O ASSISTIDO
Diante daqueles a quem socorres, não admitas que a
caridade seja prerrogativa unicamente de tua parte. Enumera os bens que
recolhes daqueles a quem amparas.
Habitualmente doamos aos companheiros necessitados algo do que nos sobra, deles recebendo muito do que nos falta.
É preciso não esquecer que da pessoa a quem assistimos obtemos benefícios substanciais, como sejam:
a verificação de nossas próprias vantagens;
o conhecimento das responsabilidades que nos competem, à frente dos outros;
o aviso salutar, com relação aos deveres que nos cabem, na preservação dos bens da vida;
a paciência com os nossos obstáculos e males menores;
o ensinamento da provação com que somos defrontados;
a aquisição de experiência;
as vibrações de simpatia;
o auxílio que recebemos para sustentar mais amplo auxílio aos outros;
o consolo nos sofrimentos que, porventura, nos fustiguem;
o
crédito moral que se registra, a nosso favor, na memória dos espíritos
encarnados e desencarnados que amparam a criatura em crises e empeços
maiores que os nossos.
Serve a benefício dos semelhantes, tanto
quanto possas e como possas, em bases da consciência tranqüila, sempre
que encontres o próximo baldo de equilíbrio, espoliado de esperança,
sedento de paz ou cansado de angústia, nas trilhas do cotidiano, porque a
caridade é sempre maior nos dividendos para aquele que dá. Por isso
mesmo, temos no Evangelho do Senhor a advertência inesquecível: "mais
vale dar que receber.
" Emmanuel, da obra “Caridade”
Psicografado pelo médiumFrancisco Cândido Xavier
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