Do lado de cá da vida, não temos departamentos nem escolas miciáticas separadas pela preferência religiosa.
Não há um departamento católico, outro espírita, umbandista ou evangélico. Os espíritos esclarecidos, que
trabalham sob a orientação maior para a evolução do planeta, já estão além dos títulos e das preferências
religiosas, bem como da arrogância de muitos religiosos.
Para o enfrentamento da problemática obsessiva, com suas síndromes complexas, é essencial compreender,
sobretudo, que a religião do amor está acima da religiosidade: que a espiritualidade de caráter universalista e
cósmico está acima da atitude denominacional, partidarista, exclusivista ou sectarista, tão comum à ortodoxia
dos movimentos espírita e umbandista. A palavra de ordem, como sempre costumo repetir, é fraternidade:
união sem fusão, distinção sem separação.
Compreendendo isso, que os irmãos espíritas, umbandistas e esotéricos se dediquem à investigação do
psiquismo, à especialização das pesquisas mediúnicas e à aquisição de conhecimento. Urge ressuscitar no
movimento espírita atual o gênio pesquisador, destemido e progressista de Allan Kardec, Gabriel Dellane e
tantos outros espíritas afeiçoados às pesquisas e à ciência espiritual. Precisamos de homens e mulheres que
não se detenham na sopa, nos caldos e nos passes reconfortantes, nas sonolentas e intermináveis reuniões de
doutrinação religiosa ou na catequização improdutiva.
Há que se ressuscitar o interesse pela pesquisa científica espírita séria, desprovida de pompa e de
complicações, como Allan Kardec preconizou, viveu e exemplificou. Enfim, como diz um elevado amigo
espiritual, é urgente kardequizar o movimento espírita. Sem isso não adiantam belas palestras, citando nomes
de veneráveis mentores do progresso humano, ou palavras complexas de um vocabulário pretensamente
erudito, que o povo não entende.
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