Preparando-se para o futuro
Voltando
ao assunto que versa sobre o fim do mundo neste ano, devemos considerar
que em todos os momentos a ciência nos mostra seus estudos sobre o
tema, dando-nos um caminho que sempre deve ser buscado: o caminho da
lógica. Em seu livro “A Teia da Vida”, Fritjof Capra diz que estamos
todos interligados numa conjunção sistêmica onde o todo se divide em
partes que a ele remonta. Desta forma, tudo o que acontece a uma parte,
interfere nas partes seguintes. Hoje se sabe que matéria é energia. A
matéria situa-se, pois, no patamar das profundas transformações
motivadas por ondas. Assim, sendo a matéria uma forma de energia, não
se concebe um movimento por menor que seja que não interfira sobremodo
no conjunto planetário ou cósmico. Tudo isto nos abre profundas linhas
de pensamentos e necessárias adequações ao que se tem hoje, não mais por
hipóteses e sim por comprovações. Dá-se então a necessidade de quebrar
paradigmas. De sairmos das anotações do passado para um salto a este
futuro de avanços quânticos.
O Dr. Richard Guerber, médico de
Detroit, em seu livro: “Medicina Vibracional”, no capítulo 1, fala sobre
os hologramas. Segundo ele: “O holograma é uma fotografia especial em
três dimensões criada por padrões de interferência de energia. Eles
também demonstram um notável princípio da natureza, o de que cada parte
pode conter a essência do todo. O holograma nos proporciona um novo e
extraordinário modelo, o qual poderá ajudar a ciência a compreender
tanto a estrutura energética do universo quanto a natureza
multidimensional dos seres humanos”. Desde que a ideia do geocentrismo
foi abolida do pensamento humano, a participação no todo universal
passou a ser móvel de pesquisas. Os focos das academias voltaram-se para
a compreensão das relações da Terra com os demais astros que compõem o
cosmo. E, com as descobertas da física quântica, abriram-se portais de
pesquisas que hoje modelam falas e conceitos.
De forma que, se
nosso mundo acabasse, ou seja, explodisse, implodisse, desaparecesse, ou
qualquer atividade geofísica que o exterminasse de um momento para o
outro, numa data aprazada, tudo à sua volta sofreria brutais
interferências. Todo o sistema solar estaria comprometido e todos os
demais sistemas, dadas suas proporções de distância e densidades,
certamente correriam sérios riscos em suas organizações funcionais. Se
uma seca devastadora ou um incêndio ou maremotos que inundasse os
continentes acontecessem abruptamente, de igual forma modificaria
padrões energéticos e, por conseguinte, gerariam ondas eletromagnéticas
de proporções incalculáveis para as nossas medidas. Estamos fazendo uma
análise apenas pelo lado em que a ciência fornece elementos de
observações. Se abrirmos mais o leque e buscarmos na filosofia e na
religião, sempre presentes em nossa história, tal fato não se coadunaria
com o que já foi pensado e vivido. Sabemos que o nosso sol ainda terá
aproximados 4,5 bilhões de anos. Como ele é o ponto central do sistema,
onde a ideia de que um dos seus planetas pudesse, de repente, deixar de
existir? Qual força esta que se interporia entre as leis naturais que
garantem a sucessão dos eventos e uma catástrofe anunciada por enigmas
que em nada justapõem com a realidade científica? Há ainda a hipótese de
aproximação de um planeta ou corpo cósmico da nossa vivenda sideral.
Segundo a NASA, histórias sobre a aproximação na Terra de outros
planetas que poderiam causar algum problema não passam de mitos que se
propagam pela internet. Dizem ainda os cientistas daquele órgão que
nosso planeta tem estado muito bem durante os 4,5 bilhões de anos, desde
sua criação e que não há nenhuma ameaça associada para 2012. Há ainda
especulações em torno dos picos solares que poderiam afetar diretamente a
Terra, destruindo-a. Aquele competente órgão dos Estados Unidos ainda
coloca que: “A atividade solar tem um ciclo regular, com picos de
aproximadamente a cada 11 anos. Perto desses picos de atividade, as
explosões solares podem causar uma interrupção das comunicações por
satélite, embora os engenheiros estejam aprendendo a construir
eletrônicos protegidos contra a maioria das tempestades solares. Mas não
há riscos especiais associados a 2012. O próximo pico irá ocorrer no
período 2012-2014 e está previsto para ser de médio porte, não diferente
de ciclos anteriores ao longo da história”.
