A Caminho da Luz

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A fôrça da humildade!




Grandiosa, passa na maioria das vêzes como fraqueza, ante os conceitos gastos da falsa moral. Tão nobre que se desconhece a si mesma.

Atravessa uma existência sem despertar atenção, e nisso reside a essência do seu valor.

Serva fiel do dever, não malbarata o tempo nas frivolidades habituais que exaltam os ouropéis. Avança sempre, produzindo com objetividade na direção dos fins que busca colimar.

A humildade é muito ignorada.

Virtude excelente é precioso aroma de sutil característica que vitaliza os que a conduzem.

Toma diversas aparências conforme as necessidades das circunstâncias em que se manifesta.

Aqui é renúncia, cedendo a benefício geral, esquecida de si mesma.

Adiante é perdão a serviço da paz de todos.

Além é bondade discreta, produzindo esperança.

Hoje é indulgência para oferecer nova oportunidade.

Amanhã é beneficência para manter a misericórdia.

É sempre a presença de Jesus edificando a felicidade onde quer que escasseie a colheita de luz.

A humildade, porém, somente é possível quando inspirada nos ideais da verdade.

Enquanto o homem não se abrasa da certeza da vida superior, a humildade não lhe encontra guarida.

Sabendo que a Terra é uma escola de experiências e ensaios da vida para a verdade, do mundo somente lhe vê as oportunidades de progresso, compreendendo a necessidade de aproveitar as horas.

Todos os grandes heróis do pensamento, os mártires da fé e os santos da renúncia para lobrigarem o êxito dos objetivos a que ligaram a existência, se firmaram na humildade por saberem do pouco valor que representavam ante as grandes diretrizes da vida.

A humildade em última análise representa submissão à vontade de Deus, doação plena e total às Suas mãos, deixando-se conduzir pela Sua Diretriz segura que governa o Universo.

No culto da humildade não tenhas a presunção de resolver todos os problemas que te chegam. Preocupa-te em desincumbir-te fielmente dos deveres que te dizem respeito.
Qualquer tarefa, por mais insignificante que te pareça, é de alta importância no conjunto geral. Faze, portanto, a tua função no concêrto das coisas consciente de que tua colaboração é preciosa e deve ser doada.

Não ambiciones a tarefa que te não diz respeito. Aprende a considerar o labor alheio e produze o teu serviço cônscio da significação do que realizas, adornando de belezas o que passe pelo crivo do teu interêsse e do teu zêlo.

Responderás diante da vida não pelo que gostarias de ter proporcionado, mas pelo que tiveste diante das possibilidades e de como te comportaste ante a ensancha.

Cultiva a humildade.

A humildade pela força da sua fraqueza nunca vai ser atingida: a lisonja não a envaidece, e a zombaria não a humilha. É inatingível pelo mal em qualquer expressão como se apresente.

Olha o firmamento e faze um paralelo: as estrêlas faiscantes e tu! Compreenderás o valor da humildade.

Conquanto Jesus fôsse o Arquiteto Sublime da Terra, não desconsiderou a carpintaria singela de José; caminhou imensos trechos descampados de solos agrestes a serviço do amor; conviveu com os mais difíceis caracteres sem melindres, sem falsa superioridade.

Tão igual se fêz aos infelizes que o acompanhavam que nem todos acreditaram fôsse Ele “o escolhido”.

No entanto, ainda aí não usou a presunção de convencer a ninguém, fazendo tudo aquilo para quanto veio e depois retornou, sereno. sem abandonar os a quem veio amar.

Lição viva e desafiadora, a Sua vida é convite para que meditemos e vivamos, incorporando à nossa existência essa pérola sublime da redenção espiritual: a humildade.


Joanna de Ângelis

Nenhum comentário:

Postar um comentário