Paz
convosco
Após
o drama do Calvário, consumada Sua desencarnação, Jesus logo principiou a manter
contato com os Apóstolos.
Por
algum tempo, dedicou-Se a orientá-los e a encorajá-los.
Em
uma dessas aparições, afirmou: A paz seja convosco.
Essa
singela frase, no contexto em que foi proferida, enseja interessantes
reflexões.
Muita
gente se interroga a respeito do auxílio que pode obter do plano espiritual.
Sob
diferentes roupagens religiosas e, ao abrigo das mais diversas crenças, há o
hábito de muito pedir e esperar.
Há
até quem seja adepto da prática de estabelecer mecanismo de trocas, a título de
votos e promessas.
Por
vezes, a ausência da resposta almejada provoca inquietação.
Há
quem indague a razão pela qual as almas redimidas não proporcionam descobertas
sensacionais ao mundo.
Afirma-se
que elas bem poderiam revelar o processo de cura de moléstias que desafiam a
ciência.
Também
poderiam interferir nos choques existentes entre as nações, a fim de
pacificá-las.
Imagina-se
que alguns espetáculos espirituais muito contundentes lograriam produzir
maravilhas no palco terrestre.
Entretanto,
essa linha de raciocínio queda distante de noções mínimas de justiça.
Seria
terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação.
Quem
deseja o maravilhoso implantado já, com estrépito, costuma se aborrecer com
algumas orientações que vêm do plano espiritual.
Dele,
habitualmente, chegam reiteradas e afetuosas recomendações de paz na luta.
Quem
se agasta com esse tipo de resposta manifesta ausência de harmonia com a
mensagem do Cristo.
O
Mestre efetivamente retornou do plano espiritual para confortar Seus
discípulos.
Mas
O fez de forma reservada e não em plena praça pública, com tumulto e
escândalo.
Não
lhes deu soluções fáceis para os problemas que vivenciavam e vivenciariam.
Não
fez revelações bombásticas de ordem supernatural.
Jesus
apenas demonstrou a sobrevivência da alma após a morte do corpo e lhes desejou
paz.
Contudo,
isso deve bastar para a alma sincera que procura a integração com a vida mais
alta.
Envolve
grande responsabilidade reconhecer a continuação da existência, para além da
morte física.
Como
o ser continua, individualizado e consciente, ele deve se submeter a exame
quanto aos seus compromissos individuais.
Trabalhar
e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão, no atual
estágio humano.
Que
os homens atendam a esses imperativos da lei, com bastante paz, é o desejo
amoroso e puro de Jesus Cristo.
Convém
esforçar-se por entender semelhante verdade, para não desperdiçar valiosas
oportunidades.
Muitos
aguardam grandes sinais para começar a agir.
Esses
se assemelham a preguiçosos, que muito esperam sem nada fazer para atingir seus
objetivos.
Pense
nisso.
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