A Caminho da Luz

sábado, 13 de agosto de 2011

SEMEADORES

"Eis que o semeador saiu a semear." - Jesus. (MATEUS. 13:3.)

Todo ensinamento do Divino Mestre é profundo e sublime na menor

expressão. Quando se dispõe a contar a parábola do semeador, começa com
ensinamento de inestimável importância que vale relembrar.
Não nos fala que o semeador deva agir, através do contato com
terceiras pessoas, e sim que ele mesmo saiu a semear.
Transferindo a imagem para o solo do espírito, em que tantos
imperativos de renovação convidam os obreiros da boa-vontade à santificante
lavoura da elevação, somos levados a reconhecer que o servidor do Evangelho
é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios.
É necessário desintegrar o velho cárcere do "ponto de vista" para
nos devotarmos ao serviço do próximo.
Aprendendo a ciência de nos retirarmos da escura cadeia do "eu",
excursionaremos através do grande continente denominado "interesse geral".
E, na infinita extensão dele, encontraremos a "terra das almas", sufocada de
espinheiros, ralada de pobreza, revestida de pedras ou intoxicada de
pântanos, oferecendo-nos a divina oportunidade de agir a benefício de todos.
Foi nesse roteiro que o Divino Semeador pautou o ministério da luz,
iniciando a celeste missão do auxílio entre humildes tratadores de animais e
continuando-a através dos amigos de Nazaré e dos doutores de Jerusalém, dos
fariseus palavrosos e dos pescadores simples, dos justos e dos injustos,
ricos e pobres, doentes do corpo e da alma, velhos e jovens, mulheres e
crianças...
Segundo observamos, o semeador do Céu ausentou-se da grandeza a que
se acolhe e veio até nós, espalhando as claridades da Revelação e
aumentando-nos a visão e o discernimento. Humilhou-se para que nos
exaltássemos e confundiu-se com a sombra a fim de que a nossa luz pudesse
brilhar, embora lhe fosse fácil fazer-se substituído por milhões de
mensageiros, se desejasse.
Afastemo-nos, pois, das nossas inibições e aprendamos com o Cristo a
"sair para semear".


(De "Fonte Viva", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel).

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