Assim sendo, podemos
remontar a outras datas na história onde os terráqueos afirmavam que o
mundo acabaria em datas por eles anunciadas. O grande dilúvio registrado
nas histórias da antiguidade ainda não foi devidamente esclarecido. Noé
e sua barca salvadora, apesar de ser uma lenda, ainda são tidos como
certos e escolas transmitem a seus alunos a tal atividade de Noé,
perpetuando o mito. Então, todos aguardam um novo dilúvio, uma nova
catástrofe ou coisa semelhante. Pode até ter acontecido uma grande
inundação, porém foi algo setorizado. Os antigos não tinham conhecimento
da extensão total do planeta e para eles o mundo era a faixa de terra
que conheciam. Esta questão do calendário Maia também ganhou força para a
divulgação deste propalado e repetido assunto sobre o fim do mundo.
Pesquisadores do assunto dizem que assim como calendários que possuímos
em nossas casas terminam em 31 de dezembro para recomeçar em primeiro de
janeiro do próximo ano, o calendário Maia termina um ciclo em 21 de
dezembro de 2012 e reinicia outro após esta data.
Agora vamos a
outro ponto da questão. A Revista Nature acaba de divulgar um fato que
bem pode acalmar os ânimos. Ela coloca que a Terra está preparando um
novo supercontinente que deverá unir a América e a Ásia. Seria assim o
Continente Amásia. “A forte atração que o Polo Norte exerce vai levar,
dentro de 50 a 200 milhões de anos, à fusão da América com a Ásia, dando
origem à Amásia, aquilo que os cientistas norte-americanos acreditam
ser o próximo supercontinente.” Esta informação contida na citada
revista deixa-nos bem tranquilos. Sabemos, por intermédio dos Espíritos
superiores que a Terra sempre prepara campos novos para suas gerações
que se sucedem. Cada movimento significativo das placas tectônicas que
formaram os cinco continentes atuais obedece a uma determinação prédica
dentro dos ditames das Leis Naturais. Os continentes atuais nos
capacitaram a chegar até aqui. Com o processo de seleção e regeneração
do planeta, forçosamente os hábitos irão mudar, a alimentação dos
terráqueos sofrerá profundas modificações, bem como o ar que por aqui se
respira. Existem teorias que continentes submersos subirão, enquanto
que terras cansadas que nos servem de aprisco baixarão às profundezas
oceânicas, revitalizando-se. Esta é a casa do Senhor, pródiga como
sempre, oferecendo-nos meios e recursos para nossa caminhada evolutiva e
sempre nos contextos das nossas necessidades e entendimentos.
“Os geólogos da
Universidade de Yale acreditam ainda que a América ficará situada sobre o
anel de fogo do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica e
vulcânica, mas sua topografia mudará radicalmente porque a atração para o
Polo vai juntar a América do Sul com a do Norte. Essa mudança fará, ao
mesmo tempo, desaparecer o Oceano Ártico e o mar do Caribe.” – diz a
Revista Nature. Nota-se que há um projeto de nível superior preparando
novos hábitats para futuras gerações. Isto nos induz a confirmar que as
mudanças são lentas e graduais sem sofrer solução de continuidade,
contudo, sem as trágédias que se propalam. Os cataclismas são
setorizados e acontecem em tempos previstos. Como não existe a morte, o
máximo que pode acontecer ao pessoal encarnado é sua desencarnação e
envios para locais onde possam refazer-se, preparando-se para novas
etapas. Faz-se necessário a cada dia que as consciências encarnadas
pensem mais no futuro espiritual que no futuro geofísico do planeta. Ele
está sob régio comando de mentes de elevado teor em sabedoria e amor,
proporcionando a todos, e em todos os tempos, os necessários eventos e
consolidações para que a Terra continue sendo a escola sideral que é.
Há
cerca de trezentos milhões de anos foi formado por aqui um
supercontinente. Naquela oportunidade todas as massas terrestres se
fundiram no equador, dando origem à Pangea. Depois, pelos movimentos
naturais das placas tectônicas, este supercontinente foi fracionado
dando a conformação que hoje temos no planeta. Está divulgado na Nature
que: “Segundo os cientistas de Yale, a Amásia deverá formar-se no
Ártico, a 90 graus do centro geográfico do supercontinente anterior, a
Pangeia. Os geólogos chegaram a esta conclusão depois de analisar o
magnetismo de rochas antigas para determinar as suas localizações no
globo terrestre ao longo do tempo. Além disso, mediram como a camada
diretamente abaixo da crosta terrestre, o manto, move os continentes que
flutuam à sua superfície”. Diz Peter Cawood, geólogo na universidade
britânica de St. Andrews, citado pela revista Nature: é fundamental
compreender a disposição das massas dos continentes para entender a
história da Terra. “As rochas são a nossa janela para a história.”
