Desencarne e Morte representam a mesma coisa?
Este é um ponto deveras importante, que a Doutrina Espírita nos
esclarece com clareza. É comum, no meio espírita as pessoas mencionarem,
quando essa ou aquela pessoa falece que ela desencarnou. De fato, esse é
o termo mais apropriado a ser usado, pois o Espírito ao fim de sua
experiência física, apenas abandona o seu corpo perecível, o corpo
físico, para retornar à esfera de origem, a que todos nós pertencemos
que é a espiritual. Mas, mesmo diante do termo correto e do processo de
transição de um mundo para outro, também correto, existe um por menor
que, de fato, faz com que os dois eventos, desencarne e morte ocorram. A
morte consiste a perda total e definitiva de todo o tônus vital que
fazia a função de animar o corpo, objetivando o funcionamento dos órgãos
físicos. Já, o desencarne, é o desligamento total do Espírito de seu
corpo físico, o que não ocorre ao mesmo tempo em que ocorre a morte
propriamente dita da aparelhagem física. O processo desencarnatório que é
justamente o desligamento do Espírito de seu corpo físico já requer
mais tempo, e esse tempo varia de Espírito para Espírito, mediante o
grau de adiantamento que ele possua e do grau de conhecimento que ele
tenha a respeito do mundo espiritual. Quanto mais a pessoa for apegada
às coisas matérias de uma forma geral, do tipo aos bens materiais,
dinheiro e vícios, mais o seu desligamento será lento e sofrido. Lógico
que, enquanto vivermos na esfera física, teremos que suprir as
necessidades inerentes ao corpo, e vivermos mediante ao contexto que o
mundo é. Entretanto, é o apego exagerado aos bens que irão ficar, depois
de nosso desencarne, que prende o Espírito a sua antiga realidade,
consequentemente, ao seu corpo físico. Um desencarne não tem um período
pré-fixado para acontecer, podendo ser em tempo mais breve, pelo que já
foi mencionado antes, como ser bem mais prolongado pelos mesmos fatores,
mas se formos dar uma média iremos repassar o que os espíritos dizem em
alguns estudos do gênero, que seriam 72 horas. Isto significa que neste
período o espírito ainda não se desvinculou totalmente da matéria,
precisando do equilíbrio emocional necessário de seus entes queridos
que, sofrendo com a dor, claro, não se entregam ao desespero que só vem a
perturbar o espírito, e muitas preces para que possa despertar logo
para sua nova realidade, buscando a assistência dos Obreiros do Senhor.
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