A libertação da alma...
O desencarne não é uma perda...
O desencarne sempre foi uma questão que gerou controvérsias e discussões devido as crenças de cada religião e cultura.
Mas o fato pode ser analisado sem qualquer ótica religiosa, ou seja, visto como algo natural, um ciclo da vida.
Vemos que a natureza, as estações do ano, os dias da semana, tudo é cíclico, inclusive o sol, nasce e morre todos os dias.
Da mesma forma ocorre conosco.
Fomos educados a sofrer e temer a morte, vê-la como algo que termina com uma história feliz, gerando dor e sofrimento.
Na vida carnal, cobertos pelo véu do esquecimento e influenciados pelo meio que nos cerca, muitas vezes esquecemos que somos seres espirituais, vivendo uma experiência na matéria e que a passagem terrena é provisória.
Nós não somos o corpo físico, estamos dentro dele, somos a alma.
A estrutura orgânica é a morada de nossa consciência, que é claro, merece cuidados.
Nesta senda, o desencarne é a libertação do espírito, que estava preso, limitado a um corpo físico e sem consciência da imensidão do Todo.
Não é o fim, mas a volta ao nosso lar.
Quando fazemos uma viagem, escolhemos o destino, preparamos a mala, nos organizamos e partimos.
No astral, escolhemos a próxima vida, o local, a família carnal e nos dispomos a mais uma missão em busca de aperfeiçoamento da consciência.
Nós também somos espíritos, porém, o que nos diferencia daqueles que estão em outro plano é que estamos na matéria.
Então quando terminamos nossa missão nesta existência, partimos para Casa.
Porém, somos egoístas, à medida que quando dá-se o desencarne de um familiar, um amigo, um parente, não conseguimos pensar que é o melhor caminho, que é o momento do retorno, que não é por acaso.
Quando percebemos que tudo é provisório, que o corpo físico não é eterno, ou seja, que já encarnamos e desencarnamos tanta vezes, muitas preocupações e interesses mesquinhos desaparecem, pois começa-se a dar mais valor para outras questões, que são eternas.
Viemos para a escola terrena, aprendemos, erramos, superamos desafios e após voltamos para o Astral, onde nossa consciência se expande e nos mostra como foi nossa jornada na carne, isso de forma cíclica, até atingir a iluminação e não mais necessitar descer à Terra em um veículo carnal.
Após o desencarne, continuamos vivos e mais vivos do que nunca, pois com a consciência expandida e cientes do nosso propósito.
Tudo que aprendemos na vida terrena, nossas lembranças, histórias, momentos de felicidade, os reencontros, os desafios,fazem parte de nossa alma e não desaparecem em função da libertação da matéria.
Diferente dos Grandes Mestres da Humanidade, que não mais necessitam encarnar, nossa alma ainda não é pura e a vinda para Terra é fundamental, pois somente aqui, na terceira dimensão, que até o momento é densa, podemos curar as inferioridades de nossa personalidade congênita.
Embora cada um tenha suas crenças, as quais devem ser respeitadas, o importante é nos vermos como almas em evolução e ao nos depararmos com o desencarne de um amigo ou familiar, compreender que tudo tem seu tempo certo e não é por acaso.
A separação é temporária e a saudade (que é natural) deve ser combatida com o envio de orações e luz para alma que partiu para o Astral.
Tal proceder além de gerar compreensão para quem ainda vive na matéria, beneficia o desencarnado.
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