Demônios, loucos, deficientes mentais e o Espiritismo
Na sociedade pretérita dos Eclesiastes e burgueses ,
mais amarrada à retorica de aparência e pouca de clareza ou seja apegada
às palavras brilhantes, tinha enorme receio dos poderes espirituais
ocultos, no seio destas Castas a doença mental era vista como uma
influência demoníaca, ou uma invasão de força perversa e em êxtase
ativo.. . Os ditos dementes ou possessos de loucura, no reconhecimento
da maioria dos Doutos, só servia para experienciarem as suas retoricas
submetendo os doentes mentais a terapias brutais de tortura física e
psicológica; sem pena , nem dó e tudo em nome de uma cura…que não
passava do elo experiencial, tendo um único sentido a mortificação plena
de um Ser. Estes Seres com problemas psíquicos, eram marginalizados,
mesmo liquidados, para que não fossem profanadas as suas Famílias no
entender de alguns. O Espiritismo à dois seculos, que tem nos oferecido
pelo estudo logico e lucido, enumeras respostas, para vários problemas,
aos quais apenas se ouvia o ruído, e entre estes estudo Allan Kardec
explanou Na Revue Spirite, artigos de enorme importância. Qual será a
visão real do Espiritismo deste problema?!O que fazer para permitir uma
maior ajuda às Famílias que tem no seio um doente mental?! O enorme
desconhecimento da doença, levou a tratamentos , iguais em forma e dor
da loucura, operação em que se faz uma abertura em um osso,
especialmente do crânio.
O instrumento usado é um trépano ou seja a
trepanação. Pensavam eles assim poder retirar a “pedra da loucura” isto
durante a Idade Média, e que segundo os testemunhos escritos sobre ela,
consistia na extirpação de uma pedra que causava a loucura do homem.
Acreditava-se que os loucos eram aqueles que tinham uma pedra na cabeça.
que acreditavam existir nos cérebros dos doentes. O que acontecia de
fato é que eram feitas verdadeiras mutilações que exauriam as forças dos
doentes e, por vezes, acabavam por deixar os pacientes privados de
certos movimentos. Arrazoa-se que, durante o Renascimento, a loucura
tinha o poder de impor uma ordem social bem como a capacidade de apontar
para um verdade mais esclarecedora e profunda. Isso foi silenciado pela
Razão do Esclarecimento. Isto nos diz “Foucault” e o mesmo também
contempla o surgimento da sociedade moderna e os
tratamentos,"humanitários" para o louco, como por exemplo no caso de
Philip Pinel e Samuel Tuke. O tratamento de Tuke consistia em punir os
loucos até que eles não mais desenvolvessem sua loucura.
Similarmente,
o tratamento de Pinel consistia numa extensa terapia de aversão, o que
incluía métodos como banho de água fria e camisa de forças. No entanto
outros tratamentos foram experimentados, como; como eletro-choque, a
eletroconvulso-terapia, as convulsões induzidas por metrazol, a indução a
febre, enfim, as quais nunca foram bem sucedidas. O século XIX, trouxe
novas doutrinas de analise e terapia e o aparecimento da psicanálise e a
contribuição de Freud, a psiquiatria como um dos braços da medicina
pôde avançar em alguns pontos no tratamento da loucura, mas não
suficientemente. Freud, com o desenvolvimento da teoria da libido, não
conseguiu dar conta do complexo problema da deficiência mental.
Jung
então questionou a influência capital do aparelho genésico do
desenvolvimento do ser, defendido por Freud. Novas terapias;
Clorpromazina (1952) – Inicio do uso de psicofarmacos com eficácia no
controle dos sintomas psicóticos (alucinações e delírios),
proporcionando uma perspectiva de reintegração dos doentes mentais
graves (esquizofrênicos) no seu meio. Antidepressivos tricíclicos
(década de 50) – Imipramina, amitriptilina e outros foram os primeiros
recursos medicamentosos disponíveis para o tratamento dos transtornos
depressivos. Entretanto um grupo grande de pessoas com indicação de
tratamento antidepressivo, não os tolerava pelos seus efeitos colaterais
(visão turva, boca seca , náusea, alterações cardiovasculares,
disfunção sexual entre outros). Fluoxetina (1987) – Ampliou o horizonte
de tratamento e pesquisa de novas drogas de Inibição de Recaptação da
Serotonina eficazes nos transtornos depressivos e ansiosos. Intitulada
inicialmente como a “droga da felicidade”, foi gradualmente sendo
identificado melhor as suas possibilidades e limitações. Mas foi um novo
divisor de águas no avanço científico das drogas que atuam no sistema
serotonérgico. Novos agentes antipsicóticos (década de 90) - O
surgimento dos ditos anti psicóticos atípicos, nos últimos 15 anos,
representaram um significativo avanço em relação aos anti psicóticos
convencionais (por ex: clorpromazina, tioridazida, haloperidol,
flufenazine). Já que as novas drogas estão associadas com menor
distúrbio motor (efeitos extra-piramidais) e ampliam o seu espectro de
eficácia, e o seu uso já se expandiu além do tratamento dos transtornos
esquizofrênicos, sendo utilizado nos quadros de demência, transtornos do
humor, transtornos de ansiedade, e transtornos do desenvolvimento.
Entretanto
estas medicações não são uma pílula mágica, porque além de apresentar
efeitos colaterais complicados, como: ganho de peso, diabete mellitus,
alteração da função cardíaca. Mas na visão espirita, havendo uma causa
existe um efeito, logo, não será pela letargia provocada pelas drogas
entorpecentes que a solução passará, entendo que não é esta , nem
passará por aqui a reparação dos problemas psíquicos. Realmente, até
hoje, as respostas dadas para a doença mental, são apenas opiniões , que
não respostas concretas, primeiro porque este tipo de doença , não tem
um conceito personalizado, do aparecimento da mesma, porque ela pode vir
pela nascença, pode eclodir na idade e pode ter diversos focos de
desequilíbrio que não permitem dar respostas concisas acerca da
temática. Mas poderão dizer então encontras-te a cura para os problemas
psíquicos?!Não, mas sei que existe demasiado apego , à busca material do
problema e pouca procura em valores que poderão permitir , no mínimo
atenuar o conceito em relação à doença e à forma de encarar mesma.
Talvez por lamechices ou por receio de ocupação da sua área de
estabilidade, todos os que participam no campo da doença mental, fazem
orelhas moucas ao que a Codificação Espirita ditada pelos Espíritos
Superiores a Allan Kardec, isso veio trazer mais claridade,
revolucionando e desafiando mesmo os carrilhões da matéria e a essência
da pessoa humana, o Espirito, a sua reencarnação, os seus objetivos em
cada vivência, a lei de causa e efeito, o pretérito nas causas da
vivência atual, bem como presente existencial de acordo com a provação e
expiação.
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