A Caminho da Luz

sexta-feira, 27 de abril de 2012

ALLAN KARDEC E O MUNDO DAS NOVAS DESCOBERTAS


O jovem Rivail, conhecido como Allan Kardec, nasceu em um século de grandes mudanças sociais, politicas e econômicas.
Um mundo que recebia uma grande influência do Iluminismo, podemos descrever um pouco de sua personalidade em algumas linhas.
Um rapaz de família tradicional, inteligente, muito discreto, modesto, observador, ele cresceu em mundo cercado por duas vertentes de correntes filosóficas; de um lado a pena ferina de Voltaire e do outro o conservadorismo de Auguste Comte, mas independente das influências culturais desta época, ao estudar a vida de Rivail, percebemos com clareza, que ele buscava uma compreensão nos ensinamentos de um antepassado de todos os filósofos que ele já havia estudado, seu nome era SOCRATES.
Adiantaremos apenas um fato que será comentado quando estivermos tratando de como foi a codificação.

Quando ele começou a participar das reuniões mediúnicas com intuito de observar os fatos, para entender como aquelas comunicações ocorriam, houve um comunicação que foi um marco para seu trabalho , em uma das reuniões que era conduzida pelo espirito familiar dos Boudain, Rivail em pensamento evocou SOCRATES.

O espirito Zephyr disse que Sócrates estava presente, e foi dada a oportunidade para Sócrates pronunciar-se.

Ao comunicar ele fez um convite a todos os participantes encarnados daquela reunião, a partir daquele momento apenas deveriam comparecer naquele recinto os encarnados que tivessem objetivos sérios, e que estivessem dispostos a” beber cicuta”, em prol de novos ensinamentos que estavam por vir.

A partir de então as reuniões mediúnicas deixavam de ser frívolas e começavam a tomar uma conotação de seriedade maior, com isso os curiosos começaram afastar de tais reuniões, facilitando assim o preparo para Rivail torna-se Allan Kardec.

Ao estudar a personalidade de Rivail algo me chama muito a atenção; ele era dotado de um bom senso muito grande, um espirito arguto e com muita racionalidade, e de uma elegância grandiosa a publicar artigos na Revista Espírita fazendo refutações fraternas à igreja conservadora e aos materialistas.

Podemos verificar em todas suas publicações que ele jamais maldisse os ensinamentos das religiões daquela época, e não fez proselitismo quando veio à tona a codificação da Doutrina.
Mesmo na obra o Céu e o Inferno, Allan Kardec jamais teve a intenção de demolir a igreja, apenas convidou a todos cristãos para raciocinarem diante daquele dogmatismo cego, em que o povo sempre viveu.

Eu recordo que em uma das leituras rápidas de Chateaubriand, quando ele comentava sobre os filósofos da época ele faz um comentário sobre Voltaire, um dos pensadores que citei logo acima.


(...) Chateaubriand fala que Voltaire possuia uma pena ferina, que era capaz de avassalar todo um Governo, e com seu poder de persuasão conseguia, mudar mentes e coloca-las sobre grandes incertezas.

Através de sua pena, ele atacou a igreja de todas as formas possíveis, desde o panfleto até o in-fólio desde o epigrama até o sofisma.
Pelo seu senso critico conseguia ferir qualquer pensador religioso da época, e jamais escondia seu entusiasmo irreligioso.
E apregoava que o cristianismo era um sistema bárbaro, cuja queda devia se dar muito em breve, para a liberdade dos homens, o progresso das luzes, as doçuras da vida e a elegância das artes.
Instigando um ódio religioso nas pessoas (...)

Uma marca inconfundível que podemos perceber na historia da França é que apesar de ser cultuada como a Terra da liberdade, existe um antagonismo muito grande nesses fatos, pois ela viveu durante grande parte de sua história cercada de uma rigidez religiosa e governamental.

Este era o mundo que aguardava Allan Kardec para a codificação da Doutrina dos Espirito....

Nenhum comentário:

Postar um comentário