A Caminho da Luz

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bezerra de Menezes

Nada tão forte existe, ou tão fecundo,

Que arraste em marcha um mundo em contramarcha,

Gerando o cosmo sobre o caos do mundo,

Quanto uma Fé raciocinada em marcha!

O meigo olhar, a barba veneranda

No rosto ameno, espelho do otimismo;

As mãos que curam e a voz que comanda...

É um vulto amado em todo o Espiritismo!

Médico insigne, a doar-se aos pobres,

Esposo e pai de postura exemplar,

Político honrado, de princípios nobres,

Líder espírita em missão de amar.

Para sentir em toda a dimensão

Do Espiritismo o vasto pensamento,

Buscou o Cristo, na Revelação,

Depois Kardec, no Esclarecimento.

Allan Kardec foi sua bandeira:

Crido, sentido e sempre apregoado,

Enfim, vivido em sua vida inteira

E, muitas vezes, sofrido e chorado.

Não há ascensão real fora da cruz:

“Para que haja a cristificação

Do verdadeiro apóstolo de Jesus,

É necessária a crucificação.”

“Quando o discípulo se faz defensor

De si, assim que o mundo o desampara,

Prova que não confia no Senhor,

Que o contratou para a Sua seara.”

“Dificuldades há, no Movimento,

Mas intestinas, lamentavelmente;

Vêm dos desníveis de entendimento

De cada mente em face de outra mente.”

“Retifiquemos, pois, de forma idônea,

Nossas arestas, com o parlamentar,

Sempre evitando a lixa da acrimônia,

Que só perturba ao invés de ajudar.”

“E assim fazendo, nós transferiremos

O patrimônio imenso da Verdade,

Com a pulcritude com que o recebemos,

Ao mundo novo e à nova Humanidade.”

“O compromisso nosso é com o Amor,

Isto é, Jesus, em nosso coração,

E com Kardec, o Codificador,

Que para nós representa a Razão.”

Ele é o Apóstolo da Unificação,

Que afirma urgente, mas não apressada;

No Movimento Espírita, a união

É a que primeiro deve ser buscada.

Pós meio século ou mais de sã doutrina,

Retorna em luz à Espiritualidade,

Criando, ali, uma equipe divina,

Que serve a Deus, ao Cristo e à Caridade.

Ensementando a fé, calmando a dor,

Vivenciou Jesus cada segundo,

No apostolado do mais puro amor.

Simples viveu e pobre quis partir...

Servo fiel, tudo perdeu do mundo,

Só não perdeu a honra de servir.

MÁRIO FRIGÉRI

Nenhum comentário:

Postar um comentário