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Os números gigantescos da vida e da obra de Chico
Xavier |
Além
de eleito “O Maior Brasileiro da História” em promoção realizada em 2006 pela
revista Época, o saudoso médium foi escolhido este ano, em
competição organizada pelo SBT, “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”
Chico
Xavier foi médium polivalente, ou seja, suas faculdades mediúnicas eram
multifacetadas. Dentre elas destaca-se, obviamente, a psicografia, cuja obra
engloba diferentes assuntos e abordagens dentro das linhas mestras do
Espiritismo e do Evangelho. De fato, mensagens evangélicas, romances, poesias,
crônicas, contos, reportagens espirituais e não-espirituais, avaliações
históricas, literatura infanto-juvenil, cartas (correio espiritual), entre
outras formas, constituem tipos de textos contemplados com copiosa amostragem de
exemplos pela obra do médium Francisco de Paula Cândido Xavier.
O
número de títulos publicados já atinge mais de 460. De fato, 412 obras do médium
de Pedro Leopoldo-MG foram publicadas enquanto o médium estava encarnado, mas as
publicações de trabalhos inéditos do médium mineiro após sua desencarnação, há
uma década, já somam aproximadamente 50 obras, totalizando mais de 460 livros
publicados. Esta obra colossal já vendeu aproximadamente 45 milhões de
exemplares, tornando Chico Xavier o escritor mais lido da América Latina. De
fato, Chico Xavier é o autor brasileiro de maior sucesso, segundo a revista
“Isto é” (Fevereiro de 2010/Edição 2103). Segundo a revista “Isto é”, ele já
vendeu quase o dobro dos livros de Paulo Coelho, nossa referência de best-seller
literário. Em fevereiro de 2010, portanto, há mais de 2 anos, seus 458 livros (à
época) somavam aproximadamente 45 milhões de cópias vendidas, segundo Cesar
Perri, diretor da Federação Espírita Brasileira (FEB). “Somente ‘Nosso Lar’ tem
2,5 milhões de edições comercializadas em 15 idiomas”, afirmou, à época, o
referido diretor da FEB.
Chico
Xavier psicografou sete (7) dos dez (10) melhores livros espíritas do Século XX,
conforme pesquisa realizada por órgãos da imprensa espírita (Organizações
Candeia), os quais consultaram renomados nomes do movimento espírita nacional
para chegarem a essa classificação.
“Parnaso
de Além-Túmulo”, de 1932, foi sua primeira obra
O
primeiro lugar coube ao livro “Nosso Lar”, ditado pelo Espírito André Luiz
(Primeiro lugar: “Nosso Lar”, André Luiz/Chico Xavier; Segundo lugar: “Paulo e
Estêvão”, Emmanuel/Chico Xavier; Terceiro lugar: “Parnaso de Além-Túmulo”,
Espíritos Diversos/Chico Xavier; Quarto lugar: “O Problema do Ser, do Destino e
da Dor”, Léon Denis; Quinto lugar: “Memórias de Um Suicida”, Camilo Castelo
Branco/Yvonne A. Pereira; Sexto lugar: “A Caminho da Luz”, Emmanuel/Chico
Xavier; Sétimo lugar: “O Espírito e o Tempo”, José Herculano Pires; Oitavo
lugar: “Há Dois Mil Anos”, Emmanuel/Chico Xavier; Nono lugar: “Evolução em Dois
Mundos”, André Luiz/Chico Xavier-Waldo Vieira; Décimo lugar: “Missionários da
Luz”, André Luiz/Chico Xavier).
Apesar
da elevação intelectual de sua obra, só estudou, em termos de educação formal, o
chamado “primário”, pois teve que trabalhar para ajudar no sustento da família.
Tal fato torna o conteúdo moral, a elevação estilística na linguagem e o volume
total de sua psicografia ainda mais impressionantes.
“Parnaso
de Além-Túmulo” (livro de poesias publicado em 1932), sua primeira obra
psicografada, constitui até hoje complexo enigma para estudiosos da literatura
de orientação materialista, pois Chico trouxe de volta à crosta grande parte dos
grandes nomes da literatura em língua portuguesa, do Brasil e de Portugal (56
poetas desencarnados), através de poesias totalmente inéditas. As poesias
demonstram, inequivocamente, o estilo peculiar de cada poeta, o que foi
ratificado pela análise de diversos escritores renomados da época, tais como
Menotti del Picchia e Humberto de Campos.
Conforme
registro no site da União Espírita Mineira (UEM), o qual foi obtido com o
confrade Zenon Vilela, Chico Xavier psicografou algumas obras em tempo recorde,
a saber:
Em
1952, Chico psicografou 2 livros em 2 dias: “Roteiro” de Emmanuel (172 páginas)
e “Pai Nosso” de Meimei (104 páginas).
