A Caminho da Luz

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu Reiino não é deste mundo

A nossa felicidade e a nossa paz espiritual não podem ser condicionadas à posse dos bens
passageiros ou ser construída sobre os valores e riquezas que com o tempo se deterioram.
A vida não faz sentido se colocarmos todas as nossas expectativas sobre os
acontecimentos e vicissitudes que nos afligem.
A vida não pode ser vista sob o aspecto só de dor que gera aflições e desespero. As
aflições e desesperos estão em nossas vidas para nos fortalecer e para adquirirmos o
aprendizado necessário para a nossa alma.
Se enxergarmos a vida apenas sob o prisma do tempo terrestre, todos os nossos esforços
de elevar a nossa moral serão em vão, todos os ensinamentos de Jesus que envolvem a moral
cristã perdem a razão de serem professados.
O Espiritismo não só veio provar a vida após a morte, mas trouxe uma enorme luz que
veio iluminar a nossa alma para que compreendamos as necessidades das aflições em nossas
vidas. Ele nos dá a certeza de que o hoje e o amanhã terrestre existem neste período breve e
curto que passamos aqui na Terra, comprovando também a existência do amanhã espiritual, nos
dando a certeza de que a morte não nos leva ao ponto final, e sim a um novo recomeço de
evolução e aprendizado.
A essência da Doutrina Espírita é a mensagem de fé, de luz e de esperança de que algo
melhor nos espera sempre, se nos esforçamos para sermos sempre homens de bem.
Se formos homens de bem, benevolentes e caridosos, silenciamos, aceitamos e nos
resignamos ante as provas que Deus nos confere, sabendo que existe uma lei no universo de
nosso Criador, que é imutável. A lei de que falamos é: planta e colherás.
A fé cultivada nessa existência nos dá uma postura mental diferente, e quando aliada ao
bem e as atitudes de amor constituem plantações para a vida futura.
Todo homem que tem fé na vida futura consegue olhar de maneira diferente para a sua
vida atual, para os seus problemas e as suas aflições.
O homem pela sua falta de fé, pela supervalorização da matéria possui uma visão de vida
limitada, e acaba permitindo que as dores, o desespero e o desânimo sejam maiores que a
possibilidade de uma nova vida.


Quando nos faltam amor no coração e Deus em nossos pensamentos e atitudes, os
problemas nos devoram como enormes chamas de fogo que ardem em nossas almas, somos
devorados pelas fraquezas de nossos pensamentos e pela falta de fé, deixando de admitir que
somos filhos de um Pai Onipresente, que jamais abandona os seus filhos.
Façamos sim a travessia de nossa jornada, mas com que ânimo encaramos a vida se
depositamos toda nossa felicidade nos bens materiais e nas “realezas terrestres”?
Como caminhar com ânimo se não enxergamos o caminho se abrir diante de nossos
olhos? Como caminhar se um abismo se abre debaixo de nossos pés pelas fraquezas que
invadem o nosso raciocínio e a nossa consciência?
Aqueles que agem no caminho do bem, do amor, da prece, da lucidez espiritual e da
consciência tranqüila, quando vêem a sua frente o abismo, erguem as mãos, fecham os olhos e
confiam em Deus, que os ampara e estende as mãos, para que atravessem o abismo e
transponham a ponte que os levará ao outro lado do caminho.
Sem fé na vida futura a caminhada perde o sentido, os homens vêem suas forças
exauridas, o desespero se faz presente.
Aquele que não tem fé e não exercita a prece, se afasta de Deus e não crê na vida futura,
permanece afundado no abismo que o coloca no “umbral” de seus pensamentos.
Jesus já dizia: “haverá pão para quem tem fome e haverá luz para os que desejarem sair
das trevas”, e não há um só Espírito encarnado que não possua a força de caminhar com Jesus.
Todos podem, basta ter a humildade e o esforço, que o mérito será de cada um.
Se formos materialistas e não acreditarmos no amor do Cristo, que nos consola, protege e
nos liberta, não acreditaremos em nada, e assim daremos sempre mais importância ao que não
temos e àquilo que nos aflige; veremos que tudo o que nos aflige é maior do que realmente
parece.
Quando temos fé na vida futura, o nosso olhar é ampliado e os males que nos afligem
serão vistos do alto de uma montanha e não do fundo do abismo.
Tudo o que é visto do alto se torna pequeno e de fácil manipulação, as nossas forças
exauridas serão renovadas e substituídas pela coragem e pela confiança.
Cabe aos homens escolherem como atravessarão as suas jornadas, se atravessarão como
aqueles que caminham já esperando o abismo e o fim, ou como aqueles que caminham
conscientes de que as pedras e dificuldades serão superadas, porém, almejam na alma e no
coração sempre um lugar feliz e de paz que sempre os esperam.


Que a fé e a disciplina espiritual nunca faltem entre os irmãos.
Espero que todos possam se alimentar da fonte segura que é o Evangelho, mas que
possam também percorrer a caminhada terrestre com a consciência tranqüila e com o amor que
pode brotar de suas almas.
Obrigado meus queridos irmãos.
2ª mensagem
Deus desenhou um universo infinito de amor e felicidade, mas preferimos por falta de fé
viver num mundo pequeno e infeliz cheio de amarguras, lamentações e desânimo.
Se colocarmos metade dos nossos desânimos, de nossas lamentações e de nossas
amarguras em ações de amor, veremos que a outra metade negativa se multiplicará em amor,
veremos o quanto desperdiçamos as nossas forças em coisas fúteis que nada constroem e
sedimentam.
Veremos que quando soubermos transformar toda a nossa dor em amor nada mais nos
afligirá, encontraremos com o olhar de Deus que vem para nos mostrar a luz e o amor na Terra.
Feliz daquele que consegue transformar toda sua dor em amor, amor que expande
a luz do Criador, amor que nos permite amar ao próximo como irmão, no caminho da caridade e
da solidariedade.
Veremos que a nossa força espiritual nascerá quando nos tornarmos menos egoístas e
amarmos a Deus pelo Universo que nos foi dado, amarmos a Ele pela oportunidade de termos a
dádiva de plantar o amor a cada manhã.
Quando nos conscientizarmos da vida futura, transformaremos a nossa dor em amor,
amaremos aqueles que são de verdade mais necessitados que nós.
Julgamo-nos os donos das dores absolutas, mas amando o próximo veremos que
podemos secar as lágrimas daqueles que verdadeiramente choram.
Quando secarmos as lágrimas alheias, veremos que as mais profundas feridas de nosso
coração serão cicatrizadas pelas mãos da chamada caridade.
Que o amor do Cristo ilumine as vossas almas e que a dor de cada um possa se tornar,
no bom sentido, a dor insignificante, comparada à dor que ainda sofre a humanidade.
Obrigado meu queridos irmãos


Irmã Joanna






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