A Caminho da Luz

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo

Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
Há muito temos caído neste mandamento mosaico. As causas são inúmeras e
riquíssimas em suas cores.e, totalmente descabidas as justificativas.
Fato é que temos, a maioria, apêndice entre os dentes que é no mínimo
problemático. Pelas nossas vidas afora temos feito de tudo para
impormo-nos que veio melífluo do verbo impensado.
Temos uma grande tendência salvaguarda o nosso lado esquecendo-nos
completamente do planejamento do mais alto para nós.
Não conseguimos suster em nós o ímpeto mordaz e sarcástico verbal.
Somos ignaras noites na vida daqueles que apenas, como nós, quer seu
justo lugar ao sol.
Neste sentido vislumbramos:
O bom: ser claudicante perante as próprias conquistas que, à guisa de
justificar as próprias, não tão hígidas sob a égide da ética e da moral,
denota exteriormente uma candura irretorquível, mas interiormente
vulcão, de vez que a posturas exteriores não são suficientes para
aquinhoar paz de espírito. Antes de bons, são necessariamente melífluos
verbais. Poderemos enquadrá-los como maledicentes à surdina.
O realista: ser que prima o proceder pela fala altaneira e
destruidora ao mesmo tempo, tanto com o interessado, quanto à surdina.
Não se preocupa com o interlocutor, de vez que sua verdade é única. Fere
e declina de qualquer alívio, de vez que se julga perfeito no
cumprimento do dever. São os maledicentes da dor.
O desiludido: infeliz criatura que não consegue aceitar as derrotas
que a vida, à guisa de aprendizado, lhe dá, em função de seus próprios
erros. Tenta obter vantagens de maneiras tão insólitas quanto violentas.
Não entendamos a violência aqui como a física, mas a mental. São os que
se perderam nas teias do verbo inconveniente, destruindo futuros
alhures. Normalmente seres que foram infelizes nas várias searas que a
vida nos oferece. Não souberam aceitar a derrota e, em função disto são
dilapidadores das conquistas alteras. São os maledicentes derrotados.
O destruidor: É aquele que, à guisa de ensinar, abusa do verbo, para
todos. Não tem consciência nem lógica na oratória. Julga-se um deus e,
todos a sua volta são vassalos. Espalha veneno à sua volta e, se não
consegue seus objetivos de maneira clara, suborna, emocionalmente ou não
seus iguais, destruindo quem deseja. São os maledicentes do ódio.
A língua tem-nos perdido pelas trilhas da vida. Somos criaturas que
ainda temos necessidades diversas. Temos em nós, ainda um pouco de cada
tipo de maledicência, fruto de nosso orgulho e de desvio de caráter.
Lembrar de como é difícil reconquistar um ser que destruímos é de suma
importância para todos nós.
A aquisição da razão é ponto positivo de todos nós, mas o mau uso é
opção individual e, exteriozá-lo verbal, na surdina, como derrotados, na
dor ou com ódio, delimitará o acórdão da nossa pena como meliantes
perante a Lei.
Reflitamos se nos encontramos em paz com a nossa língua.

Um comentário:

  1. Muito bom este texto, adorei, traz a mensagem de que devemos sempre pensar antes de falar, pois as palavras carregam energia, e aquilo que sai da boca, não volta mais...Quando falamos, exteriorizamos exatamente o que somos!
    Tenha uma bela quarta-feira!!
    Beijos
    Mari

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