Em
1963, Chico psicografou 2 livros em 2 dias (neste caso, metades das obras, uma
vez que são obras psicografadas por Chico Xavier e Waldo Vieira): Opinião
Espírita (obra que contempla 204 páginas no total); e Sexo e Destino (obra que
contempla 360 páginas no total).
“Há
Dois Mil Anos” foi seu primeiro romance mediúnico
Em
31 de Março de 1969, data comemorativa do centenário da desencarnação de Allan
Kardec, Chico psicografou 2 livros no mesmo dia: “Passos da Vida” (156 páginas)
e “Estante da Vida” (184 páginas).
Seu
primeiro romance mediúnico “Há Dois Mil Anos” foi psicografado no curto espaço
de tempo que vai de 24/10/1938 a 9/2/1939 (aproximadamente 3 meses e meio), nos
intervalos de suas atividades profissionais. Tal psicografia chama a atenção,
pois a chamada “cronologia romana” foi reconhecida como autêntica por
especialistas do assunto.
Fomentou
direta e indiretamente um número colossal de outras obras de conteúdo
evangélico-doutrinário de outros autores espíritas e não-espíritas, os quais se
apoiaram em orientações, experiências mediúnicas, experiências vivenciais,
dissertações evangélico-doutrinárias e trabalhos específicos dentro do movimento
espírita narrados e vividos por Chico Xavier. Somente de livros biográficos
publicados inspirados na vida de Chico Xavier temos um número superior a cem
(100) obras.
Participou
da direção e orientação doutrinária de um grande número de casas espíritas em
Pedro Leopoldo e em Uberaba, com destaque para o Centro Espírita Luiz Gonzaga
(Pedro Leopoldo-MG), a Comunhão Espírita Cristã (Uberaba-MG) e o Grupo Espírita
da Prece (Pedro Leopoldo).
Foi
médium psicofônico em um número incontável de reuniões de desobsessão, nas quais
foi instrumento da doutrinação evangélico-doutrinária de um grande número de
Espíritos sofredores.
Foi
médium de materialização e participante de reuniões de materialização, nas quais
fenômenos extraordinários foram verificados por diversos indivíduos idôneos
espíritas e não-espíritas.
Foi
médium de um número incontável de mensagens de Espíritos que, ao morrerem,
deixaram suas famílias desesperadas, tornando-se um veículo de confirmação de
imortalidade, conforto e esperança para milhares de famílias. De fato, o chamado
“Correio de luz”, tarefa de difícil execução por constituir uma espécie de
reunião mediúnica de certa forma pública, causava um grande desgaste físico ao
médium, sem prejuízo qualquer à psicografia dos livros propriamente ditos, os
quais eram feitos em horários alternativos.
Chico
Xavier jamais extraiu vantagens de suas obras
O
chamado “Correio de Luz” era desenvolvido com Chico Xavier rodeado por 400 a 500
pessoas em média, o que deu inúmeras evidências de autenticidade das
comunicações mediúnicas, incluindo até mesmo estudos grafoscópicos das
assinaturas dos “mortos”.
Jamais
recebeu qualquer recurso financeiro oriundo dos 412 livros psicografados em
vida, tornando-se um incomparável exemplo da prática da mediunidade gratuita, ou
seja, da mediunidade verdadeiramente espírita. Todos os direitos autorais foram
doados para obras de caridade, as quais contribuíram e continuam contribuindo
para a manutenção de obras de amor aos mais necessitados.
A
excelência mediúnica jamais foi obstáculo ao cumprimento fiel de suas atividades
de trabalho material, no qual consta que foi um extraordinário cumpridor de seus
deveres. De fato, segundo vários biógrafos, Chico jamais teria faltado a nem
mesmo um único dia de trabalho.
Em
estudo desenvolvido por especialistas da área médica e das ciências naturais,
foi constatado que Chico Xavier apresentava um eletroencefalograma
correspondente ao perfil apresentado na epilepsia, sendo que jamais, em seus 92
anos de vida, o médium tenha apresentado qualquer sintoma dessa enfermidade.
Este fato, que ainda é referência para estudos vigentes sobre o fenômeno
mediúnico, denota que de forma nenhuma o médium estava “fingindo” o fenômeno, ou
seja, o chamado “estado alterado de consciência” era legítimo. De fato, seria
impossível a elaboração de qualquer obra intelectual, ainda mais da
grandiosidade da obra de Chico Xavier, passando por um surto epiléptico.
Apoiou
e orientou um enorme número de médiuns, oradores, escritores e dirigentes
espíritas em suas respectivas atividades doutrinárias, seja através do diálogo
fraterno, seja por meio de cartas, sendo uma referência e um orientador indireto
de um grande número de casas espíritas brasileiras.
Despertou
e inspirou diversas pessoas a estudarem, aderirem e trabalharem no Espiritismo,
devido à excelência de sua obra, do ponto de vista intelecto-moral, associada
igualmente à excelência moral de sua vida.
