À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa
desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do
homem, destrambelhando- lhe os equipamentos muito delicados da organização
psíquica.
A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são
imprevisíveis.
Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos
socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores
que o maceram.
Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes
desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir
para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que
exteriorizam mau humor e azedume.
*
Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não estás, no mundo, por acaso, antes, com finalidades adredemente
estabelecidas que deves atender.
Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra
dos ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos
valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que
é portadora a mágoa.
Divaldo P. Franco
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