A Caminho da Luz

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Será que é o espírito?

Será que é o espírito?


Existe sempre nas comunicações mediúnicas na casa espírita, uma especial preocupação sobre a identidade do espírito comunicante. Por razões naturais de se entender, sempre damos maior atenção se a comunicação é assinada, ou atribuída a um espírito conhecido. No entanto, quem garante que o espírito que se comunica é realmente aquele quem diz ser? Como poderemos ter certeza de sua identidade?
Lembrando sempre que em muitos casos o próprio médium não teria condições de atestar tal veracidade, a não ser pelas suas impressões naturalmente limitadas. Mas o fato é que sempre que estamos diante de uma comunicação escrita, verbal ou outra, somos impelidos a perguntar: - Quem é o espírito?
Obedecendo as orientações de Kardec. A única maneira de se afirmar se uma comunicação é coerente ao espírito que a assina é pela análise de seu conteúdo. Em “O Livro dos Médiuns” no capítulo denominado “Da identidade dos espíritos” encontramos na questão 255: “Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real”. Nos orientando que o importante é a mensagem ser posta ao crivo da razão, se for útil é de um bom espírito e estudando vamos conhecendo o perfil de cada espírito e daí podemos, por análise, atribuí-la com maior precisão a alguém.
            Na mesma obra, ainda encontramos questão 256: “À medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros”.
            Assim, esclarecem que quanto maior a elevação de um espírito, menor atenção ele dá para identificar-se, sendo movido apenas pelo desejo de fazer o bem por meio de sua comunicação.
            Geralmente, após a mensagem, o médium equivocado é quem faz questão da identificação do espírito, como se isso desse veracidade a ela. No entanto, tanto o médium como os que forem se beneficiar da mensagem, devem entender que a necessidade de identificação é humana e que bom mesmo é entender que, independente de que assine a comunicação, a necessidade de se analisar tudo é constante. Conclui ainda no capítulo XXIV –...quanto mais venerável for o nome com que um Espírito se apresente, tanto maior desconfiança deve inspirar”. Apontando novamente que questionar as comunicações, incomoda apenas aos espíritos menos felizes e os médiuns que estudaram pouco.
            É recomendação de Kardec passar tudo ao crivo da razão e se assim nos comportarmos, esta análise nos auxiliaria a não ficar vulneráveis as investidas dos espíritos perturbados.
            Devemos criar o hábito de, seja em comunicações, livros ou mensagens, aprender a analisar sempre o conteúdo, sem constrangimento algum, afinal esta é a orientação do Codificador e agir contrario a ela, apenas interessaria aos maus intencionados dos dois mundos.

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