O sexo, no templo da vida, é um dos altares em que a divina luz do amor se manifesta.
A ele devemos, no mundo, a benção do lar, a ternura das mães, os laços da consanguinidade, a coroa dos filhos, o prêmio da reencarnação, o retorno à lide santificante...
Através dele, a esperança ressurge em nossa alma; e o trabalho se renova para nosso espírito, na esteira dos séculos, para que o tempo nos reajuste, em nome do Eterno Pai...
Fonte de água pura - não lhe viciemos o manancial.
Campo de renovação - respeitemo-lo.
Escada para o serviço edificante, usada na consagração do equilíbrio, conduzir-nos-á ao monte resplandecente da sublimação espiritual - não a convertamos pois, em corredor descendente para o abismo.
Dos abusos do sacrário em que o Senhor situou o ofício divino da gênese das formas, resultam, para a Terra, aflitivas paisagens de amargura e desencanto, desarmonia e pavor.
Rendamos culto a Deus, na veneração do jardim em que a nossa existência se refaz.
Se o amor nos pede sacrifício, saibamos renunciar construtivamente, tranformando-nos em servidores fiéis do Supremo Bem. Se a obra do aperfeiçoamento moral nos impõe o jejum da alma, esperemos, no futuro, a felicidade legítima que brilhará, por fim, em nossas mãos.
A Lei segue-nos, passo a passo.
Não nos esqueçamos.
Em qualquer circunstância, recordemos que o sexo é um altar criado pelo Senhor, no templo imenso da vida.
Santificá-lo é santificar-se.
Conspurcá-lo será perdermo-nos no espaço e no tempo, descendo a escuros precipícios da morte, dos quais somente nos reerguemos pelos braços espinhosos da dor. Emmanuel
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