A Caminho da Luz

sexta-feira, 6 de julho de 2012

ABENÇOA

ABENÇOA
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro Religião dos Espíritos. Lição nº 66. Pagina 183.
Reunião pública de 21/09/1959 - Questão nº 752.
Deixa que a bênção de Deus te alumie o coração para que saibas abençoar.
Ninguém prescinde do amor para viver.
Observa os que marcham, desdenhosos, ignorando-te a presença, habituados à convicção de que o ouro pode comprar a felicidade. Abençoa-os e passa. Ninguém conhece o rochedo em que o barco da ilusão lhes infligirá o derradeiro travo de angústia.
Vês, inquieto, os que se desmandam no poder. Abençoa-os e passa. Muitos deles simplesmente arrastam as paixões que os arrastarão para o gelo do ostracismo ou para a cinza do esquecimento.
Contemplas, espantado, os que são portadores de títulos preciosos, a te exigirem considerações e tributos especiais. Abençoa-os e passa. O tempo cobrar-lhes-á aflitivo imposto da alma pelas distinções que lhes conferiu.
Ouves, triste, os que injuriam e amaldiçoam. Abençoa-os e passa. São eles tão infelizes que ainda não podem assinalar as próprias fraquezas.
Fitas, admirado, os que fazem tábua rasa dos mais altos deveres para desfrutarem prazeres loucos, enquanto a vitalidade lhes robustece o corpo jovem. Abençoa-os e passa. Amanhã, surgirão acordados, em mais elevado nível de entendimento.
Se alguém te fere, abençoa. E se esse mesmo alguém volta a ferir-te, abençoa outra vez.
Não te prevaleças da crueldade para mostrar a justiça, porque a justiça integral é de Deus e todos viverão para conhecê-la.
Se teu filho é rebelde e insensato, abençoa teu filho, porque teu filho viverá.
Se teus pais são irresponsáveis e desumanos, abençoa teus pais, porque teus pais viverão.
Se o companheiro aparece ingrato e desleal, abençoa teu companheiro, porque continuará ele vinculado à existência.
Se há quem te calunia ou persegue, abençoa os que perseguem e caluniam, porque todos eles viverão.
Humilhado, batido, esquecido ou insultado, abençoa sempre.
Basta a vida para retificar os erros da consciência.
Inquirido, certa vez, pelo Apóstolo quanto ao comportamento que lhe cabia perante a ofensa, afirmou Jesus: - Perdoarás não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.
Com isso o Divino Mestre desejava dizer que ninguém precisa vingar-se, porque o autor de qualquer crueldade tê-la-á como fogo nas próprias mãos.

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