As profecias acontecem em
um presente para um
futuro incerto
As
profecias não são de fatos definitivos, pois, por nosso livre-arbítrio,
eles podem ser alterados. Realmente, a profecia é como se fosse uma
hipótese, e não uma coisa certa e definitiva. Em o Novo Testamento,
percebe-se um esforço dos autores para adaptarem alguns de seus fatos às
profecias do Velho Testamento.
O sincronismo junguiano trata das
coisas que acontecem ao mesmo tempo. Por exemplo: dois relógios
marcando a mesma hora. Com as profecias ocorre o contrário, pois elas
são a visão de fatos por um médium vidente (1 Samuel 9:9), os quais
ocorrem em um tempo diferente do momento em que elas são feitas. Dizendo
de outro modo, as profecias são a percepção de acontecimentos que
ocorrerão no futuro. Mas elas têm suas causas num tempo presente ou num
passado trazido para o presente em que elas são proferidas.
E
elas podem não se realizar ou se realizam de modo diferente, pois elas
estão sujeitas à chamada lei de causa e efeito, que é uma lei cósmica
sagrada, que funciona em consonância com este dito bíblico e universal:
colhe-se o que se planta, que consta de todas as escrituras sagradas de
todas as religiões. Mas como ensina São Pedro e outros autores bíblicos,
uma boa ação encobre multidão de pecados (1 Pedro 4:.
Esse ensino quer dizer que a prática do amor ou do bem faz um
contrapeso com as nossas faltas que prejudicam o nosso semelhante e, por
consequência, também a nós. Num determinado momento, pelas
circunstâncias no presente, um médium vidente (1 Samuel 9:9) ou profeta
pode ver os efeitos de sofrimento ou de recompensa provenientes dessas
circunstâncias do presente. Mas elas poderão ser suavizadas ou até
anuladas totalmente, dependendo do comportamento de uma pessoa ou de um
povo antes que elas devam acontecer no futuro. Assim, pois, se o médium
ou profeta vir a desdita de uma pessoa ou povo para o futuro, é porque
essa pessoa ou povo, naquele momento presente, merece realmente o
sofrimento e a dor no futuro. Porém, pode acontecer o contrário, o
médium ou profeta, presenciando as boas ações de um indivíduo ou de um
povo, é levado a prever um futuro venturoso para tal indivíduo ou tal
povo, o qual, porém, pode se modificar também.
Jesus, vendo a
perversão dos judeus, seus contemporâneos, disse que a rainha de Sabá
(do Sul) mais os habitantes de Nínive se levantariam, isto é, se
reencarnariam, na época do Juízo Final, e condenariam aquela geração
(Mateus 12:38 a 42; e Lucas 11: 29-32). Mas, porque a misericórdia
divina não cessa jamais, aquela geração má poderia regenerar-se com boas
obras, enquanto não viesse o Juízo Final, e mudar, pois, o seu destino.
Aliás, a reencarnação é para isso mesmo, e “não há um dia como um
depois do outro!”.
No livro “Não será em 2012”, da médica
Marlene Nobre e de Geraldo Lemos, é dito que Chico Xavier fala de fatos
que lembram o final dos tempos, não para 2012, mas para 2019, com ou sem
guerra, dependendo da escolha (livre-arbítrio) da humanidade, mas fala
isso de modo comedido e sem determinismo.
E Jesus, que foi o
maior profeta que já existiu na Terra, prudente e sabiamente, se recusou
a profetizar quando seria o final dos tempos (Mateus 21:27), dizendo
que só Deus, o Pai, o sabia!
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