Acerca-te
dos vencidos para auxiliar.
Não
creias, porém, que eles sejam apenas os companheiros que tombaram na luta e se
encontram caídos na estrada, tomados pelo desalento e o pessimismo. Concentra
tua atenção e com os olhos do espírito surpreenderás muitos deles ao teu lado,
guardando aparência robusta e provocando ruído para esconderem as marcas da
infelicidade.
Todavia,
é imprescindível amar para ajudar com eficiência.
Alguns
são amigos assinalados por desastres e acidentes morais, que o ferrete da Lei
Divina atingiu expungindo, recalcados, os pesados débitos...
Outros
são irmãos marcados por enfermidades cruéis, que lhes desorganizaram o aparelho
digestivo, desviando-lhes o tubo excretor...
Vários
são companheiros vitimados por heranças físicas, que os olhos do mundo não
alcançam, guardadas em tecidos caros, recuperando o pretérito...
Diversos
são os corações solitários, que se reajustam aos impositivos de afeições
angustiosas, renovando o panorama da mente enferma...
Outros
tantos são espíritos de procedências várias, perturbados por sinais vigorosos
que os prostram, no silêncio, aniquilando-lhes a esperança...
Todos
eles necessitam de unguento para as marcas dolorosas, que funcionam como
corretivos santificantes.
Quando
os encontres, não os atormentes mais com indagações desnecessárias,
ferindo-lhes as úlceras com estiletes de curiosidade negativa.
Viajores
do tempo, nas estações da Terra, possuímos nossos sinais e marcas que nos
dilaceram as fibras íntimas.
Antes
que desfaleçam esses marcados, podes fazer algo em benefício deles. Mais tarde
surgirá um novo dia, oportunidade nova de caminhar e, embora sejas convidado a
ajudar, orando, não poderás prever se, de um para outro momento, serás
convidado pela Lei a carregar mais vigorosa marca...
(De “Messe de Amor”, de Divaldo Franco
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