A Caminho da Luz

domingo, 27 de novembro de 2011

Ante a vida mental


Ante a vida mental

Quando a criatura passa a interrogar o porquê do destino e da dor e encontra a luz dos princípios espiritistas a clarear-lhe os vastos corredores do santuário interno, deve consagrar-se à apreciação do pensamento, quanto lhe seja possível, a fim de iniciar-se na decifração dos segredos que, para nós todos, ainda velam o fulcro mental.
Se as incógnitas do corpo fazem no mundo a paixão da ciência, que designa exércitos numerosos de hábeis servidores para a solução dos problemas de saúde e genética, reconforto e eugenia, além túmulo a grandeza na mente desafia-nos todos os potenciais de inteligência, no trato metódico dos assuntos que lhe dizem respeito.
A psicologia e a psiquiatria, entre os homens da atualidade, conhecem tanto do espírito, quanto um botânico, restrito ao movimento em acanhado círculo de observação do solo, que tentasse julgar um continente vasto e inexplorado, por alguns talos de erva, crescidos ao alcance de suas mãos.
Libertos do veículo de carne, quando temos a felicidade de sobre pairar além das atrações de natureza inferior, que, por vezes, no imantam à crosta da Terra, indefinidamente, compreendemos que o poder mental reside na base de todos os fenômenos e circunstâncias de nossas experiências isoladas ou coletivas.
A mente é manancial vivo de energias criadoras.
O pensamento é substância, coisa mensurável.
Encarnados e desencarnados povoam o Planeta, na condição de habitantes dum imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam.
Correspondem-se as idéias, segundo o tipo em que se expressam, projetando raios de força que alimentam ou deprimem, sublimam ou arruínam, integram ou desintegram, arrojados sutilmente do campo das causas para a região dos efeitos.
A imaginação não é um país de névoa, de criações vagas e incertas. É fonte de vitalidade, energia, movimento...
O idealismo operante, a fé construtiva, o sonho que age, são os pilares de todas as realizações.
Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.
E, em razão dessa lei que preside à vida cósmica, quantos se adaptarem, ao reto pensamento e à ação enobrecedora, se fazem preciosos canais da energia divina, que, em efusão constante, banha a Humanidade em todos os ângulos do Globo, buscando as almas evoluídas e dedicadas ao serviço de santificação, convertendo-as em médiuns ou instrumentos vivos de sua exteriorização, para benefício das criaturas e erguimento da Terra ao concerto dos mundos de alegria celestial.

Livro “Roteiro”, psicografado por Francisco Cândido Xavier)

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