A Caminho da Luz

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Reencarnação pode ser Provada?





O autor começa por dizer que, na Inglaterra, a maioria dos espiritistas recusam acreditar na reencarnação, porque os médiuns, em transe, declaram não que a reencarnação é certamente um mito, mas que não têm nenhuma noção a respeito. Além disso, os homens acham a morada da Terra tão triste, que não têm vontade de voltar para ela. Enfim, a maioria dos espiritistas guardam reservas e acham que ainda não há provas suficientes.

“Eu era do número destes últimos – continua ele – e rejeitava aquele ponto de doutrina com tanto mais energia, quanto, durante muito tempo, os Espíritos que se manifestavam por minha mediunidade lhe eram francamente opostos.

Mas, há uns três anos, um grupo de Espíritos, em nosso Centro, que é particular, proclama que a reencarnação não é uma teoria, mas um fato.

Quando recobrei os sentidos, na primeira vez, e me fizeram saber o que eu tinha dito, protestei, vivamente, contra a escolha de mim, adversário decidido, para defender tal teoria. Eles voltavam, entretanto, com tal insistência, que acabei por lhes perguntar:

– Podeis prová-lo?

Responderam:

– Deixe-nos, primeiro, mostrar quem nós somos e, quando tiverem suficiente confiança em nós, terminaremos nossa obra.

Deram, então, tais provas de identidade e de conhecimento do passado, do presente e, em certos casos, do futuro; prestaram aos membros deste pequeno Centro tais serviços, que uma plena confiança lhes foi outorgada.

Prometeram eles, então, pôr-nos em relação com pessoas que havíamos conhecido em precedente existência e mostrar-nos cenas de nossa vida passada, que reconheceríamos. Uma tarde, descreveram-nos uma senhora, dizendo-me que eu a encontraria dentro em pouco. Dez dias mais tarde, fui a uma praia de banhos, onde nunca tinha ido, e tomei um apartamento por correspondência.

À minha chegada, disse a hoteleira que havia na casa uma senhora que esperava minha chegada; era estranha no lugar e viera dois dias antes ocupar um apartamento. Declarara que tinha muitas vezes sonhos, nos quais via pessoas que devia encontrar em seguida. Assim – acrescentou – espero esta semana M. W., que não conheço. Não sei onde, nem quando, mas sei que isto sucederá.

Uma prova bem mais surpreendente foi dada a outro membro do círculo. Uma senhora foi apresentada a um senhor e logo sua memória lhe retraçou uma outra existência, na qual ela o tinha conhecido. O reconhecimento foi recíproco, porque ele sorriu e disse:

– A senhora se lembra de mim. Se é assim, que cada um de nós escreva, à parte, o nome que tivemos.

Foi o que fizeram; depois trocaram as folhas de papel onde tinham inscrito os nomes. Eram idênticos. Se não há aí uma prova, que me forneçam outra explicação.

Poderia citar, ainda, outros casos, mas prefiro ficar naquele. Por que os Espíritos que demonstraram dizer a verdade em todos os outros pontos, nos haviam de enganar nesse?”


Gabriel Delanne

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