A Caminho da Luz

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dos túmulos aos berços,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Dos túmulos aos berços, dos berços aos túmulos

Deitaste em catre lenhoso,
Em pregressa vida altaneira,
Fizeste de tua vida dor,
Rapina do que em ti era amor,
Levando com ti algibeira,
De dia a morte, à noite o gozo.

Demandaste tempo incerto,
Nas leiras da desilusão,
Lágrimas minavam-te nos olhos,
Untavam os lábios com lodo, óleos,
Mantinhas-te no labor da ilusão,
Dor e ranços de ti, perto.

Debalde irmãos te chamavam,
Para o descanso necessário à luta,
Esquivavas-te do convite amigo,
Vendo, nos outros, o inimigo,
Declina da cura, plena labuta,
Com lamúrias plenas urravam.

Samaritanos aportavam-te a alma,
Quais aves briosas no amanhecer,
Parentes tentavam-te mostrar as falhas,
Procurando tirar d´alma as tralhas,
Pela leira profunda do auto-conhecer,
Com mira concreta, para o espírito, a calma.

Eis que num dia, tempo justo,
Vem-te o mentor com memórias sérias,
Retirar-te do pesadelo duro,
Com coração sério, conquanto puro,
Convidar-te a tirar, das dores, férias,
Mostrando, do crime, o alto custo.

Por tempo incerto ficas na insaciedade,
Do que é certo do que é errado,
Se ficas, tens sede paz,
Se vais deixas de ser, de ti, capataz,
Levantas a custo, contrariado,
Sem saber que te esperar a felicidade.

Entre a luz e a verdade,
Choras lágrimas de gratidão,
Espera o tempo do conluio certo,
De corações que serão, pais, de perto,
Amar-te-ão de alma e coração,
Dando-te por lar simples herdade.

Do madeiro da dissolução ao berço,
Vendo sorrisos amigos, ainda incertos,
Sois ave altaneira em vôo às cegas,
Por bem vês que da mãe o leite não negas,
O afeto real terá por perto,
Aprenderás, não importa como, o evangelho vivo, ou o terço.

Meu caro amigo cristão, mormente espírita, aprendiz eterno,
Carrearás por tempo certo dores,
Qual certo bisonho em noite de dor,
Vivenciarás paz ou ilusões em teu honesto labor,
Levando, depende de ti, alegrias e rancores,
Serás duro por um dia, engendrando em ti um ser terno.

Tua vida será um livro aberto,
Tão aberto como complexo,
Terás coisas sérias, como engodos,
Quando libavas como hunos ou visigodos,
Não vias o amor, apenas o gozo e o parvo sexo,
E para o Cristo o coração nunca aberto.

Aqui, ali ou acolá, no céu azul uma cumulus,
Aguarda-te pela frente um vida plena a realizar,
Poderás ser tanto pobre quanto rico, rios de equidade,
Ricos em ética e ombridade,
Definindo conscientemente, o caminho a trilhar,
Dos túmulos aos berços, dos berços aos túmulos.

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