A Caminho da Luz

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Liça solitária


  
A Liça solitária

O trabalho com o mestre é solitário.

De uma maneira geral, optamos pelo menor esforço, para errarmos
menos, mas a verdade nossa zona de conforto é irresistível.

Os amigos, nos banquetes filosóficos, são muitos. O balde e o rodo são
pouco procurados.

Pregar as boas-novas do meigo pegureiro é pulquérrimo. Subir as
montanhas da indigência, pressupõe corações aptos ao amor.

Para a participação das reuniões de intercâmbio conosco a fila é
imensa. Para atender aos rogos para a fraternidade lídima, no
atendimento fraterno, é mínima.

Para receber espíritos movemos mundos e fundos, para visitar asilos e
creches, sempre temos empeços.

Para impormos esta ou aquela doutrina, somos implacáveis. O diálogo
sincero sobre Jesus não tem quorum, pois afinal de conta o nosso Jesus
é o certo, esquecendo-nos da alteridade.

Vomitamos o cristianismo sem o raciocínio necessário. A messe do Pai é
imensa e, vejamos, somos do número da minoria. Devemos atender à
premissa do respeito à maioria, sem contudo, defender com lógica, razão
e bom-senso, o consolador prometido.

Somos pequenas criaturas, mas diamantes brutos para Deus.

Gregários por natureza, mas imposições humanas de cunho doutrinário,
torna-nos minsantropos.

Tomamos passes ou absorvemos a benção de nossa egrégora religiosa, mas
o aprendizado real se perde em nossas aleivosias mentais antes, durante
e depois de receber o óbulo de luz.

Na realidade e nos perdoem aqueles que não concordarem somos
miseráveis de praticamente tudo e, enquanto mergulhados na liça da
autosuficiência ignara, permaneceremos no labor profícuo da dor.

Ir a centros, tendas, igrejas e templos evangélicos é simples. Fazer
cursos, participar de ciclos de estudos, seminários, cursos diversos em
nossos nichos cristãos é simples: Ser cristão não é fácil, pois demanda
o esquecimento de si mesmo para que o próximo saia do ostracismo e da
dor.

Explicados estão os salões cheios para ouvir palavras belas e os
pavilhões da indigência vazios de quem queira amar.

Não obstante, esta é uma leitura nossa.

Mais uma vez, pedimos que nos perdoem estas palavras sinceras. Não
temos por hábito contemporizar e não será para agradar este ou aquele
confrade que o faremos. Somos de fato, todos doentes e, assim como por
aí, por cá, permanecemos internos nos nosocômios, com patologia de longo
curso, tentando com a bênção de Deus, auferir pequenas aquisições para
novo mergulho na carne. Ou seja, não somos mentores ou seres
irrepreensíveis. Somos reflexos de nosso ócio no passado.

Pensemos.


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