PARTICIPAÇÃO NA FELICIDADE
Quando
alguém chora acoimado por este ou aquele problema, fácil é participares do seu
drama, dilatando esforços para diminuir-lhe o padecimento.
Ante a fome ou a enfermidade
experimentas o apelo aos elevados sentimentos que te concitam à ajuda automática
e rápida.
Sem dúvida todo socorro que
se oferta a alguém que sofre é de relevante
significação.
Caridade, sim, a dádiva
material e o gesto moral de solidariedade.
Indispensável, porém, não te
deteres na superfície da realização.
Há os que são solidários na
dor, assumindo a posição de benfeitores, em lugar de realce com o que se
realizam interiormente.
Todavia, quando defrontam
amigos em prosperidade, companheiros em evidência, conhecidos em situação de
relevo, deixam-se ralar por mágoa injustificável, transformando-se em fiscais
impenitentes e acusadores severos que não perdoam a ascensão do
próximo.
Ressentimentos se acumulam
nas paisagens íntimas, e, azedos, referem-se ao êxito alheio, vencido por torpe
inveja.
Não sabem o preço do triunfo
de qualquer procedência, quando na Terra.
Ignoram os
contributos que deve doar todo aquele que se alça a situação de
destaque.
Farpas de maledicência e
doestos do ciúme, perseguição sistemática disfarçada de sorrisos, ausência de
amigos legítimos tornam as ilusórias horas douradas do homem de relevo em
momentos difíceis de ser vencidos.
Assume posição
diferente.
Sem que te
faças interessado no que ele tem ou é, rejubila-te com o progresso de quem segue
contigo.
Quando alguém se eleva, com
ele se ergue toda a Humanidade. Quando cai é prejuízo na economia moral do
planeta.
Solidário na dificuldade do
teu irmão, participa dos júbilos do teu próximo para que a ingestão do veneno do
despeito e do tóxico da animosidade não te destrua a alegria de
viver.
Ser feliz com a felicidade
alheia é também forma de caridade cristã.
(De “Leis
Morais da Vida”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de
Ângelis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário