A Caminho da Luz

sábado, 13 de outubro de 2012

A mediunidade e a Coerência Mediúnica - E, desde lá não mudou nada

A mediunidade e a Coerência Mediúnica - E, desde lá não mudou nada
Filhos do Calvário
A mediunidade há que ser, na mão dos médiuns, ferramenta benéfica
a lhes moldar o caráter cristão, via auto-melhoria. Como tudo que
solicita-nos a verdade, abnegação e amor, ela não pode Ter, em seu
permeio, qualquer tipo de hipocrisia e falsidade. Julgam os homens que o
livre arbítrio é a resposta para tudo ao que devemos lembrar que, médium
mal orientado é médium comprometido em seu futuro. Que o seja, irmãos,
em relação aquilo que for atender ao mundo profano. Que seja, irmãos,
naquilo em que o homem não deseje lapidar-se moralmente, em nome da
paixão. Que o seja, meus irmãos, naquilo que couber, no trato com as
leviandades oriundas de nosso EGO putrescível.
Mas cuidem, meus irmãos, para que não se percam pelo mal
uso do livre arbítrio em suas lides mediúnicas. A normalidade humana não
existe no médium missionário ou com mediunato. Médium com tarefa tem que
vencer, aos poucos, as conveniências da carne, para que nasça nele, a
vitória do espírito crístico. É impossível médium equilibrado, cuja
mente seja um camaleão de emoções. O médium, neste esquadro de valores,
deve sempre se portar com vigilância, calma, dignidade, amor, respeito e
coerência.
Vejo-vos, em vossos pensamentos agora. Julgam o que é
salutar, em nossas palavras duras, mas, amorosas. Vejo-vos em
questionamentos infundados, dada à inexorabilidade do fato, se é ou não,
manifestação medianímica do médium, também chamada de animismo. É
lamentável este pensar. Mas dizemos que cabe-nos, da espiritualidade,
lançar, novamente, esta semente em vossos corações, até que o terreno, a
consciência, esteja pronto e gere o trigo da vida. Apenas solicitamos de
vocês, caros irmão, que exemplifiquemos, explicitamente, o que já
vivenciam, cotidianamente em vossas casas:
Médiuns que amam no exterior e, julgam em seu íntimo;
Médiuns que falam a plenos pulmões, do evangelho, sem praticá-lo em
suas vidas;
Médiuns que são usurários de recursos divinos que, por não desejarem
sobrecarga de trabalho para si, resumem sua presença na casa ao mínimo
necessário, à sua ótica, esquecendo-se que um Pai que convoca o filho
para o trabalho, não se esqueceria de dar-lhe o alimento da vida: seu
amor;
Médiuns que pela frente são o exemplo de candura, amor e paz e, à
primeira oportunidade, destilam mágoa, rancor e maledicência;
Médiuns que sempre veem-se ameaçados por outros médiuns esquecendo-se
do ditado: onde estiver o seu coração aí estará seu tesouro;
Médiuns que trabalham mediunicamente com apoio da espiritualidade, que
lhe sustenta eventuais erros e, que ao mesmo tempo, criticam a conduta
mediúnica alheia;
Médiuns que falam muito sobre caridade sem dar, na prática, testemunho
desta verdade;
Médiuns que orientam ao estudo ou auto-estudo, sem jamais procurar para
si, este caminho;
Médiuns que propalam a mediunidade como benesse à reforma íntima
alheia, sem se preocupar com a própria reforma íntima;
Médiuns que nos lembram, o tempo todo, do livre arbítrio e passam a
própria vida na ribalta dos lupanares, em sonhos, malbaratando este
mesmo bem;
Médiuns que veem nos outros, apenas manifestações anímicas,
esquecendo-se completamente que inexistem manifestações mediúnicas
completamente puras pois se existissem, não existiriam seres encarnados
na terra;
Médiuns que, quando são portadores de mensagens, sempre elas são para
os outros, nunca para eles;
Médiuns que falam muito de amor ao próximo, mas, que desconhecem, mesmo
em si, a chama bendita do amor;
Médiuns que são excelentes orientadores de casais em crises mas, que em
casas, não permitem diálogo, impondo a vontade, sendo perfeitos tiranos;