Apesar
de pobre, foi o arrimo da família
Superou
preconceitos sectários de religiosos, cientistas e materialistas, inspirando o
respeito de religiosos de outras denominações em relação a ele próprio, à
mediunidade e à Doutrina Espírita, contribuindo decisivamente para a diminuição
do preconceito contra o Espiritismo em nossa sociedade.
Foi
ofendido, caluniado, processado e agredido fisicamente incontáveis vezes, sem
jamais manifestar qualquer iniciativa de reação violenta contra tais atitudes,
denotando uma paciência e uma disciplina moral, ante todo o tipo de pressão, que
são raríssimas em toda a história da humanidade, mesmo para indivíduos que são
referências de verdadeira santidade comportamental.
Contribuiu
com a caridade material, auxiliando grande número de indivíduos necessitados em
Pedro Leopoldo e Uberaba, seja através do trabalho de assistência e promoção
social espírita das entidades a que estava vinculado, seja através de seu
esforço pessoal. Vale lembrar que, em registro de Jorge Rizzini, o qual foi ao
ar em uma das edições do “Globo Repórter”, filas de mais de 4 quilômetros eram
formadas por ocasião do Natal em Uberaba, quando um número incontável de
necessitados eram assistidos.
Manteve
altíssimo nível profissional em suas atividades associadas ao “pão material”,
sem nenhum prejuízo para suas atividades mediúnico-evangélico-doutrinárias,
assim como a excelência mediúnica jamais foi obstáculo ao cumprimento fiel de
suas atividades de trabalho material.
Foi
referência de educação e cidadania para espíritas e não-espíritas em Pedro
Leopoldo e Uberaba, cidades mineiras em que ele viveu, respectivamente, 48 e 44
anos, aproximadamente.
Chico
Xavier foi arrimo de sua família, tendo ao todo 14 irmãos, oito (8) deles fruto
do casamento de seu pai, Sr. João Xavier, com sua mãe, Dona Maria João de Deus,
sendo que dos nove filhos – Maria Cândida, Luiza, Carmosina, José, Maria de
Lourdes, Chico Xavier, Raimundo, Maria da Conceição e Geralda – seis, incluindo
o Chico, foram entregues a padrinhos e amigos. Vale ressaltar que Chico sofreu
muito nessa fase de sua vida, pois foi entregue à sua madrinha Rita de Cássia,
que era uma mulher desequilibrada, que costumava aplicar em torno de três (3)
surras diárias nele, além de submetê-lo a situações humilhantes.
O
povo do Brasil o elegeu o maior brasileiro da história
Essa
fase durou aproximadamente dois (2) anos. Os outros seis (6) irmãos foram fruto
do segundo casamento de seu pai, que, após a morte de Dona Maria João de Deus,
consorciou-se com Dona Cidália Batista. Os seis novos irmãos – André Luiz,
Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido – proporcionaram a Chico Xavier
um número enorme de sobrinhos. Chico auxiliou a todos material e
espiritualmente, sendo fundamental para a manutenção material da família,
incluindo a criação dos sobrinhos, principalmente depois da morte prematura de
seu irmão mais velho, José Xavier, e da enfermidade reumática de seu pai, João
Xavier.
Tendo
nascido em 2 de abril de 1910 em família pobre, sofreu com muitas dificuldades
para manter todo o trabalho de caridade material, que foi uma constante em sua
vida de 92 anos de esforços. Como todos sabem, ele desencarnou em 30/6/2002.
Dormia
em média apenas 4 horas por dia para conseguir concluir todo o trabalho material
e todo o trabalho espírita/espiritual que constituíam as aproximadamente 20
horas restantes em cada um dos sete dias da semana, sem interrupções.
Sofreu
com diversos problemas de saúde durante toda a existência, tais como
tuberculose, catarata, infarto do miocárdio, angina pectoris, hiperplasia
prostática, um olho praticamente cego etc., sem jamais alegar indisposição
física ou impedimento material para o cumprimento de sua tarefa.
Adotou,
criou e educou como filho Eurípedes Higino dos Reis, que se formou odontólogo em
Uberaba-MG.
Foi
indicado para o Prêmio Nobel da Paz no início da década de oitenta (80) em uma
campanha que mobilizou grandes nomes da cultura do país. Foi eleito “O Mineiro
do Século”, por promoção da Telemar e da Rede Globo Minas. Por meio de eleição
organizada pelos auditores independentes da Receita Federal foi considerado uma
das oito (8) mais importantes figuras mundiais ao lado de Madre Tereza de
Calcutá, Mandela, Sabin, Carlitos, Santos Dumont, Gandhi e Che Guevara. Foi
eleito “O Maior Brasileiro da História” em promoção organizada pela Revista
Época em 2006 e, no dia 3 de outubro deste ano, foi o grande vencedor da
competição organizada pelo SBT que o consagrou como “O Maior Brasileiro de Todos
os Tempos”.
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