A Caminho da Luz

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A riqueza e o homem

Nós homens estamos acostumados a ver na riqueza apenas os aspectos negativos, e muitas vezes
acusamos a Providência Divina pelas diferenças sociais, porém, não enxergamos nelas os estímulos
necessários para o despertar de um coração caridoso.
O mundo não é malévolo, assim como os homens também não o são, as riquezas são os meios
materiais que temos para evoluirmos, investindo em pesquisas e produção para atingir o progresso.
Aprendemos que para ver a riqueza não só pelo prisma negativo se faz necessário, em primeiro
lugar, reformar a nossa alma; em segundo, a nossa moral deve predominar, pois onde não há moral
ocorre o malefício e o mau uso dos recursos materiais.
Muitas vezes acusamos a todos e até mesmo a Deus pelos nossos problemas, pela falta de
recursos materiais, mas nos esquecemos que a riqueza é uma das maiores provas espirituais.
É mais difícil ser rico do que ser miserável. O rico está diretamente suscetível aos impulsos da
matéria que o levam a percorrer os caminhos errados dos abusos, das más tendências, do orgulho, da
vaidade e do egoísmo, e o que é pior, do desprezo por todos aqueles que fizeram parte de sua vida
antiga, se um dia deixa de ser pobre e passa a ser rico.
O maior desafio do homem é manter o seu Espírito fiel aos ensinamentos de Jesus,
principalmente quando a riqueza lhe bate à porta.
O verdadeiro rico enxerga na riqueza uma dádiva não só para satisfazê-lo, como para construir,
ajudar e trazer benefícios aos irmãos.
Não pensemos que os ricos possuem a “boa estrela” e estão desprovidos de suas provas
expiatórias. Engano nosso quando pensamos que suas provas são menos dolorosas que as nossas.
Muitos deles vêm com uma missão e com uma proposta espiritual na Terra, mas poucos aproveitam.
É preciso entender que os bens dos quais verdadeiramente somos portadores são
distintos daqueles que os homens qualificam pelo valor da moeda.
O valor para Deus está em nossas atitudes e em nossos pensamentos, é medido através de nossa
consciência perante os atos e palavras.
Na Terra, muitas vezes buscamos nos enriquecer com tudo aquilo que na maioria das
vezes são coisas dispensáveis à nossa evolução como Espírito imortal.
A “morte”, bem como o entendimento da vida eterna nos coloca numa posição de igualdade
perante os nossos irmãos.
As provas expiatórias não poupam os ricos, para todos haverá a passagem para o outro plano de
Deus.
E o que levaremos quando nos despojarmos das nossas vestes carnais e materiais?
Felizes aqueles que trabalham o desapego e a abnegação com simplicidade.
A vida é feita constantemente de escolhas, e se muitas vezes escolhemos menos no
campo material, escolhemos viver com muito na vida espiritual.
É claro que o que prevalece é a lei do equilíbrio, em nenhum momento Deus nos pede para
abandonarmos os bens materiais.
O homem atual deveria se permitir aos questionamentos seguintes: Como e aonde chegaremos?
O que eu faço aqui na Terra? Será que a nossa existência se baseia em torno das coisas materiais, que
podem se desfazer em um minuto, ou será que sempre caminharemos como Espíritos eternos?



Quantos de nós buscamos acumular as riquezas espirituais? Será que somos escravos da matéria
ou nos satisfazemos somente com o necessário?
Será que estamos satisfeitos e conformados com o pouco que temos, com fé e gratidão ou nos
lamentamos de tudo aquilo que nos falta?
Somos seres que aceitam as dificuldades e esperam as “tempestades” passarem com fé ou nos
lamentamos de nossa sorte?
Quantas vezes silenciamos pelas falta material e fazemos o esforço íntimo pela reforma moral e
esperamos o que de verdade nos pertencerá?
Atualmente o que é necessário e suficiente não mais nos basta, por isso que muitos
mergulham na revolta, na ira, na depressão e na infelicidade.
A felicidade vem quando nós encontramos o caminho espiritual e compreendemos o que de
verdade significa a nossa existência.
Todos os dias desencarnam milhares de pessoas e o homem continua pensando que a matéria e a
sua realeza ainda pertence a este mundo.
Já dizia Jesus: “A minha realeza não é deste mundo”.
É chegado o momento de pararmos de olhar para o que nos falta, e começar a
agradecer a Deus por tudo aquilo que temos, de vermos que a felicidade está na mão
caridosa que proporciona um sorriso de uma criança que já nasce na dor das suas provas e
misérias.
Ninguém tem aquilo que não merece, porém, todos têm a chance de mostrar no dia-a-dia de suas
existências que podem ser Espíritos melhores do que são.
Muitas vezes nessa existência desperdiçamos a chance de felicidade e da salvação.
Para Deus mais vale a mão que ampara do que a moeda de ouro que é doada; para Deus mais
vale a humilde caridade, do que a caridade ostentada.
Só há um caminho para aprendermos a usar da riqueza como campo benéfico e frutífero:
conscientizando-nos de que se no hoje não nos falta um prato de alimento ou um cobertor, é porque um
dia sentimos a fome aguda e a dor do frio em nosso Espírito.
Usemos dos ensinamentos do Cristo para auxiliarmos aos que sofrem, façamos como pudermos a
nossa doação, não sejamos avarentos, livremos a nossa alma dessa doença que se chama apego, assim
ela estará preparada para voar rumo a evolução junto ao nosso Pai Deus.





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