A Caminho da Luz

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ainda Hoje

Ainda Hoje

Irritavas-te, ainda hoje, no justo momento da caridade.

E pensavas contigo mesmo: "valerá suportar a bílis do companheiro
encolerizado, desculpar o insulto da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da
violência e ajudar aos que me incomodam na via pública?"

Refletias a extensão do mal e confiavas- te ao desespero.

Entretanto, não se pode julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar
espiritualmente a multidão pelo movimento da praça.

O amigo que te oferece o semblante áspero guarda provavelmente um
espinho de aflição a espicaçar- lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez padeça
lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e esses rostos
ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração suspirando
por Deus.

Deixa que a bondade se externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a
melodia da bênção.

Silencia a palavra candente e apaga todo impulso de crueldade.
Ergue ainda hoje os que caíram.

Amanhã, é provável necessites escudar- te naqueles que levantas.

Reflitamos no Eterno Amigo que passou na Terra, compreendendo e
servindo, sem descrer do amor, embora sozinho nos supremos testemunhos da
própria fé.

Ampara, alivia, ilumina e socorre sempre.

Todo auxílio na obra do bem é uma prece silenciosa. 

E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está perto, orando também por ti.
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Meimei
Chico Xavier




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