AM0R A
DOIS
O amor é assunto sagrado para os homens, tanto quanto é o instinto de vida para os animais e a lei para as coisas que nos servem. Ninguém vive sem amar. As criaturas têm carência de afetividade, tanto ou muito mais que de alimento para o corpo físico, pois ele é alimento dos mais qualificados para a alma.
No entanto, as suas divisões são inúmeras, de acordo com as necessidades.
Aqui,
tratamos mais acentuadamente do amor a dois. É justo que esse amor seja um pouco
diferente do amor universalizado, do amor de pais com filhos e filhos com pais,
do amor às plantas e do amor aos animais. E, assim,
sucessivamente.
No amor a dois, tem que existir um pouco de egoísmo, mas aquele tão fraco que perde seu significado comum, porque cede um pouco para o dever.
sucessivamente.
No amor a dois, tem que existir um pouco de egoísmo, mas aquele tão fraco que perde seu significado comum, porque cede um pouco para o dever.
Assemelha-se,
nesse caso, à água para matar a sede: quente, é insuportável; solidificada, não
serve; fria, é adequada. No amor a dois, tem de haver um pouco de ciúme, mas
aquele que não escandaliza, que não se faz acompanhar pelo ódio e pela vingança,
que não maltrata, que não perturba. Aquele em que a ponderação faz perder a
ferocidade e alivia a tensão, sendo, apenas, vigilância. Ele é como todos os
alimentos: com excesso, fazem-nos mal. Todos os venenos são medicamentos, muitas
vezes indispensáveis, dependendo da dosagem que se toma.
Não pode existir amor no lar, quando os dois não querem amor e terminou o interesse de um pelo outro. O mais evoluído tem a grande saída da renúncia, desde que essa renúncia não esteja salpicada do insulto, das reclamações, das vibrações de rancor, alimentando a vingança enjaulada no coração, para que um dia solte a fera, a devorar a pequena paz que ainda reste.
Não pode existir amor no lar, quando os dois não querem amor e terminou o interesse de um pelo outro. O mais evoluído tem a grande saída da renúncia, desde que essa renúncia não esteja salpicada do insulto, das reclamações, das vibrações de rancor, alimentando a vingança enjaulada no coração, para que um dia solte a fera, a devorar a pequena paz que ainda reste.
Essa
renúncia também passa a perder o seu nome sagrado e toma a forma de egoísmo
prepotente.
É bom que nos certifiquemos de uma coisa: estamos, encarnados e desencarnados, viajando na Terra, fazendo um curso nela. E ainda não é tempo de gozarmos a felicidade que, por enquanto, não construímos.
É bom que nos certifiquemos de uma coisa: estamos, encarnados e desencarnados, viajando na Terra, fazendo um curso nela. E ainda não é tempo de gozarmos a felicidade que, por enquanto, não construímos.
Podereis
encontrar em vossa esposa uma inimiga do passado, pessoa a quem deveis bastante,
ou por quem tenhais sido prejudicado.
Reunidos
como cônjuges em um lar, é a melhor oportunidade de saldardes as dívidas,
tranquilizando as consciências.
O vosso dever é fazer a vossa parte. Sendo amado ou não, amai com sinceridade. Se o vosso amor está mal interpretado pela vossa companheira, modificai-o de modo a agradá-la. Ele é qual o líquido que toma a forma da vasilha. E, se as bênçãos de Deus vos deu uma esposa, ou um esposo, coerente em tudo que se refere à vida a dois, aperfeiçoai esse amor, purificai-o, fazendo dos corações reatores divinos, para que possais, em outra dimensão, estendê-los aos filhos, parentes e companheiros, e por vezes à humanidade.
O vosso dever é fazer a vossa parte. Sendo amado ou não, amai com sinceridade. Se o vosso amor está mal interpretado pela vossa companheira, modificai-o de modo a agradá-la. Ele é qual o líquido que toma a forma da vasilha. E, se as bênçãos de Deus vos deu uma esposa, ou um esposo, coerente em tudo que se refere à vida a dois, aperfeiçoai esse amor, purificai-o, fazendo dos corações reatores divinos, para que possais, em outra dimensão, estendê-los aos filhos, parentes e companheiros, e por vezes à humanidade.
Ganhai
tempo, pelo tempo que vos deram e enriqueçais no beneplácito do amor,
compreendendo que somente ele libera as criaturas da prisão da
ignorância.
Não exijais compreensão da pessoa que vive convosco. Emprestai a vossa. Em todos os lances da vida, o exemplo é nota harmoniosa em qualquer instrumento humano. Sede útil à pessoa que amais sem quererdes anunciar vossos feitos, procurando gratidão. Isso é troca que não condiz com a caridade. Não vos impacienteis de trabalhar em silêncio, em favor dos outros, principalmente de quem vos pertence pelo amor. Nada que se faz fica escondido. No entanto, se tilintar o gazofilácio da vaidade, podereis perder o vosso trabalho valioso, porque desfigurais a dignidade da beneficência.
Se ainda temeis fazer o bem, sem que os outros saibam, é porque não confiais nos preceitos do Mestre, nas leis de Deus. Tende fé, meu filho, alimentai a confiança, e nunca percais a alegria de ser útil, principalmente àqueles que vivem convosco. O amor a dois, quando correspondido e firmado pelo tempo, é a porta pela qual poderemos entrar para a verdadeira felicidade do futuro. É ele que carimba o nosso amor para a universalidade.
Não exijais compreensão da pessoa que vive convosco. Emprestai a vossa. Em todos os lances da vida, o exemplo é nota harmoniosa em qualquer instrumento humano. Sede útil à pessoa que amais sem quererdes anunciar vossos feitos, procurando gratidão. Isso é troca que não condiz com a caridade. Não vos impacienteis de trabalhar em silêncio, em favor dos outros, principalmente de quem vos pertence pelo amor. Nada que se faz fica escondido. No entanto, se tilintar o gazofilácio da vaidade, podereis perder o vosso trabalho valioso, porque desfigurais a dignidade da beneficência.
Se ainda temeis fazer o bem, sem que os outros saibam, é porque não confiais nos preceitos do Mestre, nas leis de Deus. Tende fé, meu filho, alimentai a confiança, e nunca percais a alegria de ser útil, principalmente àqueles que vivem convosco. O amor a dois, quando correspondido e firmado pelo tempo, é a porta pela qual poderemos entrar para a verdadeira felicidade do futuro. É ele que carimba o nosso amor para a universalidade.
(Fonte:
“Horizontes da Mente”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)
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