A Caminho da Luz

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Perfume do Amor

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Há sonhos e sonhos guardados no coração de cada criatura. Interessante é que eles se modificam à medida que o tempo passa. Alguns são passageiros, outros perduram acompanhando-nos os passos através do tempo.

O sonho acalentado com carinho, ao me tornar espírita, era conhecer Chico Xavier, vê-lo à distância já seria a glória; jamais imaginei que poderia me aproximar ou privar da sua intimidade. No dia em que ultrapassei o portão de sua casa, acreditei que nada mais teria a pedir, pois havia conseguido mais do que poderia sonhar.
Em companhia de uma querida amiga, fui, algumas vezes, à Uberaba, e, em todas, as lições de vida se multiplicavam.

Amar o Espiritismo tem significância muito especial na nossa existência, pois não estaremos apenas cerrando fileiras em torno do pensamento de Kardec, porém estabelecendo um código de conduta moral ou uma revolução comportamental.
Acredito, portanto, que o verdadeiro espírita não pode ser fraco, tíbio, correndo o risco de se deparar com as ciladas que a falácia do mundo apresenta, com tanta facilidade, enganando, muitas vez, até os escolhidos. Há que ser forte, intimorato, audaz para encarar as próprias deficiências e ousar enfrentá-las, deixando emergir o homem novo que jaz mergulhado no chavascar das velhas e enganosas paixões alimentadas em múltiplas reencarnações.

Em uma dessas visitas a Chico Xavier, nos hospedamos em uma pequena pensão próxima à Casa da Prece e nos dirigimos para o encontro da noite, todavia o Chico não pudera comparecer em virtude de seu estado de saúde. Apesar de termos participado das atividades da Casa, ficou um vazio no coração. Retornamos à pensão, levando as garrafas de água que portávamos e que sempre eram fluidificadas por ele.

Não posso negar que estava muito triste: a viagem era longa, a expectativa muito grande, e a frustração não era agradável. Resolvi tomar um banho para dormir, quiçá para lavar a tristeza. O banheiro ficava no corredor, servindo a 4 quartos.
Estava pensando no Chico, em como exigimos tanto das pessoas que amamos e como as sobrecarregamos. Naquele momento, nossa amiga bateu à porta do banheiro, perguntando se havíamos quebrado o vidro de perfume.

Impressionante: o corredor estava todo perfumado assombrando a dona da pensão. Quando voltamos para o quarto, percebemos que a água das garrafas estava turva e, ao abri-las, fomos envolvidas por delicioso perfume.
A exlamação foi unânime: "Chico esteve aqui!" O aroma de sua presença pairava no ar; ficamos comovidas e oramos agradecendo.

Dia virá em que teremos nosso próprio perfume, mas esse dia não é hoje. Assim, recordamos, com carinho, dos que já ultrapassaram as barreiras das possibilidades e nos ajudam a vencer os percalços que ainda nos acicatam a jornada.
Eles demonstraram que puderam se superar; também nós poderemos, com um esforço insignificante, consoante a resposta à pergunta 909 do Livro dos Espíritos.

O perfume do amor está guardado no coração. Importante encontrar a chave para abri-lo. Uma dica? O Evangelho de Jesus.


O Perfume do Amor



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