Médiuns que, durante as reuniões estão intimamente vinculados aos
valores do EU crístico e, ao término, ainda no ambiente de labor
mediúnico, ligam-se tempestivos, aos valores do EGO putrescível;
Médiuns que cobram a perfeição nas atitudes alheias, esquecendo-se que
está, ainda, muito longe, da própria perfeição;
Médiuns que fazem discursos de incomensurável beleza de fachada, mas,
que a uma análise mais profunda e coerente, mostram-se sofismas, por não
trazerem, no bojo, a Lei inefável do amor;
Médiuns que, por faltarem-lhes fé, ao encetar movimento gradativo na
terra, não fizeram a sua parte a construção da verdade e ainda assim,
obliteram-nos outros, o natural caminhar, em nome de uma segurança
incompreensível;
Médiuns que pregam os valores do espiritismo, mas, que para eles evitam
análise, por puro egoísmo;
Enfim, médiuns que falam da moral alheia, esquecendo que, se assim o
faz, é por Ter iguais problemas nas áreas da moral;
Cabe-nos com estas palavras duras, mas verdadeiras e, acreditamos dada
a nossa imperfeição, ainda a nós, incômodas e, especialmente ao
instrumento, alertar com relação estes cânceres que ainda não queremos
tratar. É de suma importância, para vossa vida futura, que estes itens
sejam motivos de estudo em nossos grupos e, também, se desejar, motivo
de reflexão individual. Claro, poderiam alegar que somos todos ainda
muito imperfeitos. Concordamos. Igualmente concordamos que essas nossas
imperfeições devem ser estudadas e corrigidas, pelo que questionamos:
até quando viveremos sob a égide desta cultura de inferioridade,
simulacro de nosso histórico retardo para o progresso?
Lembremos que boa parte dos vinte itens aqui listados está
presentes nas obras da doutrina consoladora. Auxiliando-vos em vossa
histórica desvinculação com os estudos, apenas as compilamos. Mas
existem outras, mal grado o Cristo que foram criadas e desenvolvidas por
vós mesmos quando nos chafurdamos em nossa imperfeição pelo orgulho e
pela vaidade. É-vos-nos impossível análise fria, racional, lógica do que
aqui foi listado ? Foi-nos duro ouvir, pela leitura, o martelar de nossa
consciência com o formão de nossos compromissos assumidos antes de
retornarmos à terra ? Estas linhas vos atiça o desejo de rasgá-las ?
Então alcançamos nosso objetivos pois, alentos e avisos inúmeros já vos
foram trazidos. Coube-nos apenas movimentar vossa mente na pesquisa
consciente e seletiva de vosso reflexos condicionais espirituais
armazenados em vossos íntimos. Sim. Somos os vossos ferrões mas, de
amor. Vós questionareis: Se já foi escrito, por que escrever novamente ?
Responderemos com uma outra pergunta: Se já foi escrito, tiveste o
trabalho, não de ler mas, de estudar ? E quando estudaste,
encontrando-te, tiveste a humildade de voltar na trilha e, começar do
zero?
Acreditamos que não. Pouco ainda se estuda a doutrina
consoladora. Primeiro que lamentavelmente colocam este estudo como algo
desatualizado e, além de tudo, obrigatório. Sabemos que tudo aquilo que
é obrigatório é, com o tempo, esvaziado. Estudo não é obrigatório mas,
ação objeto de conscientização. Segundo por que não temos o hábito de
estudo. Nestes dois casos, para buscarmos a coerência, devemos aplicar
não o cilício da obrigatoriedade mas, sim, a chave do amor, da
conscientização e da compreensão.
A doutrina espírita veio para ser o refrigério dos que
lamentam pelo calor da dores nas noites da dor, o alimento para aqueles
que tem fome e a liberdade para aqueles que sentem-se ainda presos às
prisões dos priscos castelos de ilusões religiosas. É o leite que
alimenta aqueles que têm sede na alma. Portanto é a coerência plena com
os valores promanados do Lei do Cristo.
Médium: Paulo Viotti
Espírito: Bezerra de Menezes

Nenhum comentário:

Postar um comentário