MÃOS BENDITAS
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Escuta-nos, Senhor,
Na luz do Lar Celeste! Desejamos, Jesus, agradecer-te As mãos benditas que nos deste! Aquelas mãos sublimes Que nos entreteceram o berço Entre as forças do mundo, Que fizeram escolas, Aquelas que tornaram nossos dedos, Revestidas por ti de amor terno e profundo A fim de penetrarmos nos segredos Das palavras e letras da instrução... As que encontramos no caminho, Quando a sombra da mágoa nos alcança E acendem para nós com simpatia O facho da esperança. Aquelas que nos trazem, Ao sol do dia-a-dia, Exemplos de trabalho. As que cavam a terra, Muita vez suportando espinhos agressores E vibram de alegria Ao vê-la transformar-se em celeiro de flores! As que fazem o pão, As que costuram vestes multiformes, Cobertura e agasalho, Aquelas que nos dão A bênção da limpeza, As que buscam nos dons da Natureza, Quantas vezes, cansadas de lutar, Os recursos da vida Que nos erguem o lar... As que socorrem os doentes, As que se inclinam para os sofredores, Em recintos de angústia, lares e hospitais, Que afagam companheiros indigentes Ou que protegem pobres pequeninos Revelando desvelos maternais! As que orientam para a ordem, Garantindo a justiça e a segurança, As que escrevem bondade, educação, beleza, Em que a estrada se eleva e a mente se aprimora, Criando, mundo afora, Idéias de otimismo, reconforto, Das quais se estende a luz de surpresa em surpresa... Aquelas que se humilham quais violetas E, revolvendo o pó, Levantam nosso irmão ou nossa irmã Caídos nas sarjetas Ou no esgoto comum, De coração dizendo a cada um: – “Você não está só”. As que foram batidas Por críticas mordazes E prosseguem agindo como fazes, Retribuindo o mal com o bem; As que ajudam e passam Sem ferir a ninguém... Benditas sejam elas Todas as mãos, Senhor, que procuram servir, – Exército de estrelas a buscar-te, Edificando, em toda parte, O Reino do Porvir. E agradecendo-as, rogo-te, Jesus: Toma-me as mãos vazias, Faze-me trabalhar Em todos os meus dias! E porque me conheça Tão pobre quanto sou, De revés em revés, Sem nem mesmo poder Aspirar, ante os séculos futuros, À sublime ventura, Anseio conquistar a posição Da serva que se esqueça Nas tarefas de amor que o teu amor reparte. E, a despeito de minha imperfeição, Frágil, errada e inculta, quero dar-te Meu próprio coração. |
pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Diálogo dos Vivos, Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires |
"Esta casa, A CAMINHO DA LUZ, tem as portas abertas para te receber e o coração muito mais para te compreender."
segunda-feira, 16 de julho de 2012
MÃOS BENDITAS
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