E
agora, o que pensar? Em que acreditar? Na ciência, que desvenda a
evolução do sistema Terra, ou em anúncios sobre destruição do planeta,
calcada em símbolos, enigmas e datas que não batem, tendo em vista que
nosso calendário não está no seu todo concernente com a real contagem do
nosso tempo? Bom mesmo e de certo alvitre é nos prepararmos
espiritualmente para os novos ciclos que acontecerão em nosso planeta.
Sabemos que nosso sistema solar gira em torno de outros sistemas, numa
sucessão extraordinária, a partir das Leis do Criador do Universo.
“Residimos numa imensa galáxia que evolui em torno de outras galáxias e
que giram em torno de uma grande nebulosa, que passam a evoluir em torno
de outras nebulosas.” – disse Chico Xavier. “Cada mundo, cada galáxia
são orientados por inteligências divinas”, ainda nas palavras de Chico
Xavier, a partir de experiências vividas ao lado de Emmanuel. Perguntado
sobre o Apocalipse, o notável médium disse: “só posso falar duas coisas
sobre este assunto: – Deus existe e todos somos imortais”.
Segundo
Emmanuel, dentre os movimentos da Terra, um é feito num ciclo de 28.000
anos, ao qual se dá o nome de Precessão dos Equinócios. Este ciclo pode
ser subdivido em 4 vezes sete mil anos. Segundo os estudiosos, esta é a
lei dos ciclos. Estes ciclos fazem com que o eixo da Terra sofra
variações que modificam a face do planeta, gerando as eras glaciais.
Ora, se a Terra tem a idade de 4.5 bilhões de anos, esses ciclos já
aconteceram milhares de vezes, sendo, pois, algo natural e de absoluta
regência dos numes espirituais que nos dirigem a partir de Jesus. Chico
Xavier, revelando seus estudos junto a Emmanuel, nos disse que: “Não
podemos esquecer que a Terra, em sua constituição física propriamente
considerada, possui os seus grandes períodos de atividade e de repouso.
Cada período de atividade e cada período de repouso da matéria
planetária podem ser calculados, cada um, em 260.000 anos, formando
assim um ciclo de 520.000 anos”. Ora, este ciclo não é apenas do sistema
solar. É um ciclo muito longo para um planeta. Daí pensar-se que o
aludido ciclo extende até outros movimentos em torno de outras galáxias.
Assim é: estamos interconectados com o Universo, agindo e interagindo
constantemente, não sendo possível que aconteça algo aqui que não
repercuta alhures. Ainda citando as elucidações de Chico Xavier, ficamos
sabendo que: “Os grandes instrutores da humanidade consideram que esses
260.000 anos de atividades são empregados na reorganização dos
pródromos da vida organizada”. Existem estudos que nosso atual ciclo
tenha tido início a torno de 200.000 anos antes de Jesus e só vai
terminar aproximadamente daqui a 60.000 anos. Portanto, um tempo enorme
só dentro deste ciclo.
Estas informações da Espiritualidade nos
confortam e nos sugerem arregaçar as mangas e trabalhar pela nossa
evolução, esquecendo de vez o escatológico ditame de que tudo vai
terminar em dezembro deste ano. Quando o sol esfriar e o sistema acabar,
já se terão passados mais 4,5 bilhões de anos. Data em que não só a
Terra mas também todo o sistema sofrerão o esfriamento e a consequente
formação de nova nebulosa. Até lá, já não mais necessitaremos de corpos
físicos, então, não seremos nem queimados, nem congelados, nem afogados,
ou qualquer outra agressão que nos faça temer.
Aí estão as
palavras da ciência, da espiritualidade e uma análise entre as duas.
Resta que cada qual busque acalmar suas emoções, tirando suas dúvidas
nos estudos ora iniciados. Jesus ainda se instalará definitivamente no
coração de cada ser terráqueo. Suas palavras ainda penetrarão os
corações mais endurecidos, transformando-os. A Terra ainda subirá à
categoria dos Mundos Felizes. Estamos prontos para tudo isto?
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