A quantas anda nossa caminhada?
Será que já não basta o que carregamos em nossos ombros pelo mau uso do poder temporal?
Será que já não basta as lembranças pardacentas de nossos trevosos passados?
Somos prepostos da justiça divina para levantar nossa espada e ferir o próximo em seus bens mais caros, consciência lídima e tranqüila?
Suportaremos o peso da espada que ora levantamos quando a mesma atingir nossas casas, bois e cordeiros?
Somos juízes implacáveis a ponto de tornarmo-nos réis confessos?
Onde estão os homens puros e crísticos que há séculos procuramos?
Somos capazes de medir o tamanho de nossa peçonha?
Somos capazes de medir o que geramos de angústia e medo?
O que fazemos de nossos conhecimentos que não ajudamos os povos limpa e humanamente?
Será que eles só servem a guerra e a morte? É necessário tanto estrago e tanta tempestade de dor?
Desenvolvemos, em nós, de fato, nossos princípios de ética, moral, liberdade, fraternidade e democracia?
Será difícil reviver a mensagem dos grandes avatares da justiça e liberdade?
Matamos nossos próximo negando-lhe o direito de aprender e ensinar com nossa experiência?
Damos-lhes compreensão e pão ou nosso aguilhão?
Temos, em nosso coração, o vigor de Paulo de Tarso, no seguir as pegadas do mestre?
Até quando perseguiremos o Cristo no outro gerando lágrimas, dor e perfídias dolorosas? Até quando seremos o lobo do próprio homem? Ser-nos-á necessária uma nova porta de Damasco para sairmos da cegueira?
Será que teremos de ensinar novamente que, ao destruir, cavamos nossa destruição?
Amigos!
Urge-nos o retorno ao aprisco divino. Para tanto, guardemos nossa espada e teu canhão!
Não atentemos cruelmente contra nossa casa, a terra! Aprendamos a amar verdadeiramente enquanto é tempo. Doemo-nos, pois o ócio ainda dorme em nós. Coloquemos nossa mente a serviço do próximo pois ele principal insumo de nossa existência !