A Caminho da Luz

domingo, 14 de agosto de 2011

Nas fronteiras da loucura

“É muito diáfana a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental”, adverte o venerável Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no limiar desta Obra, que contém explicação inicial do Espírito André Luiz, através do médium Francisco Cândido Xavier.

Ao lado do Espírito Bezerra de Menezes, o Autor Espiritual narra suas observações durante o período de um carnaval carioca, abordando várias técnicas obsessivas em casos de abusos e alienações com droga, álcool, sexo, aborto e tentativa de suicídio, demonstrando o trabalho dos Bons Espíritos num Posto de Socorro Central no Mundo Espiritual.

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Mais uma vez, nosso País ver-se-á sacudido pelas grosseiras vibrações do carnaval.

Estranhas e perigosas formas de prazer mundano formam o leque de tentações típicas dos festejos momescos.

Daí a importância de uma profunda reflexão sobre as graves advertências feitas por nossos mentores em tão expressiva obra que, editada em 1982, não perdeu sua atualidade, embora sejam outras as personagens desses mesmos dramas.


Sempre atento, o autor espiritual acompanha a complexa estrutura de socorro às vítimas de cruéis obsessores que, na surdina, espreitam os imprevidentes que se multiplicam assustadoramente nesse período de tormentosos acidentes morais.


Sob a liderança enérgica e amorosa do venerável Bezerra de Menezes, grupos organizados de espíritos benfeitores desdobram-se na proteção de foliões, quase sempre jovens à cata de sensações, que sucumbem aos apelos do álcool, das drogas e do sexo livre.


Essas operações de apoio fraterno atendem às preces fervorosas dos entes queridos dessas presas fáceis que podem, ante o peso de influências deletérias, chegarem à insanidade mental e a crimes de diversos contornos.


Os primeiros capítulos tratam do nefando ato do aborto. O duelo mental entre a mãe irresponsável e o ser desejoso de reencarnar é de extrema angústia em cenário de sombras e desvarios, que culmina em terrível simbiose obsessiva, acarretando inenarráveis sofrimentos para ambos.


A bênção da maternidade, que poderia escrever um épico de amor, dilui-se sob a cáustica do ódio, matriz de perturbações seculares.


Sempre sob a tutela de Bezerra, Manoel Philomeno de Miranda descreve, com detalhes surpreendentes, as inteligentes maquinações dos agentes das trevas na montagem das armadilhas onde caem os incautos.


Só os que se ligam às esferas superiores do pensamento conseguem escapar pelas vias iluminadas da oração.


Denuncia as táticas de perseguição em que o vampirismo é a ferramenta macabra desses processos demoníacos. Nesse intercâmbio psíquico de baixo nível faz-se a hipnose irresistível que produz as conseqüências nefastas em números crescentes detectados pelas estatísticas que escandalizam nossa sociedade.


É tão alarmante o fenômeno, que a acumulação dessas forças degradantes formam largas faixas de vibrações mais fortes (...). Segundo o autor, a espessura dessas faixas, sobre essas regiões, pode atingir alguns quilômetros acima da superfície do Planeta. É o produto da fúria carnavalesca, irradiações dos que participam ativamente enlouquecidos (...).


Bezerra aconselha aos espíritas que meditem na necessidade de se ocupar o precioso tempo desses dias em atividades construtivas no campo da promoção social e do estudo doutrinário, dignificando a vida na busca dos valores espirituais, fugindo ao báratro dos apelos animalizados.


No capítulo 26, o iluminado benfeitor aborda considerações e preparativos para ressaltar a importância das casas espíritas nas atividades socorristas, mormente nas reuniões mediúnicas, na difícil tarefa do amparo cristão aos náufragos desse tempestuoso oceano de loucuras generalizadas, a fim de enlaçá-los, agressores e agredidos, nas suaves vibrações do perdão e da fraternidade.


Nas Fronteiras da Loucura é obra única no gênero que deve ser alvo de acurado estudo individualizado ou em grupamentos formados por pessoas sinceramente interessadas no aprofundamento dos terríveis processos obsessivos que se iniciam nos dias das mentirosas alegrias do carnaval e se estendem, por tempo indeterminado, levando ao agravamento do carma de grande massa humana, que podem chegar aos nossos lares fazendo tombar aqueles que se ligam aos nossos corações.

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