições da Vida
Irmão José
Carlos A. Baccelli
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